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António José Morais pressionou testa-de-ferro de Sócrates?

santos2206

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A investigação judicial a António José Morais, por alegadamente pressionar Carlos Santos Silva a denunciar o ex-primeiro-ministro, foi arquivada por falta de provas



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O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) arquivou de forma discreta, em Outubro de 2016, a investigação à denúncia que acusou António José Morais, antigo professor de José Sócrates na Universidade Independente, de alegadamente pressionar Carlos Santos Silva a dizer que os milhões que teve em contas suíças eram na realidade do antigo primeiro-ministro.

A conclusão da investigação ao insólito caso, que se passou durante o tempo em que o empresário esteve detido preventivamente na Operação Marquês, foi a seguinte: simplesmente não se conseguiu perceber quem - denunciantes ou António José Morais - estava a mentir ou a dizer a verdade.

Segundo o despacho de arquivamento do processo a que a SÁBADO teve acesso, o procurador João Paulo Centeno considerou não existirem indícios suficientes que provassem que António José Morais tenha cometido qualquer crime de coacção agravada, favorecimento pessoal ou de violação do segredo de justiça. Mas o procurador também salientou que não conseguiu saber o que realmente aconteceu nos vários encontros que Morais realmente teve com a mulher de Santos Silva, um primo e um amigo e empregado do empresário. "(…) Não foi possível apurar, com grau de certeza exigível, aquilo que verdadeiramente foi conversado e transmitido", vincou o magistrado.José Sócrates é um dos 20 arguidos da Operação Marquês. Foi indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito. A Procuradoria-Geral da República prolongou o prazo final para o fim da investigação até 17 de Março. Enquanto arguido, avançou com um recurso pedindo a nulidade dos actos processuais e o fim do inquérito. Sócrates ainda não foi formalmente acusado nem foi revelada uma data final para este passo.

Porém, o recurso foi destinado à decisão do juiz desembargador Rui Rangel. Porém, por achar que Rangel não tem condições para decidir o recurso, o Ministério Público avançou com um incidente de escusa. Alega "a desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado", que já foi relator do acórdão que acabou com o segredo de justiça interno do processo. O documento justifica o pedido "por considerar existir motivo sério e grave, adequado a gerar desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado judicial".

SP
 
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