Após 43 anos na solitária, Alfred vai ser libertado

[kokas]

Alfred Woodfox e os seus companheiros tinham sido tema de uma campanha que procurava a sua libertação.

Alfred Woodfox tem 68 anos e desde 1972 que está em solitária, após a morte de um guarda num motim no qual diz não ter estado envolvido. É o último dos chamados Três de Angola a sair da prisão.
Alfred Woodfox pertencia ao grupo de ativistas dos Panteras Negras e estava preso há um ano na maior prisão de máxima segurança dos Estados Unidos, por assalto à mão armada, quando teve lugar um motim em que morreu um guarda. Aconteceu em abril de 1972 e, desde então, Woodfox tem estado na solitária.






Outros dois Panteras Negras foram também acusados de estarem envolvidos na morte do guarda e receberam o mesmo castigo: um foi libertado em 2001, outro em 2013. Agora, é a vez de Woodfox, que tem hoje 68 anos.


Alfred Woodfox foi julgado duas vezes pela morte do guarda no motim de 1972, mas nenhuma das condenações se manteve. Agora, um juiz do estado norte-americano do Louisiana decidiu libertá-lo, acrescentando que este não deve voltar a ser julgado pelo mesmo crime porque o julgamento não seria justo. Os procuradores, porém, prometem "fazer tudo para que o assassino fique na prisão e permaneça responsável pela suas ações", dizem citados pela BBC.
Woodfox e os seus dois companheiros do grupo ativista Panteras Negras foram tema de várias campanhas de organizações de direitos humanos que tentavam que estes fossem retirados da solitária. Eram chamados "Os Tnrês de Angola", devido à alcunha da prisão onde se encontravam: a prisão estatal do Louisiana é frequentemente chamada de Angola, por se encontrar perto de uma antiga plantação com esse nome onde trabalhavam escravos.

Robert King e Herman Wallace, os dois homens que foram, como Woodfox, implicados na morte do guarda, também permaneceram décadas em solitária. King foi libertado em 2001 e Wallace em 2013, embora Wallace tenha morrido pouco tempo depois de ser colocado em liberdade.


dn