helldanger1
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Há muito se propaga que as minhocas podem trazer danos às plantas por se alimentarem de suas raízes. A tese, que é mais difundida por quem cultiva plantas no lar, na verdade se presta para tentar explicar o mau êxito em que incorrem os vasos de samambaia, violeta, bromélia e outras mediante adversidades diferentes. As minhocas jamais se alimentariam de raízes ou de qualquer parte vegetal que estejam ainda vivas ou incorporadas à planta. Isto quer dizer que não consomem as raízes como também não ingerem pontas de folhas, caules e frutas esbarradas no solo, ao contrário de como atuam os tatuzinhos, gafanhotos, lesmas e caracóis quando atacam as plantas.
Os milhares de espécies de minhocas são seres saprófagos e, como tais, se nutrem de restos orgânicos em putrefação, ainda que inevitavelmente ingiram uma microfauna viva importante em diversas de suas funções vitais.
O motivo da repugnância da minhoca aos componentes vivos de um vegetal pode se justificar pela presença de uma substância chamada catequina: um tipo de fenol de aspecto cristalino e incolor, mas avermelhado quando exposto à luz, encontrado em plantas vivas ou ainda recém-mortas.
Presume-se que a catequina não seja palatável às minhocas e, por isto, inibe-as naturalmente de ingerir raízes, folhas e caules ainda vivos. No entanto, a partir do momento em que partes da planta sejam desintegradas, a redução da catequina é progressiva e vai se anulando à medida em que o vegetal se decompõe.
Na natureza, mesmo as espécies de minhocas que não vivam essencialmente em detritos, como as ditas geófagas, ingerem terra em predominância mas absorvem e se nutrem da matéria-orgânica que nela contém. E na maioria das vezes, por habitarem as camadas mais profundas do solo, o sustento provém de raízes mortas em decomposição, quando somente se tornam aptas ao consumo pelas minhocas. Neste caso, as minhocas aceleram a transformação destes resíduos em adubo para planta e deixam seus nutrientes na forma disponível para serem reincorporados ao vegetal.
Na minhocultura, as raízes descartadas para o consumo humano, como beterraba, cenoura, inhame, mandioca, batata e outros tubérculos são perfeitamente aproveitáveis como matéria-prima, desde que se submetam previamente a um tratamento que as decomponha e passem, então, a ser assimiláveis pelas minhocas.
Por: Gorete Tostes
Os milhares de espécies de minhocas são seres saprófagos e, como tais, se nutrem de restos orgânicos em putrefação, ainda que inevitavelmente ingiram uma microfauna viva importante em diversas de suas funções vitais.
O motivo da repugnância da minhoca aos componentes vivos de um vegetal pode se justificar pela presença de uma substância chamada catequina: um tipo de fenol de aspecto cristalino e incolor, mas avermelhado quando exposto à luz, encontrado em plantas vivas ou ainda recém-mortas.
Presume-se que a catequina não seja palatável às minhocas e, por isto, inibe-as naturalmente de ingerir raízes, folhas e caules ainda vivos. No entanto, a partir do momento em que partes da planta sejam desintegradas, a redução da catequina é progressiva e vai se anulando à medida em que o vegetal se decompõe.
Na natureza, mesmo as espécies de minhocas que não vivam essencialmente em detritos, como as ditas geófagas, ingerem terra em predominância mas absorvem e se nutrem da matéria-orgânica que nela contém. E na maioria das vezes, por habitarem as camadas mais profundas do solo, o sustento provém de raízes mortas em decomposição, quando somente se tornam aptas ao consumo pelas minhocas. Neste caso, as minhocas aceleram a transformação destes resíduos em adubo para planta e deixam seus nutrientes na forma disponível para serem reincorporados ao vegetal.
Na minhocultura, as raízes descartadas para o consumo humano, como beterraba, cenoura, inhame, mandioca, batata e outros tubérculos são perfeitamente aproveitáveis como matéria-prima, desde que se submetam previamente a um tratamento que as decomponha e passem, então, a ser assimiláveis pelas minhocas.
Por: Gorete Tostes