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Air France suspende voos para Madagáscar até segunda-feira por razões de segurança
Milhares de manifestantes voltaram a reunir-se na capital de Madagáscar por frustrações com os cortes incessantes de água e eletricidade.
A Air France anunciou este domingo que suspendeu as ligações entre o aeroporto de Paris-Charles de Gaulle e Antananarivo desde sábado e até segunda-feira, 13 de outubro, inclusive, devido à situação de insegurança na ilha de Madagáscar, abalada por manifestações antigovernamentais.
A retoma das operações "permanecerá sujeita a uma avaliação diária da situação no local", disse fonte da companhia aérea à AFP.
Por sua vez, a companhia Air Austral, que opera entre a Ilha da Reunião e Madagáscar, indicou que tinha cancelado um voo no sábado, mas que as suas ligações se mantinham para hoje.
Milhares de manifestantes, instigados pelo movimento "Gen Z", jovens nascidos entre 1997 e 2012, voltaram a reunir-se na quinta-feira em Antananarivo, capital de Madagáscar. O país tem sido, nas últimas duas semanas, palco de um movimento de protesto desencadeado por frustrações com os cortes incessantes de água e eletricidade, que evoluiu para uma contestação mais ampla, nomeadamente dirigida contra o Presidente Andry Rajoelina, de 51 anos.
Pelo menos 22 pessoas morreram nas manifestações e cerca de 100 ficaram feridas, segundo um balanço da ONU de 29 de setembro, números que o chefe de Estado classificou na quinta-feira como "errados".
Depois de um tom inicialmente conciliador e da demissão do Governo, o Presidente mudou de posição ao nomear um militar como primeiro-ministro, assim como três novos ministros, das Forças Armadas, da Segurança Pública e da Polícia.
Inspirados pelas recentes mobilizações juvenis no Quénia e no Nepal, estes protestos são considerados os mais graves que a ilha vive há vários anos e representam o maior desafio político para Rajoelina desde a sua reeleição em 2023.
Andry Rajoelina foi eleito pela primeira vez em 2018 e reeleito em 2023, num sufrágio boicotado pela oposição e marcado por uma elevada abstenção, com mais de metade dos eleitores inscritos a não votar.
Em reação às recentes nomeações no Governo, mais de 200 organizações da sociedade civil malgaxe expressaram na quinta-feira preocupações sobre o risco de uma deriva autoritária e de uma governação militar no país.
Também na quarta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou às autoridades malgaxes para que respeitem o direito internacional dos direitos humanos durante os protestos.
Correio da Manhã

Milhares de manifestantes voltaram a reunir-se na capital de Madagáscar por frustrações com os cortes incessantes de água e eletricidade.
A Air France anunciou este domingo que suspendeu as ligações entre o aeroporto de Paris-Charles de Gaulle e Antananarivo desde sábado e até segunda-feira, 13 de outubro, inclusive, devido à situação de insegurança na ilha de Madagáscar, abalada por manifestações antigovernamentais.
A retoma das operações "permanecerá sujeita a uma avaliação diária da situação no local", disse fonte da companhia aérea à AFP.
Por sua vez, a companhia Air Austral, que opera entre a Ilha da Reunião e Madagáscar, indicou que tinha cancelado um voo no sábado, mas que as suas ligações se mantinham para hoje.
Milhares de manifestantes, instigados pelo movimento "Gen Z", jovens nascidos entre 1997 e 2012, voltaram a reunir-se na quinta-feira em Antananarivo, capital de Madagáscar. O país tem sido, nas últimas duas semanas, palco de um movimento de protesto desencadeado por frustrações com os cortes incessantes de água e eletricidade, que evoluiu para uma contestação mais ampla, nomeadamente dirigida contra o Presidente Andry Rajoelina, de 51 anos.
Pelo menos 22 pessoas morreram nas manifestações e cerca de 100 ficaram feridas, segundo um balanço da ONU de 29 de setembro, números que o chefe de Estado classificou na quinta-feira como "errados".
Depois de um tom inicialmente conciliador e da demissão do Governo, o Presidente mudou de posição ao nomear um militar como primeiro-ministro, assim como três novos ministros, das Forças Armadas, da Segurança Pública e da Polícia.
Inspirados pelas recentes mobilizações juvenis no Quénia e no Nepal, estes protestos são considerados os mais graves que a ilha vive há vários anos e representam o maior desafio político para Rajoelina desde a sua reeleição em 2023.
Andry Rajoelina foi eleito pela primeira vez em 2018 e reeleito em 2023, num sufrágio boicotado pela oposição e marcado por uma elevada abstenção, com mais de metade dos eleitores inscritos a não votar.
Em reação às recentes nomeações no Governo, mais de 200 organizações da sociedade civil malgaxe expressaram na quinta-feira preocupações sobre o risco de uma deriva autoritária e de uma governação militar no país.
Também na quarta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou às autoridades malgaxes para que respeitem o direito internacional dos direitos humanos durante os protestos.
Correio da Manhã