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Bebé retirada a mãe portuguesa no Reino Unido foi entregue ao pai inglês

kokas

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Set 27, 2006
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A avó materna da bebé, que em Abril foi retirada a uma mãe portuguesa a viver no Reino Unido, iniciou uma greve de fome na semana passada em protesto contra a mais recente decisão judicial. O Tribunal de Família de Southend determinou, no mês passado, a entrega da menina ao pai inglês.

Nas sessões em tribunal que decorreram até Junho, o pai e a mãe estavam juntos no processo que os opunha aos serviços sociais. Estes tinham ordenado em Abril a retirada da menina à mãe, uma portuguesa de 30 anos a viver no Reino Unido há cinco.
Quando as audiências retomaram em Setembro, a mãe da criança ainda tinha esperança de que a decisão lhe fosse favorável. O pai voltou a ser considerado como possível cuidador mas a mãe não. A nova juíza declarou que a menina não teria de ser adoptada, colocada numa família ou entregue a outros familiares. Ficaria aos cuidados do pai e da avó paterna, com visitas autorizadas da mãe duas vezes por semana, segundo o gabinete do secretário de Estado das Comunidades José Cesário. Uma próxima audiência ficou marcada para Janeiro de 2015 "para nova apresentação de documentos e relatórios" num processo que começou em Abril deste ano.
A retirada foi decidida nesse mês pelos serviços sociais de Southend, cidade a cerca de 60 quilómetros a leste de Londres onde a bebé vivia com a mãe e a avó. O processo foi desencadeado pelo relatório de um médico do Southend University Hospital, que observou a menina dois dias depois de esta cair de uma cadeirinha de descanso em casa.

A versão não foi aceite pelo especialista, o pediatra Fathel Rahman Awadalla, que, no relatório enviado aos serviços sociais de Southend, considerava impossível relacionar o hematoma que a menina apresentava na cabeça com uma simples queda. A bebé, então com cinco meses, foi entregue a uma família de acolhimento inglesa, por decisão do Tribunal de Família de Southend depois de os serviços sociais invocarem os "riscos potenciais" para a criança de ela ficar com a mãe.
Até então, o pai inglês, separado da mãe, visitava a filha regularmente. Por ter estado com ela três dias antes do incidente, começou também por ser considerado suspeito e excluído pelos serviços sociais como possível cuidador. Um esgotamento nervoso, depois da retirada, resultou no seu internamento psiquiátrico durante dois meses. Em Setembro, voltou a ser considerado apto.
Hipótese excluída
A avó materna foi contactada esta semana pelos serviços da Embaixada de Portugal em Londres, depois de ter iniciado uma greve de fome, no dia 1 de Outubro, contra a decisão judicial que exclui a hipótese de a menina ser devolvida à mãe. Ambas continuam sob inquérito da polícia por suspeitas de agressão. A investigação será incluída no processo que corre no Tribunal de Família e pode resultar numa acusação contra a mãe ou a avó, ou ambas. Por enquanto a avó está autorizada a uma visita por semana à neta, que completa 1 ano em Novembro e vive agora em Londres.

O PÚBLICO contactou os serviços sociais de Southend para saber o que esteve na origem da decisão mais recente relativa à criança e se é definitiva. Diane Keens, coordenadora para Colocação de Crianças e Recursos da autoridade local de Southend-on-Sea, disse por telefone nada poder adiantar sobre o caso por se tratar de “informação privada”. A advogada da mãe da criança, Rachel Carter, também não respondeu às várias tentativas de contacto no sentido de perceber o que está a ser preparado para a audiência de 5 de Janeiro.
Também no Reino Unido, um outro caso de retirada de crianças de uma família portuguesa - o casal Pedro - aguarda um desfecho depois de as autoridades portuguesas terem proposto, há seis meses, que as crianças fossem entregues a uma instituição em Portugal, passando o caso a ser acompanhado pela Segurança Social. Em Abril de 2013, os cinco filhos foram retirados ao casal de Almeirim que vive desde 2003 em Grantham, a norte de Londres, por suspeitas de maus tratos. Os cinco estão a viver, desde então, em diferentes famílias de acolhimento.

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