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Ataques de animais na maior reserva moçambicana mataram uma pessoa e feriram nove
Administrador da Reserva Especial do Niassa disse ainda que as idades das 10 vítimas variam entre 11 e 75 anos.
Uma pessoa morreu e nove ficaram feridas desde janeiro de 2024 em resultado de ataques de animais na Reserva Especial de Niassa, a maior de Moçambique, disse esta terça-feira à Lusa fonte oficial daquela área protegida.
De acordo com o administrador da reserva, Terêncio Tamele, trata-se de um fiscal que foi morto por um búfalo, sendo que as outras nove pessoas ficaram feridas na sequência de ataques de crocodilos e hipopótamos.
O administrador da Reserva Especial do Niassa disse ainda que as idades das 10 vítimas variam entre 11 e 75 anos.
Ainda no período em referência, na Reserva Especial do Niassa registaram-se no total de 45 casos de ataque da fauna bravia, dos quais 18 foram de elefantes, disse Terêncio Tamele.
"A situação de conflito homem-animal na Reserva Especial do Niassa não difere do que acontece em muitas áreas de conservação de Moçambique, isso para dizer que o conflito sempre acontece durante a disputa dos recursos naturais entre as pessoas e animais", explicou.
Fundada em 1960, a Reserva Especial do Niassa, considerada a maior de Moçambique, no norte do país, possui uma área extensa de cerca de 42 mil quilómetros quadrados, com uma variedade de animais, como elefantes, búfalos, crocodilos, leões, leopardos e rinocerontes, além de zebras, bois-cavalo, impalas, cabrito cinzento e cabrito das pedras, hipopótamo e outras espécies de aves e répteis.
Segundo Tamele, outro fator que leva a este contínuo conflito tem a ver com a prática de agricultura nas margens dos rios, o aumento da população de elefantes e a insuficiência do número de fiscais no terreno para a mitigação dos casos.
"Temos poucos indivíduos para fazer face ao afugentamento de animais. A população humana está crescendo, o que naturalmente demanda maior área para a produção agrícola, assim como a busca pelos recursos naturais", acrescentou.
"Faltam meios para a compra de material de vedações elétricas para a proteção de áreas agrícolas, lanternas e outros materiais que usamos para o afugentamento", detalhou.
Para acabar com o conflito, a Reserva Especial do Niassa recorre, segundo o administrador, à sensibilização das comunidades para a prática de agricultura em bloco por forma a repelir os ataques, construção de barreiras e vedações elétricas para proteger áreas agrícolas, produção de repelentes para animais, como piri-piri, e incentivo ao cultivo de culturas não atrativas para animais bravios.
A Lusa noticiou em abril que cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos, segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
De acordo com o novo diretor-geral da ANAC, Pejul Calenga, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram ainda, de 2019 a 2023, um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
Os problemas causados pelo elefante, segundo a ANAC, registam-se sobretudo nas províncias de Maputo, Manica, Sofala, Nampula e Niassa. Já as consequências da ação do crocodilo e do hipopótamo fazem-se sentir nas províncias de Tete, Sofala e Manica, mas as autoridades registam ainda problemas com hienas e búfalos, nas províncias de Maputo, Gaza e Sofala.
A ANAC está a estudar a possibilidade de translocação de animais para outras zonas e o reforço de vedações ou o abate de animais problemáticos, entre outras medidas.
Correio da Manhã

Administrador da Reserva Especial do Niassa disse ainda que as idades das 10 vítimas variam entre 11 e 75 anos.
Uma pessoa morreu e nove ficaram feridas desde janeiro de 2024 em resultado de ataques de animais na Reserva Especial de Niassa, a maior de Moçambique, disse esta terça-feira à Lusa fonte oficial daquela área protegida.
De acordo com o administrador da reserva, Terêncio Tamele, trata-se de um fiscal que foi morto por um búfalo, sendo que as outras nove pessoas ficaram feridas na sequência de ataques de crocodilos e hipopótamos.
O administrador da Reserva Especial do Niassa disse ainda que as idades das 10 vítimas variam entre 11 e 75 anos.
Ainda no período em referência, na Reserva Especial do Niassa registaram-se no total de 45 casos de ataque da fauna bravia, dos quais 18 foram de elefantes, disse Terêncio Tamele.
"A situação de conflito homem-animal na Reserva Especial do Niassa não difere do que acontece em muitas áreas de conservação de Moçambique, isso para dizer que o conflito sempre acontece durante a disputa dos recursos naturais entre as pessoas e animais", explicou.
Fundada em 1960, a Reserva Especial do Niassa, considerada a maior de Moçambique, no norte do país, possui uma área extensa de cerca de 42 mil quilómetros quadrados, com uma variedade de animais, como elefantes, búfalos, crocodilos, leões, leopardos e rinocerontes, além de zebras, bois-cavalo, impalas, cabrito cinzento e cabrito das pedras, hipopótamo e outras espécies de aves e répteis.
Segundo Tamele, outro fator que leva a este contínuo conflito tem a ver com a prática de agricultura nas margens dos rios, o aumento da população de elefantes e a insuficiência do número de fiscais no terreno para a mitigação dos casos.
"Temos poucos indivíduos para fazer face ao afugentamento de animais. A população humana está crescendo, o que naturalmente demanda maior área para a produção agrícola, assim como a busca pelos recursos naturais", acrescentou.
"Faltam meios para a compra de material de vedações elétricas para a proteção de áreas agrícolas, lanternas e outros materiais que usamos para o afugentamento", detalhou.
Para acabar com o conflito, a Reserva Especial do Niassa recorre, segundo o administrador, à sensibilização das comunidades para a prática de agricultura em bloco por forma a repelir os ataques, construção de barreiras e vedações elétricas para proteger áreas agrícolas, produção de repelentes para animais, como piri-piri, e incentivo ao cultivo de culturas não atrativas para animais bravios.
A Lusa noticiou em abril que cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos, segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
De acordo com o novo diretor-geral da ANAC, Pejul Calenga, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram ainda, de 2019 a 2023, um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
Os problemas causados pelo elefante, segundo a ANAC, registam-se sobretudo nas províncias de Maputo, Manica, Sofala, Nampula e Niassa. Já as consequências da ação do crocodilo e do hipopótamo fazem-se sentir nas províncias de Tete, Sofala e Manica, mas as autoridades registam ainda problemas com hienas e búfalos, nas províncias de Maputo, Gaza e Sofala.
A ANAC está a estudar a possibilidade de translocação de animais para outras zonas e o reforço de vedações ou o abate de animais problemáticos, entre outras medidas.
Correio da Manhã