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Durante 13 anos, Sajida foi agredida e violada pelo marido. O casal, oriundo do Paquistão, vive em Manchester (Inglaterra) e tem quatro filhas. E é exatamente este o problema. O marido, cujo nome não é revelado, queria um filho homem, mas Sajida deu à luz quatro meninas.
Em declarações ao The Sun, a mulher contou o inferno pelo qual foi obrigada a passar. “As meninas não estavam autorizadas a brincar ou a rir. Não estavam sequer autorizadas a brincar no jardim de casa, pois podiam passar rapazes”, contou Sajida.
Mas não eram apenas as filhas que viviam uma vida de clausura. "Nunca me foi permitido ter uma vida social. Fui isolada da minha família e amigos. Só sobrevivi por causa das minhas filhas”, garantiu.
Sajida foi obrigada a deixar os estudos para casar com o primo. “Eles disseram-me que se não me casasse com ele que traria vergonha para a minha família”, contou, recordando o dia do seu casamento e a noite de núpcias. “Chorei o dia todo, enquanto ele não transparecia qualquer emoção. À noite, depois de fazer o que quis de mim, saiu e deixou-me sozinha, assustada e a chorar”, revelou.
Os contínuos abusos e o facto de ter sido agredida com o cabo de uma faca levaram-na a ligar para o 112 e a denunciar o marido, contudo, a família usou chantagem emocional para a convencer a retirar a queixa. “Tens que continuar com ele. O que vai a comunidade pensar se o deixares?”, disseram os familiares à mulher que tem agora 30 anos.
Dois anos depois deste episódio, Sajida encheu-se de coragem e denunciou, novamente, o marido, pois as ameaças já pairavam sobre as filhas que têm agora entre 11 e 18 anos. “Ele dizia que as ia vender e que as ia obrigar a casar como forma de vingança por ter sido detido e eu não queria que as minhas filhas sofressem o que eu sofri”, contou.
Agora, finalmente separada do primo, Sajida voltou a estudar e pretende ser enfermeira. “Nunca vou deixar uma coisa destas acontecer às minhas filhas”, garantiu.
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