Lisboa, a direcção do Bloco de Esquerda vai defender na VI Convenção uma convergência das esquerdas nas presidenciais de 2011, uma proposta que está a suscitar críticas das correntes minoritárias que exigem uma demarcação do PS.
Uma adenda à moção da direcção do BE propõe "uma candidatura presidencial da convergência mais ampla possível para a luta política da esquerda, sem prejuízo da possibilidade de apoiar uma candidatura da sua área política no caso de essa alternativa não se concretizar".
A proposta "tem em conta a reconfiguração das esquerdas" em que "o dado novo é o fim do tabu da incomunicabilidade" entre os partidos à esquerda, defendeu Pedro Soares, da comissão política do BE, em declarações à Agência Lusa, recusando falar em nomes por ser "extemporâneo".
"O caminho da convergência das esquerdas está ainda a fazer-se", acrescentou, referindo-se aos encontros que reuniram o ano passado o deputado do PS Manuel Alegre, alguns socialistas, bloquistas e renovadores comunistas.
A adenda à moção de Francisco Louçã está a suscitar críticas por parte de correntes minoritárias bloquistas, que viram na proposta "um abrir de portas a um entendimento com Manuel Alegre sem definir critérios programáticos ou a pré-condição da sua ruptura com o PS".
Num texto publicado hoje na página na Internet da VI Convenção, João Delgado e Cristina Portella, subscritores de uma moção alternativa, afirmam que a direcção do BE "dá sinais de que escolheu um caminho perigoso" porque "abre as portas para que o Bloco participe em convergências com quem não se demarca do PS/Sócrates".
João Delgado e Cristina Portella exigem que a VI convenção, que se realiza a 7 e 8 de Fevereiro, estabeleça "critérios claros" para a política de alianças para que o PS "não entre pela porta do cavalo".
Questionado pela Lusa, Pedro Soares frisou que "personalizar a proposta [para a convergência das esquerdas nas presidenciais de 2011] é impossível a dois anos de distância".
"Por que é que falam em Manuel Alegre? Nós não sabemos se ele vai ser candidato. Manuel Alegre e muitas outras personalidades como Manuel Carvalho da Silva [líder da CGTP] fazem parte dos movimentos da reconfiguração das esquerdas, mas quanto à nossa proposta é impossível personalizar", reiterou.
Nas eleições presidenciais a que concorreu, o Bloco de Esquerda avançou com candidaturas próprias, primeiro Fernando Rosas, em 2001 e depois Francisco Louçã, em 2006.
A VI Convenção do BE realiza-se dias 7 e 8 de Fevereiro em Lisboa e conta reunir 600 delegados.
SF.
Lusa/fim
Uma adenda à moção da direcção do BE propõe "uma candidatura presidencial da convergência mais ampla possível para a luta política da esquerda, sem prejuízo da possibilidade de apoiar uma candidatura da sua área política no caso de essa alternativa não se concretizar".
A proposta "tem em conta a reconfiguração das esquerdas" em que "o dado novo é o fim do tabu da incomunicabilidade" entre os partidos à esquerda, defendeu Pedro Soares, da comissão política do BE, em declarações à Agência Lusa, recusando falar em nomes por ser "extemporâneo".
"O caminho da convergência das esquerdas está ainda a fazer-se", acrescentou, referindo-se aos encontros que reuniram o ano passado o deputado do PS Manuel Alegre, alguns socialistas, bloquistas e renovadores comunistas.
A adenda à moção de Francisco Louçã está a suscitar críticas por parte de correntes minoritárias bloquistas, que viram na proposta "um abrir de portas a um entendimento com Manuel Alegre sem definir critérios programáticos ou a pré-condição da sua ruptura com o PS".
Num texto publicado hoje na página na Internet da VI Convenção, João Delgado e Cristina Portella, subscritores de uma moção alternativa, afirmam que a direcção do BE "dá sinais de que escolheu um caminho perigoso" porque "abre as portas para que o Bloco participe em convergências com quem não se demarca do PS/Sócrates".
João Delgado e Cristina Portella exigem que a VI convenção, que se realiza a 7 e 8 de Fevereiro, estabeleça "critérios claros" para a política de alianças para que o PS "não entre pela porta do cavalo".
Questionado pela Lusa, Pedro Soares frisou que "personalizar a proposta [para a convergência das esquerdas nas presidenciais de 2011] é impossível a dois anos de distância".
"Por que é que falam em Manuel Alegre? Nós não sabemos se ele vai ser candidato. Manuel Alegre e muitas outras personalidades como Manuel Carvalho da Silva [líder da CGTP] fazem parte dos movimentos da reconfiguração das esquerdas, mas quanto à nossa proposta é impossível personalizar", reiterou.
Nas eleições presidenciais a que concorreu, o Bloco de Esquerda avançou com candidaturas próprias, primeiro Fernando Rosas, em 2001 e depois Francisco Louçã, em 2006.
A VI Convenção do BE realiza-se dias 7 e 8 de Fevereiro em Lisboa e conta reunir 600 delegados.
SF.
Lusa/fim