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BPN gastou 5 milhões em colecção egípcia "falsa"
Económico com Lusa
A colecção de arte egípcia que o BPN comprou por 5 milhões de euros integra peças falsas e outras de antenticidade muito duvidosa, disse à Lusa o director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo.
"O que lhe posso dizer, através dos contactos que fiz e das fotografias que vi dessa colecção, e sobretudo do relatório da conservadora do Museu Nacional de Arqueologia que encarreguei de estudar o assunto, é que tenho a convicção absoluta e noutros casos a certeza, de que são peças na maior parte falsas, não são autênticas", afirmou à Lusa Luís Raposo.
A colecção, que foi comprada pelo BPN durante a presidência de Oliveira e Costa (actualmente detido) e que tem sido descrita na imprensa como "egípcia", integra os activos classificados como "extravagantes" pelo actual presidente da SLN, Miguel Cadilhe, sendo composta por várias dezenas de peças trabalhadas em ouro que alegadamente remontam à Idade do Cobre (calcolítico) e por estatuetas em pedra que representam a deusa da fertilidade.
"É o facto de dizerem que foram encontradas em território nacional que transporta da presunção de falsidade para a certeza absoluta de falsidade. É totalmente impossível encontrar este tipo de peças em território nacional", afirmou Luís Raposo, que é arqueólogo especializado no período pré-histórico.
Fonte policial disse também à Lusa que "existem muitas dúvidas" a respeito da autenticidade da dita colecção que o BPN comprou a um coleccionador privado português entre 2004 e 2006.
A mesma fonte assegurou que, apesar das dúvidas, não está a decorrer qualquer investigação a respeito deste negócio, uma vez que para tal seria necessária a apresentação de uma queixa formal por parte dos eventuais lesados (neste caso, o grupo Sociedade Lusa de Negócios/BPN).
O próprio BPN manifestou dúvidas a respeito da autenticidade das peças, um ano depois de as comprar, admitiu à Lusa Manuel Castro Nunes, o arqueólogo que serviu de avaliador e de intermediário no negócio.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da SLN confirmou a existência de uma colecção de antiguidades (que é conhecida no interior do grupo como "Colecção da Deusa"), garantindo que a mesma, ao contrário do que foi noticiado, não foi entregue à Caixa Geral de Depósitos como penhor de um empréstimo contraído antes da nacionalização.
O antigo presidente do grupo SLN/BPN, José de Oliveira e Costa, encontra-se detido em prisão preventiva, tendo sido constituído arguido por suspeitas de burla e branqueamento de capitais, entre outros crimes.
Fonte Inf.- Económico
.
Económico com Lusa
A colecção de arte egípcia que o BPN comprou por 5 milhões de euros integra peças falsas e outras de antenticidade muito duvidosa, disse à Lusa o director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo.
"O que lhe posso dizer, através dos contactos que fiz e das fotografias que vi dessa colecção, e sobretudo do relatório da conservadora do Museu Nacional de Arqueologia que encarreguei de estudar o assunto, é que tenho a convicção absoluta e noutros casos a certeza, de que são peças na maior parte falsas, não são autênticas", afirmou à Lusa Luís Raposo.
A colecção, que foi comprada pelo BPN durante a presidência de Oliveira e Costa (actualmente detido) e que tem sido descrita na imprensa como "egípcia", integra os activos classificados como "extravagantes" pelo actual presidente da SLN, Miguel Cadilhe, sendo composta por várias dezenas de peças trabalhadas em ouro que alegadamente remontam à Idade do Cobre (calcolítico) e por estatuetas em pedra que representam a deusa da fertilidade.
"É o facto de dizerem que foram encontradas em território nacional que transporta da presunção de falsidade para a certeza absoluta de falsidade. É totalmente impossível encontrar este tipo de peças em território nacional", afirmou Luís Raposo, que é arqueólogo especializado no período pré-histórico.
Fonte policial disse também à Lusa que "existem muitas dúvidas" a respeito da autenticidade da dita colecção que o BPN comprou a um coleccionador privado português entre 2004 e 2006.
A mesma fonte assegurou que, apesar das dúvidas, não está a decorrer qualquer investigação a respeito deste negócio, uma vez que para tal seria necessária a apresentação de uma queixa formal por parte dos eventuais lesados (neste caso, o grupo Sociedade Lusa de Negócios/BPN).
O próprio BPN manifestou dúvidas a respeito da autenticidade das peças, um ano depois de as comprar, admitiu à Lusa Manuel Castro Nunes, o arqueólogo que serviu de avaliador e de intermediário no negócio.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da SLN confirmou a existência de uma colecção de antiguidades (que é conhecida no interior do grupo como "Colecção da Deusa"), garantindo que a mesma, ao contrário do que foi noticiado, não foi entregue à Caixa Geral de Depósitos como penhor de um empréstimo contraído antes da nacionalização.
O antigo presidente do grupo SLN/BPN, José de Oliveira e Costa, encontra-se detido em prisão preventiva, tendo sido constituído arguido por suspeitas de burla e branqueamento de capitais, entre outros crimes.
Fonte Inf.- Económico
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