kokas
Banido
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,722
- Gostos Recebidos
- 3
Syriza. Presidente do parlamento pode ser alvo de moção de censura, mas recusa demissão. Membro da ala mais radical abandona governo
O primeiro-ministro grego regressou ontem a Atenas depois de 17 horas de negociações em Bruxelas para enfrentar nova batalha: convencer o seu partido do acordo obtido e ver aprovadas no parlamento medidas impopulares como o aumento do IVA e a reforma do sistema de pensões. A existência de um grupo de linha mais dura no Syriza não é novidade, e já levou a uma demissão no governo, que poderá não ser caso único. A aprovação das medidas, que tem de ser feita até amanhã, é garantida: Tsipras recebeu um "não" do parceiro de coligação, mas tem o apoio da oposição, o que lhe garante uma maioria, mesmo com a deserção de alguns deputados do Syriza.
"Há uma divisão dentro do partido, parte dos responsáveis e deputados do Syriza não aceitam as táticas seguidas pelo nosso primeiro-ministro", disse ontem em entrevista, citado pela Bloomberg, Yanis Balafas, um deputado do Syriza. "O que interessa agora é que o cenário mais negro, o default, foi evitado", disse ainda este próximo de Tsipras. Os bancos gregos, esses, só devem reabrir na quinta-feira.
Segundo o jornal grego Kathimerini, a Plataforma de Esquerda, o grupo mais radical dentro do Syriza, está a chamar ao entendimento com os credores "o pior acordo possível... que mantém o estatuto do país: uma colónia de dívida numa União Europeia governada pela Alemanha". Mas, de acordo com a Skai TV, o mais provável é que os deputados deste grupo optem pela abstenção ou ausência da votação, evitando dar o seu "não" claro ao governo
dn
