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Chama-se Pinki Pramanik, tem 26 anos, é indiana... e poderá ser um homem! Além disso, recai sobre ela (ou ele...) a acusação de estupro, facto que originou ontem a sua detenção por parte das autoridades indianas.
Pinki Pramanik foi medalha de ouro nos 4x400 m dos Jogos Asiáticos de 2006, em Doha, tendo conquistado no mesmo ano e na mesma disciplina a medalha de prata nos Commonwealth Games, em Melbourne, na Austrália. Atualmente vive em Bengala Ocidental e foi nesse estado indiano que foi detida, depois da referida acusação, feita pela sua companheira, com quem vivia há algum tempo.
Depois de ter recusado submeter-se a um teste médico para comprovar o seu sexo, a polícia obteve junto de um tribunal o mandato que levou à detenção da suspeita, que continua obstinada em não realizar o exame: "Passei por muitos testes durante a minha carreira de atleta. Por que motivo concordaria em fazer este teste ridículo?".
Este não é caso único no atletismo e em particular no atletismo indiano. Também em 2006, precisamente nos Jogos Asiáticos, Santhi Soundarajan viria a perder a medalha de prata conquistada na prova de 800 metros, após submissão a um teste médico do género daquele a que Pinki deverá ser submetida.
Recentemente, o caso mais badalado foi o da sul-africana Caster Semenya, que chegou a estar suspensa vários meses, retomando a atividade depois de os médicos "terem decidido" que Semenya era mesmo uma mulher. A Federação de Atletismo do país asiático mostra-se apreensiva e cautelosa, preferindo aguardar pelo resultado do exame médico.
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