migel
GForum VIP
- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 15,631
- Gostos Recebidos
- 0
ARCO: Ministro Cultura destaca presença "pujante" da arte portuguesa no certame madrileno
15 de Fevereiro de 2008, 18:56
** António Sampaio, da Agência Lusa **
Madrid, 15 Fev (Lusa) - O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, destacou hoje o que considerou ser a presença "pujante" das artes plásticas na ARCO, em Madrid, saudando os sinais de uma cada vez maior internacionalização das suas várias formas de expressão.
Pinto Ribeiro, na sua primeira visita ao estrangeiro e no que constitui o seu primeiro acto público de grande relevo desde que tomou posse, passeou pelas 13 galerias portuguesas que participam na edição deste ano, prometendo o apoio do governo aos artistas plásticos.
"O apoio aos artistas plásticos é apoiar o que de melhor Portugal tem. Esta pluralidade de formas de expressão, esta pluralidade de discurso, é que fazem a riqueza de Portugal", disse aos jornalistas depois da visita.
"Aquilo que os artistas portugueses fazem e fizeram na ARCO significa deixar uma marca portuguesa, uma cicatriz no mundo", sublinhou ainda.
Considerando que "não podia deixar de vir" à ARCO, Pinto Ribeiro disse que a visita pretende confirmar "o empenhamento do Ministério da Cultura e do governo português no apoio aos artistas plásticos, nos mais variados suportes e formas de expressão".
Ainda assim admite que os apoios não serão financeiros, dadas as limitações orçamentais, passando antes pela coordenação de estratégias para consolidar a promoção e divulgação da Cultura e Língua portuguesas no exterior.
"O nosso objectivo é assegurar a máxima internacionalização e assegurar uma coordenação estratégica, para evitar que se esbanjem meios e oportunidades, fomentando esse apoio às artes plásticas, à língua enquanto pátria portuguesa, enquanto forma de expressão portuguesa", disse.
Um apoio, sublinhou, "a uma cultura moderna e cosmopolita que signifique um Portugal qualificado, diferente e afirmado no mundo".
"Muitas vezes perdem-se mais oportunidades por falta de coordenação do que por falta de meios", observou, referindo-se a parcerias com autarquias, com o Instituto Camões, com representações portuguesas no mundo e com países membros da CPLP e da UE.
O passeio pelas galerias portuguesas, acompanhado pela Lusa, permitiu ao ministro português confirmar o elevado volume de vendas, que muitos dos galeristas referiram, incluindo algumas compras por parte de grandes instituições e colecções espanholas.
A arte portuguesa, disse Pinto Ribeiro, tem uma presença "pujante e forte" e "instrumentos para se representar neste feira e junto de forças economicamente significativas que estão aqui".
"A capacidade de penetração da arte plástica portuguesa - realçou -, vai muito para além do que é o mero mercado português. Há uma força e uma pujança cultural portuguesa que se afirmam agora e têm de ser sustentadas e apoiadas".
"Há neste momento - assinalou ainda - uma extraordinária necessidade e capacidade de se exprimir o discurso português através das artes plásticas. O que faz a nossa identidade é o discurso, a narrativa, a língua, a aventura. E a aventura portuguesa exprime-se com grande pujança através das artes plásticas".
"Temos isso para dar ao mundo", pontuou.
Em muitas das galerias portuguesas é visível já o largo número de pequenos círculos vermelhos que marcam obras vendidas, com a maioria dos galeristas a afirmarem que o volume de vendas é muito maior este ano do que em anteriores.
De destacar, entre outras compras, a aquisição pelo Museu Rainha Sofia de uma obra da artista Fernanda Fragateiro, como confirmou à Lusa Maria de Belém Sampaio, da Galeria Presença.
O museu espanhol tinha em 2005, e pelo que se conhece publicamente, adquirido também na ARCO as primeiras cinco obras de artistas portugueses, nomeadamente uma de Fragateiro, duas de Pedro Croft e duas de Vieira da Silva.
A galeria Filomena Soares, por exemplo, confirmou hoje à Lusa a compra de uma obra de João Penalva pela Fundação Coca-Cola e de uma outra de Ângela Ferreira pela Fundação ARCO.
Duas obras de Carlos Correia, da galeria Pedro Oliveira, foram compradas pela Caja Madrid, tendo o galerista assinalado que em termos gerais "as vendas triplicaram".
"A feira está melhor, a nível dos visitantes e da componente comercial. Os espanhóis compram muita arte portuguesa, incluindo dos novos artistas", disse Pedro Oliveira.
Opinião favorável sobre as vendas tem-na também a galerista Vera Cortes, que referiu à Lusa que este é "um ano muito melhor" em termos de vendas, com obras a serem muito procuradas por colecções privadas de Espanha, Reino Unido e Itália, entre outros países.
A Galeria Pedro Cera conta com a selecção de uma obra de Ricardo Valentim para o Prémio Brugal, para artistas emergentes da ARCO, e a galeria Graça Brandão com outra selecção para o mesmo prémio de uma obra de João Galvão.
No caso desta última galeria as vendas também estão mais altas este ano, mas em particular por estarem expostos trabalhos da artista brasileira Lígia Pato, que morreu em 2004, e que hoje suscita cada vez mais o interesse da crítica.
Pedro Cera, com uma década de experiência na ARCO, prefere não fazer comparações com anos anteriores, declarando porém que "as coisas estão a correr", uma opinião secundada por Manuel Ulisses da Quadrado Azul, que aludiu a "vendas idênticas" mas um crescente interesse em Espanha pela arte portuguesa.
A Fundação Pedro barrié de la Maza , da Galiza, anunciou a compra de uma obra de José Lourenço e de outra de Pedro Calapez, com o que perfaz meio milhões de euros o montante por ela desembolsado em compras na ARCO.
Lusa/Fim
15 de Fevereiro de 2008, 18:56
** António Sampaio, da Agência Lusa **
Madrid, 15 Fev (Lusa) - O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, destacou hoje o que considerou ser a presença "pujante" das artes plásticas na ARCO, em Madrid, saudando os sinais de uma cada vez maior internacionalização das suas várias formas de expressão.
Pinto Ribeiro, na sua primeira visita ao estrangeiro e no que constitui o seu primeiro acto público de grande relevo desde que tomou posse, passeou pelas 13 galerias portuguesas que participam na edição deste ano, prometendo o apoio do governo aos artistas plásticos.
"O apoio aos artistas plásticos é apoiar o que de melhor Portugal tem. Esta pluralidade de formas de expressão, esta pluralidade de discurso, é que fazem a riqueza de Portugal", disse aos jornalistas depois da visita.
"Aquilo que os artistas portugueses fazem e fizeram na ARCO significa deixar uma marca portuguesa, uma cicatriz no mundo", sublinhou ainda.
Considerando que "não podia deixar de vir" à ARCO, Pinto Ribeiro disse que a visita pretende confirmar "o empenhamento do Ministério da Cultura e do governo português no apoio aos artistas plásticos, nos mais variados suportes e formas de expressão".
Ainda assim admite que os apoios não serão financeiros, dadas as limitações orçamentais, passando antes pela coordenação de estratégias para consolidar a promoção e divulgação da Cultura e Língua portuguesas no exterior.
"O nosso objectivo é assegurar a máxima internacionalização e assegurar uma coordenação estratégica, para evitar que se esbanjem meios e oportunidades, fomentando esse apoio às artes plásticas, à língua enquanto pátria portuguesa, enquanto forma de expressão portuguesa", disse.
Um apoio, sublinhou, "a uma cultura moderna e cosmopolita que signifique um Portugal qualificado, diferente e afirmado no mundo".
"Muitas vezes perdem-se mais oportunidades por falta de coordenação do que por falta de meios", observou, referindo-se a parcerias com autarquias, com o Instituto Camões, com representações portuguesas no mundo e com países membros da CPLP e da UE.
O passeio pelas galerias portuguesas, acompanhado pela Lusa, permitiu ao ministro português confirmar o elevado volume de vendas, que muitos dos galeristas referiram, incluindo algumas compras por parte de grandes instituições e colecções espanholas.
A arte portuguesa, disse Pinto Ribeiro, tem uma presença "pujante e forte" e "instrumentos para se representar neste feira e junto de forças economicamente significativas que estão aqui".
"A capacidade de penetração da arte plástica portuguesa - realçou -, vai muito para além do que é o mero mercado português. Há uma força e uma pujança cultural portuguesa que se afirmam agora e têm de ser sustentadas e apoiadas".
"Há neste momento - assinalou ainda - uma extraordinária necessidade e capacidade de se exprimir o discurso português através das artes plásticas. O que faz a nossa identidade é o discurso, a narrativa, a língua, a aventura. E a aventura portuguesa exprime-se com grande pujança através das artes plásticas".
"Temos isso para dar ao mundo", pontuou.
Em muitas das galerias portuguesas é visível já o largo número de pequenos círculos vermelhos que marcam obras vendidas, com a maioria dos galeristas a afirmarem que o volume de vendas é muito maior este ano do que em anteriores.
De destacar, entre outras compras, a aquisição pelo Museu Rainha Sofia de uma obra da artista Fernanda Fragateiro, como confirmou à Lusa Maria de Belém Sampaio, da Galeria Presença.
O museu espanhol tinha em 2005, e pelo que se conhece publicamente, adquirido também na ARCO as primeiras cinco obras de artistas portugueses, nomeadamente uma de Fragateiro, duas de Pedro Croft e duas de Vieira da Silva.
A galeria Filomena Soares, por exemplo, confirmou hoje à Lusa a compra de uma obra de João Penalva pela Fundação Coca-Cola e de uma outra de Ângela Ferreira pela Fundação ARCO.
Duas obras de Carlos Correia, da galeria Pedro Oliveira, foram compradas pela Caja Madrid, tendo o galerista assinalado que em termos gerais "as vendas triplicaram".
"A feira está melhor, a nível dos visitantes e da componente comercial. Os espanhóis compram muita arte portuguesa, incluindo dos novos artistas", disse Pedro Oliveira.
Opinião favorável sobre as vendas tem-na também a galerista Vera Cortes, que referiu à Lusa que este é "um ano muito melhor" em termos de vendas, com obras a serem muito procuradas por colecções privadas de Espanha, Reino Unido e Itália, entre outros países.
A Galeria Pedro Cera conta com a selecção de uma obra de Ricardo Valentim para o Prémio Brugal, para artistas emergentes da ARCO, e a galeria Graça Brandão com outra selecção para o mesmo prémio de uma obra de João Galvão.
No caso desta última galeria as vendas também estão mais altas este ano, mas em particular por estarem expostos trabalhos da artista brasileira Lígia Pato, que morreu em 2004, e que hoje suscita cada vez mais o interesse da crítica.
Pedro Cera, com uma década de experiência na ARCO, prefere não fazer comparações com anos anteriores, declarando porém que "as coisas estão a correr", uma opinião secundada por Manuel Ulisses da Quadrado Azul, que aludiu a "vendas idênticas" mas um crescente interesse em Espanha pela arte portuguesa.
A Fundação Pedro barrié de la Maza , da Galiza, anunciou a compra de uma obra de José Lourenço e de outra de Pedro Calapez, com o que perfaz meio milhões de euros o montante por ela desembolsado em compras na ARCO.
Lusa/Fim