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Atmosferas de Marte e Vénus são muito semelhantes
Os planetas Marte e Vénus são "espantosamente semelhantes", segundo vários estudos de dados transmitidos por instrumentos a bordo das sondas Mars Express e Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA).
Segundo estes 19 estudos, a publicar numa edição especial da revista Planetary and Space Science mas já parcialmente disponíveis on-line, apesar das suas diferenças no tamanho e na distância em relação ao Sol, observam-se em ambos os planetas feixes luminosos de partículas a sair das suas atmosferas.
Essas partículas, de acordo com a ESA, são aceleradas pela interacção com o vento solar, formado por electrões livres, iões e protões libertados pelo Sol. Na Terra, o vento solar não interage directamente com a atmosfera por ser desviado pelo magnetismo do planeta. Mas como nem Marte nem Vénus têm um campo magnético importante, a sua atmosfera sofre plenamente a influência do vento solar.
Os investigadores ficaram surpreendidos ao constatar que, nesses dois planetas, aquela interacção cria um campo magnético fraco em torno de cada um deles que se desenvolve em forma de grande cauda no lado "noite". Apesar das diferenças de densidade das duas atmosferas - espessa em Vénus e ténue em Marte - os instrumentos das sondas "descobriram semelhanças na estrutura dos seus campos magnéticos".
Os cientistas chamam a este trabalho planetologia comparativa, facilitado neste caso por haver instrumentos científicos muito semelhantes nas duas sondas. Um deles, o ASPERA (Analyser of Space Plasmas and Energetic Atoms), é quase idêntico, permitindo aos cientistas fazer comparações directas entre os dois planetas.
"Isso deve-se ao facto da densidade da ionosfera a 250 quilómetros de altitude ser espantosamente semelhante nos dois casos", escreveu um dos astrónomos, Tielong Zhang, da Academia de Wissenschaften (Áustria). As medições foram realizadas pelos ASPERA das duas sondas nas regiões magnéticas situadas por detrás dos planetas, de onde se escapam as maiores quantidades de partículas com carga eléctrica.
A observação paralela das perdas das suas atmosferas poderá ajudar os cientistas planetários a determinar a sua composição no passado e a compreender a evolução dos climas dos planetas, segundo um dos investigadores responsáveis pelos ASPERA, David Brain, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.


Os planetas Marte e Vénus são "espantosamente semelhantes", segundo vários estudos de dados transmitidos por instrumentos a bordo das sondas Mars Express e Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA).
Segundo estes 19 estudos, a publicar numa edição especial da revista Planetary and Space Science mas já parcialmente disponíveis on-line, apesar das suas diferenças no tamanho e na distância em relação ao Sol, observam-se em ambos os planetas feixes luminosos de partículas a sair das suas atmosferas.
Essas partículas, de acordo com a ESA, são aceleradas pela interacção com o vento solar, formado por electrões livres, iões e protões libertados pelo Sol. Na Terra, o vento solar não interage directamente com a atmosfera por ser desviado pelo magnetismo do planeta. Mas como nem Marte nem Vénus têm um campo magnético importante, a sua atmosfera sofre plenamente a influência do vento solar.
Os investigadores ficaram surpreendidos ao constatar que, nesses dois planetas, aquela interacção cria um campo magnético fraco em torno de cada um deles que se desenvolve em forma de grande cauda no lado "noite". Apesar das diferenças de densidade das duas atmosferas - espessa em Vénus e ténue em Marte - os instrumentos das sondas "descobriram semelhanças na estrutura dos seus campos magnéticos".
Os cientistas chamam a este trabalho planetologia comparativa, facilitado neste caso por haver instrumentos científicos muito semelhantes nas duas sondas. Um deles, o ASPERA (Analyser of Space Plasmas and Energetic Atoms), é quase idêntico, permitindo aos cientistas fazer comparações directas entre os dois planetas.
"Isso deve-se ao facto da densidade da ionosfera a 250 quilómetros de altitude ser espantosamente semelhante nos dois casos", escreveu um dos astrónomos, Tielong Zhang, da Academia de Wissenschaften (Áustria). As medições foram realizadas pelos ASPERA das duas sondas nas regiões magnéticas situadas por detrás dos planetas, de onde se escapam as maiores quantidades de partículas com carga eléctrica.
A observação paralela das perdas das suas atmosferas poderá ajudar os cientistas planetários a determinar a sua composição no passado e a compreender a evolução dos climas dos planetas, segundo um dos investigadores responsáveis pelos ASPERA, David Brain, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.