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BE defende recuperação do rio Tinto para evitar inundações no Porto

ecks1978

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O BE defendeu hoje que a recuperação do rio Tinto é essencial para resolver as inundações que têm afectado a zona do Freixo, no Porto, e Rio Tinto, em Gondomar, considerando que o Governo devia accionar fundos comunitários para o efeito.

"Vamos perguntar ao Ministério do Ambiente se os fundos do Quadro Referência Estratégico Nacional (QREN) vão ser accionados para a recuperação do rio Tinto, porque sem a sua recuperação estas situações vão repetir-se", disse a deputada Catarina Martins, em declarações aos jornalistas junto à marina do Freixo.

Para a bloquista, a recuperação do rio "é essencial" para que naquelas zonas do Porto e de Gondomar "não existam inundações" que, para além de serem um problema ambiental, são também um "problema social".

A deputada do BE falava junto à marina do Freixo, onde a chuva intensa provocou, há duas semanas, um cenário de destruição, com barcos afundados e danificados.

"O que aconteceu não foi um desastre inesperado. Não devia ter acontecido e é um sinal de irresponsabilidade. O BE alertou para a construção de uma marina na confluência de dois rios e para opções de entubamento de rios, como acontece com o Tinto", sublinhou Catarina Martins. Para a deputada, a culpa do sucedido é dos "autarcas e do Governo, que deixaram estas coisas acontecerem".

A chuva intensa que caiu durante a noite de dia 21 e madrugada de dia 22 de Dezembro, na região do Grande Porto deixou um cenário de destruição na Marina do Freixo, no Porto.

Na altura, o hidrobiólogo Adriano Bordalo e Sá disse que foi sem surpresa que soube da destruição provocada pelo mau tempo na marina, porque já tinha alertado que esta infra-estrutura foi construída "no pior sítio". "É uma obra que, sendo necessária, foi construída no pior sítio", afirmou Bordalo e Sá, salientando que os rios Tinto e Torto confluem no local da Marina do Freixo, onde o Rio Douro faz uma curva acentuada.

Para o professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, "não faz sentido ter os meios públicos a pagar a reconstrução de uma infra-estrutura que à partida estava condenada".

"Só o autismo dos decisores políticos permitiu a construção da marina naquele sítio", salientou, responsabilizando a Câmara do Porto e os organismos da Administração Central que aprovaram o projecto.
publico
 
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