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Assistente de bordo despedida por ter um quilo a mais

Lordelo

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Uma assistente de bordo da Malaysia Airlines foi despedida por pesar um quilo a mais do estipulado pela companhia aérea. A funcionária trabalhava há 25 anos com a empresa e teve o contrato rescindido em 2017.

Ina Meliesa Hassim perdeu o processo contra a Malaysia Airlines por despedimento injusto, avança o "The Independent". Segundo o mesmo jornal, a assistente de bordo trabalhava há 25 anos na empresa e teve o contrato rescindido há três anos, depois de lhe dizerem que tinha peso a mais para continuar nas suas funções.

A companhia aérea da Malásia estipula que os funcionários cumpram o Índice de Massa Corporal (IMC), uma medida internacional que calcula se uma pessoa está no peso ideal. Ina Meliesa Hassim não terá cumprido esse requisito. Com 1,58 metros de altura, a assistente de bordo (segundo os padrões da empresa) deveria pesar 59,9 kg. Ultrapassou esse limite por pouco: pesa 60,3 kg.

Quando foi despedida, a funcionária não se ficou e apresentou queixa contra a companhia aérea. Contudo essa queixa não valeu de nada, o tribunal considerou que a Malaysia Airlines tinha razão. "O tribunal está convencido de que a empresa forneceu (...) várias oportunidades para cumprir a sua política e apesar das muitas oportunidades, o requerente [a assistente de bordo] falhou consistentemente em atingir o seu peso ideal", esclareceu o juiz Syed Noh Said Nazir na decisão.

Durante o julgamento, a companhia aérea referiu que tinha dado 18 meses à funcionária para baixar o peso com acompanhamento médico, fornecido pela própria Malaysia Airlines. A empresa argumentou que Ina Meliesa Hassim não compareceu em várias pesagens agendadas.

Em 2015, a empresa tinha definido que os assistentes de bordo que não cumprissem o Índice de Massa Corporal teriam de se inscrever num programa de regularização do peso. A justificação era simples: a aparência dos funcionários era um dos atributos mais importantes para os passageiros, além de um peso ideal garantir mais segurança.

Os advogados da assistente de bordo consideram que Ina Meliesa Hassim, com um quilo a mais, tem a mesma capacidade para excutar as suas funções e que outras companhias aéreas de renome, como a British Airways, Lufthansa e KLM, não têm essa regra. A Malaysia Airlines ainda não comentou o caso. O tribunal admite que a companhia aérea tem o direito de definir quais as políticas e regras para admitir ou despedir os seus funcionários.

Outras regras das companhias aéreas

As normas restritas aplicadas a assistentes de bordo fazem parte dos requisitos das maiorias das companhias aéreas. Segundo o jornal "Daily Express", empresas como a British Airways e a Easyjet não definem um número específico para o peso ideal, mas afirmam que "o peso deve ser proporcional à altura". O Índice de Massa Corporal, usada pela Malaysia Airlines, utiliza estes parâmetros, mas segundo alguns críticos exclui erradamente o peso da massa muscular.

Também na British Airways, os assistentes de bordo com tatuagens no pé ou pulsos, que não possam ser tapadas, são um critério de exclusão da empresa. De acordo com o "Daily Express", os programas de nutrição são usuais nas companhias aéreas. Alguns dos cuidados com a aparência estendem-se ao penteado e à maquilhagem, como na companhia Emirates onde as assistentes de bordo recebem aulas e treinos nesta área.


IN:JN
 
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