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GF Ouro
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O ex-primeiro ministro espanhol José Maria Aznar admitiu na terça-feira, voltar à política ativa, dizendo que cumprirá com a sua responsabilidade "com todas as consequências".
Numa entrevista à estação Antena 3, Aznar afirmou que sempre cumpriu o seu dever e, quando questionado se voltaria à política, respondeu: "Cumprirei com a minha responsabilidade, com a minha consciência, com o meu partido e com o meu país com todas as consequências".
O ex-presidente do Governo informou que sente "o maior respeito e consideração" pelo atual primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e não se arrepende das decisões que tomou, incluindo nomeá-lo para a sua própria sucessão. Aznar disse que não duvida da capacidade da Espanha sair da crise, mas apelou ao Governo para agir, e, em particular, defendeu a necessidade de realizar uma reforma fiscal profunda e baixar os impostos, porque "o processo de castigo às classes médias está a ser muito forte".
José Maria Aznar considera que a Espanha está a passar por uma crise política, institucional e económica que vem de uma rutura do pacto constitucional por parte dos nacionalismos e por parte da esquerda. O ex-primeiro ministro propôs cinco pontos fundamentais para sair da situação da crise, que passa por fazer um Estado viável, eficaz e sustentável, reformar as instituições, uma profunda reforma fiscal, um pacto social que inclua pensões e a recuperação da posição internacional do país.
Além disso, Aznar defendeu a figura do rei Juan Carlos e da Coroa que continuam a ser "vital" para a Espanha. No âmbito do escândalo de contas que envolve o partido que dirigiu, Aznar refutou que tenha recebido mais contribuições do que aquelas que declarou: "Eu posso explicar desde o primeiro ao último euro. Eu não tenho nenhuma dificuldade em provar as minhas receitas e a minha remuneração. Não recebi nenhuma outra compensação nem quando fui primeiro-ministro nem quando não fui", frisou.
O ex-primeiro ministro assegurou que sempre foi "particularmente meticuloso e rigoroso" nas suas contas, justificando que também pagou 10% do seu salário como primeiro-ministro pelo aluguer do Palácio Moncloa.
dn