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Durante dez dias, Gonçalo não vai poder falar com a família ou colegas. Vai faltar às aulas durante três meses
Pela frente, Gonçalo vai ter agora três meses de acompanhamento psiquiátrico e social, sem direito a muitas visitas dos pais. O jovem de 15 anos que na passada segunda-feira tentou cometer um massacre na escola Stuart Carvalhais, em Massamá, Sintra, e acabou por esfaquear quatro pessoas - três colegas e uma funcionária da escola - já está internado no Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra, uma casa de correção onde é facultado apoio psiquiátrico.
Durante os primeiros dez dias, ao que o CM apurou, Gonçalo vai ficar completamente isolado, sem ter qualquer interação com os pais e nem mesmo com os outros colegas da instituição. Depois disso, vai poder conviver com os colegas, mas apenas vai ter direito à visita dos pais uma vez por semana, e sempre com acompanhamento de um técnico da Segurança Social, que irá vigiar o seu comportamento.
Gonçalo queria ter levado alguns livros e CD, mas foi proibido. "Só tem direito a levar a roupa e os artigos de higiene", disse ontem ao CM Pedro Proença, advogado de defesa da família do jovem.
O jurista acrescentou que os pais já manifestaram a vontade de pedir que o jovem frequente uma casa de correção privada. Pai e mãe, profissionais de saúde, dizem ter condições económicas para colocar o filho numa instituição privada. Isto porque o casal não quer que o filho deixe de estudar. Durante estes três meses, ou seja, todo o primeiro período, o menor não vai frequentar as aulas. Gonçalo vai ficar em regime fechado, sem direito a frequentar a escola. Vai ter consultas diárias com um psiquiatra e vai estar envolvido em atividades de caráter profissional.
Este centro de correção é frequentado por cerca de 60 jovens, a maioria deles provenientes de Lisboa e envolvidos em casos de roubo ou homicídio. Um deles, por exemplo, é o jovem de 15 anos cúmplice na morte de Tiago Santos - que tinha 17 anos quando foi assassinado após ter sido torturado e queimado vivo em Odivelas.
cm