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Algarve já tem um centro cardíaco
O Hospital Particular do Algarve abre hoje o primeiro centro cardíaco na região, que possibilita a realização de cirurgias não asseguradas pelo Serviço Nacional de Saúde no Hospital de Faro, disse o diretor do serviço de cardiologia.
Em declarações à Lusa, José Baptista realçou a importância da abertura deste serviço para os doentes do Algarve, que “passarão a ter a hipótese de ser submetidos a cirurgias cardíacas sem terem de se deslocar a Lisboa, como acontece com os utentes do Serviço Nacional de Saúde”.
Como o Hospital de Faro não faz este tipo de cirurgias, os doentes são encaminhados para unidades de saúde em Lisboa, situação que agora pode ser alterada para quem possa pagar o valor inerente a uma operação cardíaca.
Os doentes do Serviço Nacional de Saúde que não tenham essa possibilidade vão continuar a ser encaminhados para hospitais da capital, uma vez que o Hospital Particular do Algarve não tem acordo com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.
Questionada pela Lusa sobre uma eventual colaboração que permitisse aos doentes do Algarve poderem ser assistidos no novo centro cardíaco e evitar deslocações para Lisboa, a ARS do Algarve, através da assessoria de imprensa, disse apenas que “até agora não chegou nenhuma proposta para uma eventual colaboração com o Hospital Particular do Algarve”, frisando que “essa iniciativa nunca passará pela ARS”.
“Até aqui os doentes tinham que ser enviados para Lisboa, mas a partir de agora para os casos, por exemplo, de um agravamento súbito da condição cardíaca, o centro é uma mais-valia muito importante”, considerou o diretor do Serviço de Cardiologia, frisando também “a importância para o Turismo e para os estrangeiros que visitam a região e tenham um problema”.
José Baptista sublinhou que o Hospital Particular do Algarve montou o centro com base num projeto criado há cerca de dez anos, quando começou a apostar na cardiologia para colmatar a falta de cobertura do SNS nesta área na região.
“Num momento em que o país está em crise, o Hospital decidiu dar um passo em frente e criar este centro. O que pretendemos é dar uma resposta de qualidade, numa valência que só existia a 300 quilómetros de distância”, acrescentou.
José Batista admitiu a possibilidade de, no futuro, o centro poder acolher doentes do SNS, mas frisou que “a decisão de avançar não foi tomada a contar com isso”, porque ao longo dos anos o Hospital Particular do Algarve passou a contar com um número grande de doentes na área da cardiologia.
O centro representa um investimento de 35 milhões de euros.
Lusa / SOL