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Notícias Bélgica enfrenta 1.º de três dias de greves contra reformas do governo

Lordelo

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O movimento de protesto, que denuncia aquilo que considera ser um "desmantelamento social" realizado pelo Governo, organizou a greve em três fases, a começar pelos transportes públicos.


A operadora ferroviária belga, a SNCB, planeia reduzir a frequência para um comboio a cada dois, ou mesmo um a cada três, dependendo da linha, enquanto vários comboios Eurostar, que ligam Bruxelas a Paris, já foram cancelados.


Mas na terça-feira é esperado que todos os serviços públicos sejam afetados pela greve: escolas, creches, repartições públicas e hospitais deverão enfrentar fechos ou atrasos, devendo as paralisações aumentar ainda mais na quarta-feira.


Um acordo governamental para um plano plurianual de contenção de despesas foi alcançado esta madrugada pelo primeiro-ministro, Bart De Wever.


O acordo aumenta o nível de poupanças, em comparação com o que a coligação governamental tinha planeado no início de 2025, e inclui novas fontes de receitas, nomeadamente através da duplicação do imposto sobre as contas-título (que permitem investir na Bolsa) e do aumento do IVA sobre determinados produtos.


"Temos de trabalhar hoje para colher os frutos amanhã", argumentou Bart De Wever, numa mensagem publicada nas redes sociais, saudando o compromisso alcançado pelos cinco partidos da coligação governamental.


"Tivemos de escalar uma montanha excecional. Todos vão sentir o esforço que estamos a exigir", disse à rádio pública francófona RTBF.


Embora a extensão da perturbação dos serviços públicos seja incerta, a greve terá impacto no tráfego aéreo, com a paralisação esperada dos voos comerciais na quarta-feira nos aeroportos de Bruxelas-Zaventem e Charleroi.


Este movimento de protesto foi lançado por iniciativa dos três principais sindicatos belgas, envolvidos numa luta pelo poder com o Governo de centro-direita liderado por Bart De Wever.


A Bélgica apresenta um dos piores níveis de endividamento da zona euro, juntamente com Grécia, Itália e França, uma situação frequentemente descrita como desastrosa pelo primeiro-ministro belga.


No poder desde fevereiro, o conservador flamengo exige um grande esforço de austeridade ao país, tendo colocado na agenda uma série de reformas estruturais sem precedentes, incluindo a liberalização do mercado de trabalho e das pensões.

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