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O Bloco em campanha, em Lisboa
Bloquistas gravam vídeo com programa eleitoral em língua gestual. Dupla Catarina e Mariana faz furor em Lisboa.
Antes votava no PS e chegou a fazê-lo também na CDU, mas a revolta com o estado do país faz que José Gomes esteja determinado a confiar a "cruz" ao BE. Ontem, o encarregado de construção civil não perdeu a oportunidade de trocar algumas palavras com Catarina Martins e gabou a "forma direta, objetiva, frontal, sem medo e sem barreiras" com que o partido tem conduzido a campanha eleitoral.Por isso, na Rua Morais Soares, em Lisboa, onde a porta-voz bloquista ouviu queixas, lamentações e muitas mensagens de apoio, garantiu: "Vou votar, mais o meu filho e mais a minha esposa, em vocês."Catarina Martins, que demorou 45 minutos a percorrer os 700 metros entre a Praça Paiva Couceiro e a Praça do Chile, conseguiu explicar as propostas do BE na educação, saúde, impostos e política de rendimentos àqueles com quem se cruzava e ainda ouviu uma senhora lançar o apelo para "tirar de lá aquele Coelho que já nem para feijoada dá". Embalada pela empatia que tem granjeado nos últimos tempos - e pelo fenómeno Mariana Mortágua, n.º 1 do BE em Lisboa -, a líder bloquista até das janelas e dos táxis recebeu aplausos e incentivos.Ao quinto dia de campanha, a dirigente máxima do BE não esqueceu uma das bandeiras de sempre do partido e visitou a Associação Portuguesa de Surdos (APS). Nesse encontro foi revelado que o partido gravou um vídeo com o programa eleitoral para as legislativas em língua gestual portuguesa. Uma ação simbólica para contestar a ideia de que as pessoas com deficiência não possam libertar-se das amarras de "uma cidadania de segunda".A APS comemorava 57 anos e Catarina não perdeu a oportunidade de escutar os que ali estavam. "Nesta campanha temos tentado chamar a atenção para o facto de as pessoas com deficiência em Portugal estarem condenadas a uma cidadania de segunda, não terem condições para viver em plenitude da democracia, como todas as outras. Seja quando vão às finanças, onde não têm tradução, seja na escola, com falta de apoio a crianças surdas, seja a ver televisão", alertou.
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