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Avião russo abatido: NATO apoia Turquia. Putin fala em traição

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Set 27, 2006
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Moscovo e coligação garantem que bombardeamentos na Síria vão continuar. Destino de um dos pilotos ainda não é claro
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A Turquia abateu ontem um caça-bombardeiro russo perto da fronteira com a Síria, alegando que o SU-24 estava a invadir o seu espaço aéreo. Vladimir Putin garante que o avião foi atacado em território sírio e avisou que esta "facada nas costas" terá "sérias consequências" nas relações entre os dois países. A NATO diz apoiar a ação levada a cabo pelo seu aliado, ao mesmo tempo que vários líderes internacionais apelaram à calma."Esta perda foi uma facada nas costas que nos foi dada por cúmplices de terroristas. Não posso descrevê-lo de outra forma", declarou o presidente russo. "Vamos analisar tudo o que se passou. Os eventos trágicos de hoje vão ter consequências sérias para as relações russo-turcas", advertiu Putin. Garantida está a continuidade da operação da Rússia na Síria, afirmou o Kremlin.O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, cancelou uma visita bilateral que tinha previsto fazer hoje à Turquia e desaconselhou os russos de viajar para aquele país. Enquanto isso, a agência estatal de turismo da Rússia recomendou a suspensão da venda de pacotes para a Turquia, conselho que já está a ser seguido por vários operadores."Ninguém deveria duvidar que fizemos o nosso melhor para evitar este último incidente"


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O presidente turco, por seu lado, defendeu o direito do país a defender as suas fronteiras, garantindo que tudo fizeram para evitar o incidente. "Apesar de avisados dez vezes em cinco minutos porque estava a dirigir-se à nossa fronteira, insistiu em continuar a violação. Este avião foi abatido numa intervenção levada a cabo pelos nossos F-16", afirmou Recep Tayyip Erdogan. "A razão pela qual incidentes mais graves relacionados com a Síria ainda não aconteceram deve-se à cabeça fria da Turquia. Ninguém deveria duvidar que fizemos o nosso melhor para evitar este último incidente. Mas todos devem respeitar o direito da Turquia em defender as suas fronteiras", sublinhou o chefe do Estado.O que se sabe sobre o avião russo abatido pela Turquia
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Numa carta dirigida aos 15 membros do Conselho de Segurança e ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o embaixador da Turquia nas Nações Unidas, Halit Cevik, afirmou que os dois aviões aproximaram-se do espaço aéreo turco na terça-feira de manhã e que foram avisados dez vezes em cinco minutos para mudarem de direção. O diplomata acrescentou que depois disso os dois aviões, cuja nacionalidade desconheciam, voaram mais de uma milha (cerca de 1,6 km) para a Turquia durante 17 segundos."Após a violação, o avião 1 deixou o espaço aéreo turco. O avião 2 foi atingido enquanto estava no espaço aéreo turco por dois F-16 que estavam numa patrulha de combate aéreo na área", escreveu Cevik na carta, a que a Reuters teve acesso. "O avião 2 caiu no lado sírio da fronteira", refere o mesmo documento.Imagens emitidas pela Haberturk TV mostram o avião russo a despenhar-se em chamas. Numa outra gravação da agência de notícias Anadolu pode ver-se os dois pilotos a ejetarem-se do avião antes deste embater no solo.O subcomandante Alpaslan Celik, das forças turcomenas que lutam na região síria onde o SU-24 caiu, garantiu desde cedo que tinham disparado mortalmente contra os dois pilotos russos. Após muitas informações contraditórias, ao final do dia, fontes militares de Moscovo confirmaram que um dos pilotos tinha sido morto a partir do solo e que um outro soldado tinha perdido a vida numa operação de resgate. Fontes turcas diziam que pelo menos um dos pilotos poderia ainda estar vivo. "Não é um facto, mas é uma possibilidade. Estamos a tentar confirmar e a fazer tudo para facilitar o seu regresso", referiu.A Síria, o terceiro interveniente nesta história, considerou o abate do avião russo pela Turquia como uma "agressão flagrante" à sua soberania e que só mostra o claro apoio de Ancara "ao terrorismo".Apelo à calmaEste incidente levou a NATO a convocar uma reunião de emergência de embaixadores, tendo em conta o envolvimento de um dos seus Estados membros. No final da reunião, o secretário-geral da organização mostrou-se solidário com Ancara."Tal como já clarificámos repetidamente, estamos solidários com a Turquia e apoiamos a integridade territorial do país nosso aliado na NATO", disse Jens Stoltenberg. "Estou ansioso por novos contactos entre Ancara e Moscovo e apelo à calma e ao atenuar da situação", adiantou o norueguês.Este responsável reiterou ainda as preocupações com "as implicações das ações militares da Federação Russa perto das fronteiras da NATO" e sublinhou que a organização irá continuar a acompanhar "de muito perto" os desenvolvimentos nas fronteiras Sudeste da Aliança."Neste momento é muito importante para nós garantir que russos e turcos falem entre si"


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Reunidos em Washington, Barack Obama e François Hollande pediram ontem a Rússia e Turquia para evitarem uma escalada da situação. "A Turquia, como qualquer país, tem o direito de defender o seu território e o seu espaço aéreo", afirmou o presidente dos Estados Unidos. "Neste momento é muito importante para nós garantir que russos e turcos falem entre si para descobrir exatamente o que aconteceu e tomar medidas para desencorajar qualquer tipo de escalada", prosseguiu Obama."Temos de evitar qualquer tipo de escalada, o que seria extremamente prejudicial", disse, por seu turno, o chefe do Estado francês. Antes do encontro entre os dois líderes, os Estados Unidos já tinham garantido que os ataques aéreos da coligação internacional iriam continuar "como planeado".Também David Cameron aconselhou a Rússia e a Turquia a falarem diretamente sobre o incidente, de forma a evitar uma escalada da situação e a repetição deste episódio. "O primeiro-ministro encorajou firmemente o primeiro-ministro Davutoglu a garantir que há uma comunicação direta entre os turcos e os russos neste assunto", referiu uma porta-voz do líder do governo britânico, acrescentando que Cameron já tinha falado com o seu homólogo turco, Ahmet Davutoglu.Calma foi igualmente o que pediu o presidente do Conselho Europeu, que considerou estar-se a viver um "momento perigoso" com a queda do avião russo. "Neste momento perigoso após o abate de um jato russo, devemos todos manter a calma e a cabeça fria", escreveu Donald Tusk no Twitter.


nm

 
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