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Agricultores de Braga pedem a ministra para 'reduzir a conversa' e salvar o sector

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Agricultores de Braga pedem a ministra para 'reduzir a conversa' e salvar o sector


A Associação de Defesa dos Agricultores do Distrito de Braga (ADADB) instou hoje a ministra da tutela a «reduzir a conversa» e a tomar medidas concretas e eficazes para acudir a um sector em «estado de calamidade».

Em comunicado, aquela associação afirma que Assunção Cristas «tem produzido conversa, mais conversa e ainda mais conversa, dando a ideia que nada está a acontecer, tudo está bem e que todos os problemas estão a ser resolvidos».

«Só que medidas, até hoje, nem uma ainda se viu», acrescenta a associação.

A seca prolongada é, segundo a ADADB, mais uma «enorme dor de cabeça» para um sector que já atravessa uma «profunda crise, originada por políticas erradas e desajustadas da realidade produtiva».

Diz que, com a falta de chuva que se tem verificado, escasseiam as pastagens, está prejudicado o cultivo de cereais de inverno e a produção e qualidade do vinho verde estão ameaçadas.

«O estado de calamidade na agricultura já devia ter levado o Ministério a accionar os mecanismos necessários junto da União Europeia para minimizar as dificuldades existentes», defende a associação de Braga.

Acusa Assunção Cristas de assumir uma «atitude passiva» e de «esperar pela chuva quando todos sabiam que não vinha».

Segundo a ADADB, a seca veio juntar-se a outros problemas, como os aumentos constantes dos combustíveis, rações, adubos, sementes, pesticidas e da electricidade.

Além disso, sublinha, a produção tem «imensas dificuldades» em escoar muitos dos seus produtos, mesmo praticando preços iguais aos de uma dezena de anos ou até inferiores.

A ADADB diz que a ministra «anda para aí a vender a ideia de que o famoso banco de terras é a solução de todos os problemas», mas contrapõe que o problema não é falta de terras.

«Os produtores agrícolas abandonam a actividade porque trabalham arduamente a terra e não tiram o rendimento necessário pelo esforço que fazem e alguns não aguentaram e tiveram que entrar em insolvência», remata.


Lusa/SOL
 
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