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Alegre acusa Passos de desafiar TC e Cavaco

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O ex-candidato presidencial Manuel Alegre acusou hoje o primeiro-ministro de revelar «traços de autoritarismo» ao protagonizar um «desafio de desobediência» ao Tribunal Constitucional e de fazer também um desafio ao próprio Presidente da República.
Manuel Alegre falava à agência Lusa depois de confrontado com as medidas de austeridade anunciadas ao país na sexta-feira à noite pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
«Estamos perante um desafio de desobediência ao Tribunal Constitucional, ato que revela traços de autoritarismo e falta de sentido de Estado por parte do primeiro-ministro, que nunca aceitou uma decisão que a todos obriga. Estamos também perante um desafio do primeiro-ministro ao Presidente da República, Cavaco Silva, e um desafio à nossa paciência», declarou o membro do Conselho de Estado.
Para Manuel Alegre, as medidas que o primeiro-ministro anunciou representam «uma grande ofensiva contra os reformados e pensionistas, contra os trabalhadores da função pública e contra os trabalhadores em geral, tendo ficado de fora os altos rendimentos».
Apesar de se recusar a especificar qual deverá ser o sentido de voto do PS em relação ao Orçamento do Estado para 2013, Manuel Alegre advertiu que, no actual quadro político e económico do país, «não podem ser só alguns bispos a criticar este capitalismo que está a destruir o pacto social».
«Os socialistas, a esquerda em geral e os defensores da doutrina social da Igreja têm de estar ao lado dos que sofrem e são atingidos. É preciso dizer basta e é preciso mostrar a força popular dos que continuam a acreditar numa democracia com direitos sociais», defendeu.
Ainda em relação às medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, Manuel Alegre considerou que representam «mais um passo para a concretização dos objectivos da ‘troika' [Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia] e do Governo, através da desvalorização e desregulação do trabalho».
«Estamos a assistir a uma desforra ideológica do fundamentalismo liberal contra o Estado social. Não basta resistir. É preciso abrir outro caminho», afirmou.
Manuel Alegre lamentou depois que se esteja a verificar no país «um empobrecimento de Portugal e das famílias, a um aumento do desemprego, ao estrangulamento da economia e a uma carga fiscal que ultrapassa todos os limites».
«O Governo e Passos Coelho escolheram o seu caminho, que é um caminho ideológico, de ofensiva global do capitalismo financeiro e especulativo», acrescentou o ex-candidato presidencial e dirigente «histórico» do PS.

Fonte: Lusa/SOL

 
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