kokas
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ano letivo vai começar entre 15 e 21 deste mês, uma semana depois do que é habitual. Os ATL são uma solução para deixar as crianças, mas obrigam a rever os orçamentos.
Os gémeos Alex e Miguel, de 9 anos, ganharam neste ano mais uma semana de férias, que trouxe uma série de dores de cabeça à família. A escola não tem ATL, os pais trabalham e os avós não podem ficar com as crianças. "Juntei-me a outra mãe para tentarmos ficar com eles durante as duas primeiras semanas do mês, mas já tivemos de os inscrever um dia desta semana em atividades e na próxima semana vão todos os dias. Não conseguimos evitar estes custos", conta ao DN a mãe, Cláudia Ferreira. Os gémeos vão passar os dias da próxima semana numa quinta pedagógica, uma solução que vai custar 150 euros à professora universitária.
"A despesa é o tema mais crucial, mas eles já estão saturados, fartos de estar em casa", frisa Cláudia Ferreira. Tentou arranjar uma alternativa que não envolvesse custos tão elevados, mas não conseguiu. O problema sentido por esta família é comum a muitas outras. No mês do regresso às aulas, que implica des- pesas de centenas de euros em livros e material escolar, a decisão do Ministério da Educação de atrasar o início do ano letivo corresponde a um peso extra no orçamento de muitas famílias.
A equipa do ATL e centro de estudos ABC Kids, de Alcochete, viu-se obrigada a reprogramar o seu plano de atividades para setembro. "Este atraso fica mais caro para os pais, porque as crianças passam aqui mais tempo do que se estivessem em tempo de aulas", explica a gerente, Ana Tibério. Um mês de ATL em período de aulas custa 95 euros, o equivalente a 23,75 por semana. Já nas férias, uma semana implica o pagamento de 53 euros, mais 17,5 euros de alimentação, ou seja, quase mais 50 euros de despesa. "Neste ano tivemos acréscimo no número de crianças no mês de setembro, que pode estar associado a este atraso. Os pais mostram-se descontentes e as crianças estão saturadas das férias", indica a responsável.
No ATL Assinaturas, em Esgueira (Aveiro), os pais também pagam mais uma semana de férias (40 euros), mas apenas nos casos em que as crianças não frequentam o ATL durante o ano letivo. "São poucos os que vêm só nesta altura, porque a maioria frequenta o ano todo e paga a mensalidade", refere Rosa Alves. Já na Academia2, em Cascais, o único custo extra que a última e a próxima semana têm para os pais é ao nível da alimentação, pois a semana de férias está incluída na mensalidade deste mês, que varia entre os 95 e os 140 euros, dependendo do grau de ensino. São mais 25 euros, portanto. "Sinto que as crianças já estão saturadas das atividades e preferiam que a escola começasse mais cedo", afirma a gerente, Ana Costa.
Em Carnide, o centro de estudos e explicações Megamind estendeu a ocupação de tempos livres até ao dia 21 deste mês, o que vai implicar mais uma despesa para os pais. "Pagam cerca de 50 euros a mais do que pagariam se as crianças já estivessem a ter aulas", conta Cátia Mocho, responsável pelo espaço.
dn