antena2007
GF Ouro
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- Dez 19, 2007
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Boas a todos
Está em debate na atualidade o financiamento do estado aos colégios e escolas privadas.
Nesse sentido quero partilhar com os membros deste forum o meu pensamento, já com algum conhecimento de algumas situações reais, sobre este tema.
As mordomias dos “meninos” e “meninas” das escolas privadas.
Estes meninos e meninas têm direito a:
- turmas com reduzido número de alunos.
- Aulas de equitação.
- Aulas aulas de natação.
- Aulas de ténis.
- Aulas de inglês
- Aulas suplementares de preparação dos testes de avaliação e exames.
-Têm transporte gratuito de casa para a escola e da escola para casa. Tem transporte gratuito para deslocações para realização de atividades extra-curriculares.
- Direito a cacifo gratuito na escola, pois não carregam os livros para casa. Não levam os 5kg de carga de livros (que levam os alunos das escolas públicas) apesar de terem transporte gratuito.
- Até foi referido um caso em que o filho de uma juíza pagava 25€ de mensalidade numa escola privada, quando o valor tabelado era 1000€/mensais, isto significa que nós que trabalhamos pagamos os restantes 895€. Na verdade são os que trabalham diariamente neste País que têm de pagar (as mensalidades desta ordem de preços) todas estas mordomias a estas elites.
Os pais dos meninos afirmam "o meu filho é livre de escolher a escola que quer frequentar"; Muito bem tem esse direito, mas os pais que assumam essa preferência e todas as despesas relacionadas com essas mordomias.
É claro que nos Rankings Nacionais estas escolas privadas e colégios ficam no topo, na verdade os rankings escolares são uma espécie de gozo da escola privada em relação à escola Pública, que tem turmas com 20 a 30 alunos, e na sua maioria não são alunos de elite.
Eu tenho uma sobrinha, que pretende tirar o curso de psicologia, é filha de pais carenciados e neste ano letivo, no 12º ano quis frequentar o curso de línguas e humanidades com a disciplina de psicologia. Como na escola da sua área de residência, não existe essa disciplina (psicologia), pediu transferência para outra escolha secundária a cerca de 30 km da sua residência. Solicitou ajuda para o passe (transporte escolar de casa e para escola) e foi recusado, mesmo com o argumento de que não existia a tal disciplina base para seguir o curso universitário de Psicologia. Conclusão a aluna que na escola de residência tinha o escalão A, nesta escola não teve qualquer ajuda para o passe ou para livros. Os pais fizeram um enorme esforço para pagar 100€ mensais de transporte público (camioneta) para que a aluna tivesse oportunidade de seguir o curso que efetivamente pretende. Vejam a diferença de tratamento entre a escola privada e a escola pública.
E tinha mais para dizer de alunos que passam fome, que nada têm e que a única refeição quente do dia é o almoço fornecido por algumas cantinas nas escolas.
Depois toda a gente sabe que o governo anterior (de Passos Coelho com Nuno Crato) fartou-se de encerrar escolas públicas de Norte a Sul, para reduzir custos, colocou miúdos em turmas com graúdos, turmas com mais de 20 alunos, Fez Mega agrupamentos e cortou na educação tudo o que quis cortar, o máximo que pode.
Houve um desinvestimento enorme na educação em particular na escola pública, hoje temos escolas publicas a meter água, a cair aos bocados, escolas secundárias sem obras há mais de 50 anos e escolas públicas sem meios materiais necessários á dinamização das atividades letivas (refiro-me a salas degradadas, quadros degradados, meios audiovisuais obsoletos, computadores obsoletos, escolas sem equipamentos indispensáveis à dinamização das atividades nos laboratórios de ciências, etc. etc.).
Todos estes factos conhecidos pelos Portugueses na escola pública contrastam com os luxos e as mordomias das escolas e colégios privados. Depois é assim, se os “meninos e meninas” dos colégios privados querem continuar a ter todas essas mordomias, têm esse direito, desde que sejam os seus pais a pagar e não todos os contribuintes e aqueles diariamente suam a camisola cumprindo muitas vezes além de 8 horas de trabalho.
É isto que agora está em debate é esta injustiça de tem de acabar e já.
Cumprimentos.
Peço aos moderadores que recoloquem este post no sítio certo, pois não sei se este é o local indicado.
Está em debate na atualidade o financiamento do estado aos colégios e escolas privadas.
Nesse sentido quero partilhar com os membros deste forum o meu pensamento, já com algum conhecimento de algumas situações reais, sobre este tema.
As mordomias dos “meninos” e “meninas” das escolas privadas.
Estes meninos e meninas têm direito a:
- turmas com reduzido número de alunos.
- Aulas de equitação.
- Aulas aulas de natação.
- Aulas de ténis.
- Aulas de inglês
- Aulas suplementares de preparação dos testes de avaliação e exames.
-Têm transporte gratuito de casa para a escola e da escola para casa. Tem transporte gratuito para deslocações para realização de atividades extra-curriculares.
- Direito a cacifo gratuito na escola, pois não carregam os livros para casa. Não levam os 5kg de carga de livros (que levam os alunos das escolas públicas) apesar de terem transporte gratuito.
- Até foi referido um caso em que o filho de uma juíza pagava 25€ de mensalidade numa escola privada, quando o valor tabelado era 1000€/mensais, isto significa que nós que trabalhamos pagamos os restantes 895€. Na verdade são os que trabalham diariamente neste País que têm de pagar (as mensalidades desta ordem de preços) todas estas mordomias a estas elites.
Os pais dos meninos afirmam "o meu filho é livre de escolher a escola que quer frequentar"; Muito bem tem esse direito, mas os pais que assumam essa preferência e todas as despesas relacionadas com essas mordomias.
É claro que nos Rankings Nacionais estas escolas privadas e colégios ficam no topo, na verdade os rankings escolares são uma espécie de gozo da escola privada em relação à escola Pública, que tem turmas com 20 a 30 alunos, e na sua maioria não são alunos de elite.
Eu tenho uma sobrinha, que pretende tirar o curso de psicologia, é filha de pais carenciados e neste ano letivo, no 12º ano quis frequentar o curso de línguas e humanidades com a disciplina de psicologia. Como na escola da sua área de residência, não existe essa disciplina (psicologia), pediu transferência para outra escolha secundária a cerca de 30 km da sua residência. Solicitou ajuda para o passe (transporte escolar de casa e para escola) e foi recusado, mesmo com o argumento de que não existia a tal disciplina base para seguir o curso universitário de Psicologia. Conclusão a aluna que na escola de residência tinha o escalão A, nesta escola não teve qualquer ajuda para o passe ou para livros. Os pais fizeram um enorme esforço para pagar 100€ mensais de transporte público (camioneta) para que a aluna tivesse oportunidade de seguir o curso que efetivamente pretende. Vejam a diferença de tratamento entre a escola privada e a escola pública.
E tinha mais para dizer de alunos que passam fome, que nada têm e que a única refeição quente do dia é o almoço fornecido por algumas cantinas nas escolas.
Depois toda a gente sabe que o governo anterior (de Passos Coelho com Nuno Crato) fartou-se de encerrar escolas públicas de Norte a Sul, para reduzir custos, colocou miúdos em turmas com graúdos, turmas com mais de 20 alunos, Fez Mega agrupamentos e cortou na educação tudo o que quis cortar, o máximo que pode.
Houve um desinvestimento enorme na educação em particular na escola pública, hoje temos escolas publicas a meter água, a cair aos bocados, escolas secundárias sem obras há mais de 50 anos e escolas públicas sem meios materiais necessários á dinamização das atividades letivas (refiro-me a salas degradadas, quadros degradados, meios audiovisuais obsoletos, computadores obsoletos, escolas sem equipamentos indispensáveis à dinamização das atividades nos laboratórios de ciências, etc. etc.).
Todos estes factos conhecidos pelos Portugueses na escola pública contrastam com os luxos e as mordomias das escolas e colégios privados. Depois é assim, se os “meninos e meninas” dos colégios privados querem continuar a ter todas essas mordomias, têm esse direito, desde que sejam os seus pais a pagar e não todos os contribuintes e aqueles diariamente suam a camisola cumprindo muitas vezes além de 8 horas de trabalho.
É isto que agora está em debate é esta injustiça de tem de acabar e já.
Cumprimentos.
Peço aos moderadores que recoloquem este post no sítio certo, pois não sei se este é o local indicado.
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