kokas
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[h=2]A organização não-governamental (ONG) Amnistia Internacional vai decidir hoje se passa a defender a despenalização da prostituição, incluindo de clientes e de proxenetas, uma questão controversa que divide a Europa
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O projeto de resolução vai ser submetido hoje aos cerca de 400 delegados das secções nacionais da Amnistia, reunidos em Dublin, e foi elaborado depois de dois anos de consultas.
O texto apela para a criação de "um quadro legal em que todos os elementos do trabalho sexual sejam despenalizados", segundo explicou à agência France Presse Thomas Schultz-Jagow, diretor de comunicação da ONG.
Considerando que "a criminalização do trabalho sexual entre adultos e consensual pode levar a um aumento das violações dos direitos dos trabalhadores do sexo", a Amnistia defende o fim da repressão da prostituição, dos clientes e dos proxenetas, desde que não exerçam coação sobre os trabalhadores sexuais.
A controvérsia radica neste último ponto.
A ONG Equality Now, que defende os direitos das mulheres, apoia o fim da repressão dos trabalhadores sexuais mas opõe-se a que o mesmo seja aplicado a clientes, proxenetas e gerentes de bordéis.
"Legalizar os que exploram as pessoas que se prostituem não é maneira certa de proceder", disse à agência Esohe Aghatise, daquela ong, acrescentando que "a procura comercial do sexo alimenta o tráfico" de seres humanos.
Um coletivo de associações divulgou uma carta em que apela aos delegados que rejeitem a proposta e afirma que petições nesse sentido realizadas na Europa e nos Estados Unidos recolheram 10.000 assinaturas.
Entre as associações que se opõem estão sobretudo organizações de defesa da igualdade entre homens e mulheres, de luta contra exploração sexual ou contra o tráfico de seres humanos, e associações de ex-prostitutas, de mulheres imigrantes e de minorias.
A Amnistia admite tratar-se de "uma questão muito sensível, que divide e que é complexa", mas considera que os trabalhadores sexuais, "um dos grupos mais marginalizados do mundo", beneficiarão de uma despenalização".
Na Europa, a questão é controversa. França tornou-se há dois meses o terceiro país europeu a sancionar os clientes da prostituição, depois da Suécia e da Noruega.
Na maioria dos restantes países europeus, o proxenetismo é punido e a prostituição é, nuns casos, regulamentada, noutros tolerada.
nm
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O projeto de resolução vai ser submetido hoje aos cerca de 400 delegados das secções nacionais da Amnistia, reunidos em Dublin, e foi elaborado depois de dois anos de consultas.
O texto apela para a criação de "um quadro legal em que todos os elementos do trabalho sexual sejam despenalizados", segundo explicou à agência France Presse Thomas Schultz-Jagow, diretor de comunicação da ONG.
Considerando que "a criminalização do trabalho sexual entre adultos e consensual pode levar a um aumento das violações dos direitos dos trabalhadores do sexo", a Amnistia defende o fim da repressão da prostituição, dos clientes e dos proxenetas, desde que não exerçam coação sobre os trabalhadores sexuais.
A controvérsia radica neste último ponto.
A ONG Equality Now, que defende os direitos das mulheres, apoia o fim da repressão dos trabalhadores sexuais mas opõe-se a que o mesmo seja aplicado a clientes, proxenetas e gerentes de bordéis.
"Legalizar os que exploram as pessoas que se prostituem não é maneira certa de proceder", disse à agência Esohe Aghatise, daquela ong, acrescentando que "a procura comercial do sexo alimenta o tráfico" de seres humanos.
Um coletivo de associações divulgou uma carta em que apela aos delegados que rejeitem a proposta e afirma que petições nesse sentido realizadas na Europa e nos Estados Unidos recolheram 10.000 assinaturas.
Entre as associações que se opõem estão sobretudo organizações de defesa da igualdade entre homens e mulheres, de luta contra exploração sexual ou contra o tráfico de seres humanos, e associações de ex-prostitutas, de mulheres imigrantes e de minorias.
A Amnistia admite tratar-se de "uma questão muito sensível, que divide e que é complexa", mas considera que os trabalhadores sexuais, "um dos grupos mais marginalizados do mundo", beneficiarão de uma despenalização".
Na Europa, a questão é controversa. França tornou-se há dois meses o terceiro país europeu a sancionar os clientes da prostituição, depois da Suécia e da Noruega.
Na maioria dos restantes países europeus, o proxenetismo é punido e a prostituição é, nuns casos, regulamentada, noutros tolerada.
nm