Portal Chamar Táxi

Banco de células estaminais arranca nas próximas semanas

Grunge

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Ago 29, 2007
Mensagens
5,124
Gostos Recebidos
0
Banco de células estaminais arranca nas próximas semanas

A ministra da Saúde anunciou hoje na Assembleia da República a entrada em funcionamento nas próximas semanas de um banco de células estaminais que terá por principal objectivo apoiar a transplantação.

«Assinámos já o despacho que determina a sua instalação no Centro de Histocompatibilidade do Norte, começando a funcionar nas próximas semanas», declarou Ana Jorge em resposta a uma interpelação ao Governo pelo grupo parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) sobre política de saúde.

A propósito, referiu os «excelentes resultados» na área da transplantação, tendo sublinhado que Portugal é actualmente líder em transplantes hepáticos e tem níveis superiores à média europeia na transplantação por milhão de habitantes.

«Também na colheita de órgãos ocupamos o segundo lugar na Europa, com um aumento de quase 50 por cento dos dadores por milhão de habitantes entre 2005 e 2008», acrescentou Ana Jorge.

A ministra expunha no plenário do Parlamento os resultados mais relevantes alcançados pelo Governo durante a legislatura, em resposta às críticas do PCP, segundo o qual «estes quatro anos de política da saúde não inverteram nem alteraram no fundamental a política de direita seguida pelos Governos anteriores».

Para Bernardino Soares, «o Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua a degradar-se nos seus aspectos essenciais e as populações a ver o seu direito à saúde, constitucionalmente garantido, cada vez mais ameaçado».

As críticas do chefe da bancada do PCP abrangeram desde a política do medicamento e do consequente aumento da despesa dos utentes, à falta de profissionais de saúde, nomeadamente de médicos de família e de enfermeiros no SNS, e à política de concentração de serviços.

«Em muitos sítios, o serviço público foi substituído pelo privado, que passou a ser a única solução para as populações», afirmou Bernardino Soares.

Aludiu também à escassez de recursos do sector público, enquanto que, no seu entender, o Governo continuou a beneficiar o sector privado.

«Desde o início da legislatura, o investimento público em saúde diminuiu cerca de 40 por cento, de 100 milhões de euros para menos de 40 milhões», sublinhou, ao mesmo tempo que «o Estado paga às parcerias público-privadas, já em 2009, cerca de 140 milhões de euros, 3,5 vezes mais o que é atribuído ao investimento no SNS».

Contrapondo estas críticas, Ana Jorge enumerou uma série de resultados alcançados em várias áreas, desde a saúde da mulher e da criança - «que fez Portugal entrar no grupo de países com melhores indicadores nas mortalidades infantil e perinatal e na cobertura vacinal global» -, ao Plano Nacional de Vacinação, «considerado um dos melhores do mundo».

No âmbito do planeamento familiar disse ter havido um aumento de 5 por cento no número total de consultas de 2007 para 2008, e que na área da procriação medicamente assistida aumentou de sete para 11 o número de centros públicos onde ela pode ser atendida e de 14 para 22 o número de centros com consultas de apoio à fertilidade.

Enumerou igualmente, entre outros, os resultados obtidos nos programas das doenças cardiovasculares e das doenças oncológicas, na saúde mental, infecção VIH/SIDA, toxicodependências, saúde oral e na promoção da saúde e da prevenção da doença, em que destacou a Lei do Tabaco e o projecto de lei aprovado na Assembleia da República sobre a redução do teor do sal no pão.


Diário Digital / Lusa
 
Topo