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Um professor foi demitido, a semana passada, de uma escola secundária em Vitória, no estado brasileiro de Espírito Santo, depois de 'usar' um aluno como exemplo.
De acordo com as publicações brasileiras, o caso aconteceu a 15 de março, quando o professor escreveu uma reflexão no quadro, durante uma aula.
"Será que é melhor ir para o calçadão de Jardim Camburi vender água de coco ou se esforçar um pouco mais nos estudos para ter um emprego melhor", lê-se, numa imagem que entretanto ficou viral nas redes sociais.
A 'inspiração' para o exemplo era um dos seus alunos, um adolescente que ajuda a mãe a vender água de coco na praia e foi visto pelo docente enquanto o fazia.
Segundo a imprensa brasileira, quando soube da situação a mãe do jovem sentiu-se "humilhada" e defendeu que o seu trabalho foi menosprezado. "Não estudei, mas acredito que seja um trabalho honesto e digno", referiu a mulher, que trabalha na área há cerca de quatro anos. "É através da água de coco que eu levo sustento para a minha família, que eu pago minhas contas e sobrevivo", defendeu a mulher.
A pasta da Educação que atua a nível regional informou que o caso estava a ser acompanhado e que não concorda com a posição que o profissional parece ter tido. "O professor teve o seu contrato cessado antecipadamente e a mãe do aluno está a ser apoiada para buscar os seus direitos junto das autoridades policiais, via boletim de ocorrência. Nesta semana, a responsável pelo aluno será atendida pela equipa escolar para o apoio que for necessário", explica a pasta, citada pelo jornal UOL.
Ainda segundo as publicações brasileiras, o professor recorreu também às redes sociais para esclarecer a situação, dizendo que não tinha nenhum preconceito com os alunos que precisavam de trabalhar quando eram mais jovens, dizendo mesmo que também o teve de fazer.
"O meu intuito sempre foi dar consciência aos nossos adolescentes de que, por mais difícil que seja a realidade, por mais árduo que seja, por mais desigualdade que exista, a educação é o caminho para a transformação da nossa realidade", escreveu, defendendo que a sua intenção foi a de reforçar a importância dos estudos para a formação de "um ser humano mais completo".
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