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As táticas do campo de batalha reveladas pelo diário de um soldado norte-coreano morto na guerra na Ucrânia
Militares de Pyongyang estão a ser usados como "isco" para drones.
O diário de um soldado norte-coreano morto, destacado para combater na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, revelou algumas táticas do campo de batalha.
De acordo com as notas do jovem, segundo o diário Daily Mail, os soldados norte-coreanos estão a ser usados como "isco" para os drones. Um desenho feito pelo próprio mostra um soldado a sair de um abrigo para atrair a atenção de um drone ucraniano, enquanto dois outros soldados escondem-se para derrubá-lo.
"Quando o isco parar, o drone também vai parar e será derrubado", escreveu o soldado norte-coreano na legenda da imagem, traduzida pelo The Wall Street Journal.
As instruções anotadas referem que o soldado que servir como "isco" deve posicionar-se a sete metros do drone, que será então "neutralizado com tiros de precisão".
O diário descoberto a 21 de dezembro e autenticado por especialistas, pertencia a um soldado que morreu num tiroteio ao lado de dois camaradas, disseram as Forças Especiais da Ucrânia citadas pelo Daily Mail.
No diário, o jovem relatou como estava com saudades do pais e descreveu como tinha comemorado o aniversário de um camarada. "Com saudades da minha terra natal, tendo deixado o abraço caloroso dos meus queridos pai e mãe, aqui em terras russas celebro o aniversário do meu melhor camarada, Song Ji Myong", escreveu.
O soldado também revelou uma devoção ao líder norte-coreano Kim Jong-un. "Mesmo que custe a minha vida, cumprirei as ordens do comandante supremo sem hesitação".
Os EUA estimam que 12 mil soldados norte-coreanos foram enviados para combater pela Rússia — cerca de 4 mil dos quais já foram mortos no campo de batalha, de acordo com Zelensky.
De acordo com o Tenente-Coronel "Leopard", do 33º batalhão "Big Cats" da Ucrânia, as suas vidas valem pouco para os seus superiores. "Os soldados também estão a ser usados como "detetores de minas humanas", garantiu.
"Os norte-coreanos têm uma estratégia de 'triturar carne'. Os ucranianos usam um veículo de limpeza de minas, eles usam apenas pessoas. Andam em fila única, a três ou quatro metros um do outro, se um deles explodir, os médicos vão atrás para recolher os mortos, a multidão continua um após o outro. É assim que eles passam pelos campos minados", explicou o tenente ao Times.
Segundo Leopard, os soldados enviados por Kim Jong-Un recusam-se, muitas vezes, a ser capturados vivos, preferindo ser mortos em batalha ou simplesmente fugir.
Imagens de drones mostram como duas dúzias de soldados norte-coreanos correm lentamente em direção à linha de frente ucraniana, num campo de batalha aberto e coberto de neve.
"Eles não tentaram procurar abrigo, o que foi "como um sonho para as nossas metralhadoras", disse Vitaliy, um veterano ucraniano, ao Times.
Vitaliy esteve na batalha de Bakhmut, onde assassinos e violadores russos foram enviados para a morte como aparente 'carne para canhão'. "O grupo Wagner tinha uma ordem simples - avançar ou morrer. Parece exatamente a mesma coisa para os coreanos", afirmou.
As autoridades ucranianas e sul-coreanas referem que os norte-coreanos têm se mostrado um fardo para as forças russas devido às suas táticas ultrapassadas no campo de batalha, enquanto a inexperiência com drones torna-os alvos fáceis para os guerreiros experientes de Kiev.
De acordo com Leopard, embora os soldados norte-coreanos não estejam tão fortemente armados como os russos, isso pode mudar quanto mais tempo permanecerem envolvidos na guerra.
"Os norte-coreanos usam apenas armas pequenas, metralhadoras, lançadores de granadas e morteiros, no máximo, Esta é a extensão da sua tecnologia. Ainda não usam drones, mas suspeito que estão a começar a aprender. Quanto mais a guerra se arrasta, mais provável é a sua inovação", afirmou o tenente.
Correio da Manhã

Militares de Pyongyang estão a ser usados como "isco" para drones.
O diário de um soldado norte-coreano morto, destacado para combater na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, revelou algumas táticas do campo de batalha.
De acordo com as notas do jovem, segundo o diário Daily Mail, os soldados norte-coreanos estão a ser usados como "isco" para os drones. Um desenho feito pelo próprio mostra um soldado a sair de um abrigo para atrair a atenção de um drone ucraniano, enquanto dois outros soldados escondem-se para derrubá-lo.
"Quando o isco parar, o drone também vai parar e será derrubado", escreveu o soldado norte-coreano na legenda da imagem, traduzida pelo The Wall Street Journal.
As instruções anotadas referem que o soldado que servir como "isco" deve posicionar-se a sete metros do drone, que será então "neutralizado com tiros de precisão".
O diário descoberto a 21 de dezembro e autenticado por especialistas, pertencia a um soldado que morreu num tiroteio ao lado de dois camaradas, disseram as Forças Especiais da Ucrânia citadas pelo Daily Mail.
No diário, o jovem relatou como estava com saudades do pais e descreveu como tinha comemorado o aniversário de um camarada. "Com saudades da minha terra natal, tendo deixado o abraço caloroso dos meus queridos pai e mãe, aqui em terras russas celebro o aniversário do meu melhor camarada, Song Ji Myong", escreveu.
O soldado também revelou uma devoção ao líder norte-coreano Kim Jong-un. "Mesmo que custe a minha vida, cumprirei as ordens do comandante supremo sem hesitação".
Os EUA estimam que 12 mil soldados norte-coreanos foram enviados para combater pela Rússia — cerca de 4 mil dos quais já foram mortos no campo de batalha, de acordo com Zelensky.
De acordo com o Tenente-Coronel "Leopard", do 33º batalhão "Big Cats" da Ucrânia, as suas vidas valem pouco para os seus superiores. "Os soldados também estão a ser usados como "detetores de minas humanas", garantiu.
"Os norte-coreanos têm uma estratégia de 'triturar carne'. Os ucranianos usam um veículo de limpeza de minas, eles usam apenas pessoas. Andam em fila única, a três ou quatro metros um do outro, se um deles explodir, os médicos vão atrás para recolher os mortos, a multidão continua um após o outro. É assim que eles passam pelos campos minados", explicou o tenente ao Times.
Segundo Leopard, os soldados enviados por Kim Jong-Un recusam-se, muitas vezes, a ser capturados vivos, preferindo ser mortos em batalha ou simplesmente fugir.
Imagens de drones mostram como duas dúzias de soldados norte-coreanos correm lentamente em direção à linha de frente ucraniana, num campo de batalha aberto e coberto de neve.
"Eles não tentaram procurar abrigo, o que foi "como um sonho para as nossas metralhadoras", disse Vitaliy, um veterano ucraniano, ao Times.
Vitaliy esteve na batalha de Bakhmut, onde assassinos e violadores russos foram enviados para a morte como aparente 'carne para canhão'. "O grupo Wagner tinha uma ordem simples - avançar ou morrer. Parece exatamente a mesma coisa para os coreanos", afirmou.
As autoridades ucranianas e sul-coreanas referem que os norte-coreanos têm se mostrado um fardo para as forças russas devido às suas táticas ultrapassadas no campo de batalha, enquanto a inexperiência com drones torna-os alvos fáceis para os guerreiros experientes de Kiev.
De acordo com Leopard, embora os soldados norte-coreanos não estejam tão fortemente armados como os russos, isso pode mudar quanto mais tempo permanecerem envolvidos na guerra.
"Os norte-coreanos usam apenas armas pequenas, metralhadoras, lançadores de granadas e morteiros, no máximo, Esta é a extensão da sua tecnologia. Ainda não usam drones, mas suspeito que estão a começar a aprender. Quanto mais a guerra se arrasta, mais provável é a sua inovação", afirmou o tenente.
Correio da Manhã