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[h=2]Industriais de Santa Maria da Feira com experiência na produção de solas para calçado criaram há seis meses uma empresa de artigos para cavalos que exporta ferraduras "únicas no mundo pelo seu 'full rolling' fechado", mais competitivo em corridas.
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A ideia surgiu na firma Soares & Fonseca, que, após 35 anos a fabricar solas para calçado em Escapães, Santa Maria da Feira, iniciou há cerca de dois anos um projeto de investigação e desenvolvimento de artigos equinos e começou em fevereiro a sua comercialização 'online', já sob a tutela da 'spin-off' MX Plates.
"Já tínhamos uma grande experiência nas solas e queríamos entrar neste novo mercado", conta à Lusa o atual gerente da MX PLates, Manuel Oliveira. "Acabámos por desenvolver ferraduras que são únicas no mundo e, apesar de só termos arrancado com a nossa atividade depois de elas estarem patenteadas, começámos logo a vender para França e para a Alemanha, que absorvem 90% da nossa produção", revela.
Fabricada com recurso a sete componentes totalmente recicláveis e biodegradáveis, a nova ferradura distingue-se pelo seu 'full rolling', o que significa que cobre integralmente a base do pé do cavalo.
"Isso traz grandes vantagens à sua performance em competição, porque, como a ferradura tem uma plataforma grande, confere à pata mais apoio e estabilidade, o que reequilibra o pé do cavalo quando ele ataca o solo", explica Dário Gomes, diretor comercial e de marketing da empresa.
Manuel Oliveira admite que o princípio aplicado da conceção do novo produto "já existia há muitos anos, só que nunca foi usado em ferraduras", pelo que acredita que a empresa tem agora oportunidade de se destacar no mercado da especialidade.
"Não temos concorrência, porque mais ninguém faz ferraduras de 'full rolling' fechado", afirma.
A produção da MX Plates é assegurada por apenas quatro pessoas, que se dedicam sobretudo à conceção e comercialização do artigo, entregando o seu fabrico material às linhas de montagem da "Soares & Fonseca".
Em seis meses a empresa criou assim cerca de 7.000 ferraduras, que, chegando ao consumidor final a preços individuais entre os 17 e os 20 euros, estão disponíveis em diferentes tamanhos e espessuras, adequando-se tanto a desempenho desportivo como a uso quotidiano.
Nesta fase, a procura destina-se principalmente a equipar cavalos que competem nas modalidades de Trote e Dressage, mas Manuel Oliveira diz que o verdadeiro potencial do produto ficará demonstrado a partir de setembro, "quando começar a época das corridas" em França e na Alemanha, os dois países que vêm absorvendo a maior parte da produção.
"Nas provas de velocidade é que se nota bem a estabilidade proporcionada pelo' full rolling', que permite ao cavalo uma passada ligeiramente mais larga e maior rapidez nas curvas", justifica.
A curto prazo, o principal 'target' da empresa é "chegar ao resto da Europa, sobretudo aos países com mais tradição em provas equinas". O alvo seguinte de Dário Gomes é o próprio território português, considerando que o Governo aprovou este ano o regime jurídico das apostas em corridas hípicas.
"Já estão a ser construídos os hipódromos e prevê-se que as corridas arranquem em 2017, pelo que, depois disso, este tipo de produto vai passar a ter em Portugal uma procura como nunca teve antes", antecipa.
nm
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A ideia surgiu na firma Soares & Fonseca, que, após 35 anos a fabricar solas para calçado em Escapães, Santa Maria da Feira, iniciou há cerca de dois anos um projeto de investigação e desenvolvimento de artigos equinos e começou em fevereiro a sua comercialização 'online', já sob a tutela da 'spin-off' MX Plates.
"Já tínhamos uma grande experiência nas solas e queríamos entrar neste novo mercado", conta à Lusa o atual gerente da MX PLates, Manuel Oliveira. "Acabámos por desenvolver ferraduras que são únicas no mundo e, apesar de só termos arrancado com a nossa atividade depois de elas estarem patenteadas, começámos logo a vender para França e para a Alemanha, que absorvem 90% da nossa produção", revela.
Fabricada com recurso a sete componentes totalmente recicláveis e biodegradáveis, a nova ferradura distingue-se pelo seu 'full rolling', o que significa que cobre integralmente a base do pé do cavalo.
"Isso traz grandes vantagens à sua performance em competição, porque, como a ferradura tem uma plataforma grande, confere à pata mais apoio e estabilidade, o que reequilibra o pé do cavalo quando ele ataca o solo", explica Dário Gomes, diretor comercial e de marketing da empresa.
Manuel Oliveira admite que o princípio aplicado da conceção do novo produto "já existia há muitos anos, só que nunca foi usado em ferraduras", pelo que acredita que a empresa tem agora oportunidade de se destacar no mercado da especialidade.
"Não temos concorrência, porque mais ninguém faz ferraduras de 'full rolling' fechado", afirma.
A produção da MX Plates é assegurada por apenas quatro pessoas, que se dedicam sobretudo à conceção e comercialização do artigo, entregando o seu fabrico material às linhas de montagem da "Soares & Fonseca".
Em seis meses a empresa criou assim cerca de 7.000 ferraduras, que, chegando ao consumidor final a preços individuais entre os 17 e os 20 euros, estão disponíveis em diferentes tamanhos e espessuras, adequando-se tanto a desempenho desportivo como a uso quotidiano.
Nesta fase, a procura destina-se principalmente a equipar cavalos que competem nas modalidades de Trote e Dressage, mas Manuel Oliveira diz que o verdadeiro potencial do produto ficará demonstrado a partir de setembro, "quando começar a época das corridas" em França e na Alemanha, os dois países que vêm absorvendo a maior parte da produção.
"Nas provas de velocidade é que se nota bem a estabilidade proporcionada pelo' full rolling', que permite ao cavalo uma passada ligeiramente mais larga e maior rapidez nas curvas", justifica.
A curto prazo, o principal 'target' da empresa é "chegar ao resto da Europa, sobretudo aos países com mais tradição em provas equinas". O alvo seguinte de Dário Gomes é o próprio território português, considerando que o Governo aprovou este ano o regime jurídico das apostas em corridas hípicas.
"Já estão a ser construídos os hipódromos e prevê-se que as corridas arranquem em 2017, pelo que, depois disso, este tipo de produto vai passar a ter em Portugal uma procura como nunca teve antes", antecipa.
nm