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Atingiu a tiro a mulher que tinha bebé ao colo

Lordelo

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Uma mulher com o bebé ao colo foi, esta segunda-feira, alvejada pelo marido. "Foram cinco tiros", contou a PSP, após a retirada dos invólucros no Bairro de S. Roque da Lameira (Porto). O presumível autor dos tiros foi capturado e será entregue, esta terça-feira, ao TIC.

Por razões passionais, disse, ao JN, uma fonte da PSP, marido e mulher, ambos feirantes, travaram-se de razões em plena via pública, na Rua da Beata Dona Mafalda, à entrada do aglomerado onde viviam, no Bloco 19, entrada 205, casa 32 do Bairro de S. Roque da Lameira (Porto).

Depois de "uma violenta discussão", ouviram-se cinco tiros de uma pistola de calibre 6,35 milímetros. "Uns foram para o ar, mas outros acertaram na vítima", Maria do Céu, conta quem viu e evita alongar-se em pormenores. Foi, ontem, cerca das 19.45 horas.

Muitos vizinhos vieram às janelas ver a mulher a esvair-se em sangue e um bebé a chorar. A caça ao agressor começou de imediato.

"Mal foi dado o alarme, um carro-patrulha esteve no local, enquanto a Brigada de Homícidios da Polícia Judiciária (PJ) começava as investigações. Pouco depois, o agressor foi detido. Não ofereceu resistência. A pistola estava no seu bolso", disse fonte da PSP.

Num bairro "habituado a confusões", o silêncio é a regra de ouro. "Não conheço, não vi nada", ouve-se. Porém, sob anonimato, uma vizinha deu a sua versão dos acontecimentos: "Por vezes, o Fernando metia-se no álcool. Já deveria ter a pistola no bolso e estaria preparado para matar. Custa-me a acreditar que tenha disparado cinco tiros contra a mulher. Por sorte não atingiu o bebé, de quatro meses", contou.

"Não sei de nada. Vim agora do emprego e, à saída do autocarro, contaram-me que tinha ocorrido um crime. Fiquei inquieta, nem quero acreditar", contou outra moradora "conhecida" do casal.

"Foi tudo muito rápido. Dez minutos antes dos disparos, tinha tomado um café com a Maria. Trazia o bebé ao colo e estava bem, calma. Também não quero acreditar que o marido tenha disparado contra a mulher", atirou outra vizinha, também feirante.

Segundo a PSP , o presumível criminoso não fugiu para longe e foi capturado logo a seguir ao crime. Estava dentro de um carro e não ofereceu resistência aos agentes policiais, que o algemaram e levaram para as instalações da PJ do Porto.

Outros vizinhos garantem que o feirante "era uma pessoa de mau feitio" e que, por vezes, armava desacatos.

"Ainda vi a senhora a chegar com o bebé e a cair junto à tabuleta de proibição de trânsito da rua. Estava na sala de jantar e quando vim à varanda vejo a senhora ensanguentada e um homem a fugir. Depois, oiço as sirenes da Polícia e vejo chegar muitos agentes vestidos com coletes à prova de bala, mais as ambulâncias do INEM. Foi uma grande confusão", referiu outro morador, cujo bloco fica situado a escassos metros do crime.

Nas suas imediações, uns moradores lamentavam a falta de policiamento e outros criticavam a falta de combate eficaz contra a criminalidade.

"Qualquer dia, estamos pior do que no Brasil. Começo a ter medo de viver aqui. Já reparou a facilidade como uma pessoa tem uma arma em casa e dispara para quem quiser?", questionou um vizinho do presumível autor dos disparos.

Maria do Céu ficou internada, em coma, no Hospital de S. João. Fonte hospitalar referiu, ao JN, à hora do fecho desta edição, que fora alvejada na cabeça.

«jn»
 
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