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Bombeiros ameaçam acabar com o transporte de doentes

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Bombeiros ameaçam acabar com o transporte de doentes


António Carvalho foi reconduzido na sexta-feira na presidência da Federação dos Bombeiros do distrito de Lisboa e assumiu que as corporações «ponderam acabar com o serviço de transportes de doentes» caso as actuais condições se mantenham.

«Há uma redução de 20 a 30 por cento no transporte de doentes. Estes serviços têm de ser pagos ao preço justo, para que possamos mantê-los especializados e dentro dos bombeiros, porque senão teremos de acabar com ele», advertiu o responsável, em declarações à Agência Lusa, após ter sido reeleito, com 90 por cento dos votos, para um mandato de três anos.

Os despedimentos nos corpos de bombeiros é outro assunto que vai merecer especial atenção por parte de António Carvalho.

«É um problema que nos assusta há mais de um ano. Tememos que o despedimento generalizado dos bombeiros possa pôr em causa o socorro às populações, já que são esses bombeiros que também faziam a emergência», alertou.

Sobre o transporte de doentes e os valores pagos pelo serviço por parte do Ministério da Saúde, o presidente foi claro.

«O preço do quilómetro é importante, mas não essencial. Preocupa-nos mais que o valor a ser pago por cada serviço seja justo para que seja sustentável.

Se as coisas se mantiverem como estão, ponderamos seriamente acabar com esse serviço», afirmou.

António Carvalho recordou que há um grupo de trabalho nomeado pelo Ministério da Saúde que está em negociações com a Liga dos Bombeiros.

«Dentro de 30 dias esse grupo irá apresentar algumas conclusões e a partir daí veremos o que iremos fazer», adiantou.

A questão do financiamento estatal aos corpos dos bombeiros é outro dos temas onde o recém-eleito espera desenvolvimentos.

«Em conjunto com a Liga [dos Bombeiros] veremos quando é que o Governo pode avançar para discutir o modelo de financiamento dos corpos de bombeiros.

É uma promessa adiada e que está estrangular todas as associações do País», disse o operacional.

António Carvalho irá lutar também pela reforma legislativa: «No regime jurídico dos corpos de bombeiros, dos bombeiros e o seu estatuto social.

Diplomas publicados em 2007 e que carecem de ser reajustados à realidade actual. Ser bombeiro voluntário hoje não é o mesmo que ser voluntário há 20 ou 30 anos», especificou.

Quanto à formação dos operacionais, o presidente da Federação assumiu o compromisso de «exigir à Escola Nacional de Bombeiros que dê mais e melhor formação no âmbito das técnicas de emergência pré-hospitalar» e defendeu o «alargamento dos cursos de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS) aos bombeiros».

António Carvalho, que é comandante dos Bombeiros da Póvoa de Santa Iria, encabeçou esta noite a única lista que concorreu às eleições da Federação dos Bombeiros do distrito de Lisboa, tendo sido reeleito com 64 votos, o que representa 90 por cento do universo de votos das corporações da Federação.

O presidente da direcção dos Bombeiros de Sintra, Bento Marques, foi eleito para um primeiro mandato como presidente da mesa da Assembleia-geral, e para o conselho fiscal foi reconduzido o presidente dos Bombeiros de Moscavide e Portela, Simenta Mordido.


Lusa/SOL
 
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