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"Aquilo que conseguimos com muita dificuldade pode esfumar-se"

kokas

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Set 27, 2006
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Henrique Medina Carreira considera que o plano económico traçado pelo grupo de economistas do Partido Socialista para os próximos quatro anos, que pode servir de base para o programa eleitoral do PS, é demasiado ambicioso e pode ter efeitos devastadores na economia que ainda agora começou a recuperar.

No programa «Olhos nos Olhos» da TVI24, Medina Carreira disse que o plano do Governo, que prevê uma reposição dos cortes em quatro anos, e não em dois, é mais prudente, justamente, por ser mais espaçado no tempo.

O ex-ministro das Finanças explica que com a reposição dos cortes a despesa vai subir imediatamente, e como já se encontra no mesmo valor de 2010, isso pode dar um grande “sarilho”.
“A despesa corrente, em 2015, tem o mesmo valor que tinha em 2010: 80 mil milhões de euros. Se sobre esses 80 mil milhões nós vamos pôr este acréscimo de prestações públicas vamos para mais de 80, que é mais que a de 2010, que deu o sarilho que deu”.

Medina Carreira teme que a abrupta subida da despesa faça subir o défice e os juros, o que pode “intranquilizar” Bruxelas e as agências de rating.

“A despesa entra logo a funcionar, mas as receitas não. Isto pode produzir um efeito que eu temo: a primeira coisa é que o défice, que está previsto para qualquer coisa como 2,7%, ou 2,4%, sobe para 3, ou 3 e tal. A nós não nos faz muita aflição, mas faz a Bruxelas, e faz às agências de rating. Ora quando Bruxelas e [as agências de rating] começarem a estar intranquilos os juros intranquilizam-se. [Porque] isto dos juros está longe de ser [um dado] adquirido, esta “baixeza”. E eu tenho medo que [despertemos] um monstro que tem estado sossegado. Esta política em vez de ser em dois anos, se fosse em quatro ou em seis, talvez tivesse menos efeitos. Porque não há dúvida [que] a despesa vai subir: em 2016 sobe [e] em 2017 sobe”

Para o comentador da TVI24, a “pressa” pode atrapalhar os resultados conseguidos com “muita dificuldade”.
“Basta o défice assustar Bruxelas (e começarem a fazer declarações) e as agências de rating (que não têm outra coisa que fazer que estar a olhar para estas coisas) inquietarem-se e os juros vão subindo. Aquilo que nós conseguimos com muita dificuldade pode, assim, em dois anos, esfumar-se”, acrescentou.
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