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Braga

ssyssy

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Braga
Braga é das mais antigas cidades portuguesas e uma das cidades cristãs mais antigas do mundo; fundada no tempo dos romanos como Bracara Augusta, conta com mais de 2000 anos de História como cidade. Situada no Norte de Portugal, mais propriamente no Vale do Cávado, Braga possui cerca de 171 mil habitantes, sendo o centro da Grande Área Metropolitana do Minho (GAM), com cerca 800 mil habitantes.

É uma cidade cheia de cultura e tradições, onde a História e a religião vivem lado a lado com a indústria tecnológica e a vida boémia universitária.

Na gíria popular é conhecida como:

A "Cidade dos Arcebispos": durante séculos o seu Arcebispo foi o mais importante da Península Ibérica; ainda é o detentor do velho título de Primaz das Espanhas.

A "Roma Portuguesa": no século XVI o Arcebispo D. Diogo de Sousa, influenciado pela sua visita à cidade de Roma, desenha uma nova cidade onde as praças e igrejas abundam tal como em Roma. A este título está também associado o facto de existirem inúmeras igrejas por km² em Braga. É, ainda, considerada como o maior centro de estudos religiosos em Portugal

A "Cidade Barroca": durante o século XVIII o arquitecto André Soares transforma a cidade de Braga no Ex-Libris do Barroco em Portugal.

A "Cidade Romana": no tempo dos romanos ser a maior e mais importante cidade situada no território onde seria Portugal. Ausónio, ilustre letrado de Bordéus e prefeito da Aquitânia, incluiu Bracara Augusta entre as grandes cidades do Império Romano.

A "Capital do Minho" ou o "Coração do Minho", por estar localizada no centro desta província. Braga reúne um pouco de todo o Minho e todo o Minho tem um pouco de Braga.

A "Cidade dos Três Sacro-Montes": são santuários situados a Sudeste da cidade numa cadeia montanhosa, e são pela ordem Este a Sul: O Bom Jesus, Sameiro e a Falperra (Sta. Maria Madalena e Sta. Marta das Cortiças).

A cidade está estritamente ligada a todo o Minho: a Norte situa-se o tradicional Alto Minho, a Este o Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Sul as terras senhoriais de Basto e o industrial Ave e a Oeste o litoral marítimo Minhoto.
 

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História

Os vestígios da presença humana na região vêm de há milhares de anos, como comprovam vários achados. Um dos mais antigos é a Mamoa de Lamas, um monumento megalítico edificado no período Neolítico. No entanto, apenas se consegue provar a existência de aglomerados populacionais em Braga na Idade do Bronze. Caracterizam-se por fossas e cerâmicas encontradas no Alto da Cividade, local onde existiria uma povoação e por uma necrópole que terá existido na zona dos Granjinhos.

Na Idade do Ferro, desenvolveram-se os chamados “castros", próprios de povoações que ocupavam locais altos do relevo. Nos séculos anteriores ao nascimento de Cristo, com a invasão pacífica dos Celtas, houve uma fusão de culturas entre estes dois povos, que originou um novo povo, os Brácaros (em latim, BRACARI).
 

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Bracara Augusta

No decurso do século II a.C., a região foi tomada pelos Romanos que edificaram a cidade no ano 16 a.C., com a designação de Bracara Augusta, em homenagem ao Imperador César Augusto[2]. Bracara Augusta, capital da região da Gallaecia, integrava os três conventos do Noroeste peninsular e parte do convento Clunia. Desta época data também a criação do bispado de Bracara Augusta, segundo a lenda, São Pedro de Rates foi o primeiro bispo de Braga entre os anos 45 e 60, ordenado pelo apóstolo Santiago que teria vindo da Terra Santa, martirizado quando convertia povos aderentes à religião romana no noroeste da Península Ibérica. Mas, só no ano 385 é que o Papa S. Sirício faz referência à metropolitana de Bracara Augusta.

Após a conquista do império romano, Bracara Augusta tornou-se na capital política e intelectual do reino dos Suevos, que abarcava a Galiza e se prolongava até ao Rio Tejo. Por ordem do rei Ariamiro foi realizado o concílio de Braga, entre 1 de Maio de 561 a 563, tendo sido presidido por São Martinho de Dume, bispo titular de Bracara. Deste concílio resultaram grandes reformas, principalmente no mundo eclesiástico e linguístico, destacando-se a criação do ritual bracarense e a abolição de elementos linguísticos pagãos, como os dias da semana Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, por Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies, donde derivam os modernos dias em língua portuguesa. Posteriormente, com o declínio do povo Suevo, foi dominada pelos Godos, durante mais de três séculos.

No ano de 716, os Mouros alcançam a cidade e provocam grande destruição na mesma, dada a sua importância religiosa. Na época, foi também palco de várias guerras, destruições e saques. Mais tarde, foi reconquistada por Afonso III, Rei das Astúrias.


Braga

No século XI a cidade é reorganizada, provavelmente com a nova designação de "Braga". É iniciada a construção da muralha citadina e da Sé, por ordem do bispo D. Pedro de Braga, sobre restos de um antigo templo romano dedicado à deusa Ísis, que teria mais tarde sido convertido numa igreja Cristã. A cidade desenvolve-se em torno da Sé, ficando restringida ao perímetro amuralhado.

Braga foi nessa altura oferecida como dote, por Afonso VI de Castela, à sua filha D. Teresa, no seu casamento com D. Henrique de Borgonha, Conde de Portugal. Estes últimos foram senhores da cidade entre 1096 a 1112. Em 1112 doam a cidade aos Arcebispos. Com a elevação do bispado bracarense a arcebispado, a cidade readquire uma enorme importância a nível Ibérico. O arcebispo Diego Gelmírez de Santiago de Compostela, com medo da ascensão da Sé de Braga, rouba as relíquias dos santos bracarenses na tentativa de diminuir a importância religiosa da cidade, as relíquias só retornaram a Braga na década de noventa do século XX.

Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), a muralha citadina é requalificada, é ainda construída a torre de menagem. Mais tarde, foram adicionadas nove torres, de planta quadrangular, à muralha existente, concluindo-se também o Castelo de Braga em torno da torre de menagem existente.


No século XVI, o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa modifica a cidade profundamente, introduzindo-lhe ruas, praças, novos edifícios, provocando-lhe também o crescimento para além do perímetro amuralhado. Do século XVI ao século XVIII, por intermédio de vários arcebispos, os edifícios de traça medieval vão sendo apagados e substituídos por edifícios de Arquitectura religiosa da época.

No século XVIII, Braga por intermédio da inspiração artística de André Soares (Arquitecto 1720-69) transforma-se no Ex-Libris do Barroco em Portugal. Nos fins deste século, surge em várias edificações o Neoclássico com Carlos Amarante (Engenheiro e Arquitecto 1742-1815). Mais uma vez, por intermédio de vários arcebispos, os edifícios religiosos são novamente alterados com a introdução do Barroco e o Neoclássico.

Nos cem anos que se seguem, irrompem conflitos devidos às invasões francesas e lutas liberais. A cidade é palco de batalha e vítima de vários saques realizados pelas tropas napoleónicas. Em 1834, com o fim das lutas liberais, são expulsas várias ordens religiosas da cidade, deixando o seu espólio para a cidade. Em consequência da Revolta da Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso, área sob jurisdição do quartel militar de Braga, a cidade é palco de importantes confrontos entre o povo e as autoridades. No final do século XIX, o centro da cidade deixa a área da Sé de Braga e passa para a Avenida Central. Em 1875, é inaugurado pelo Rei D. Luís a linha e estação dos caminhos de ferro de Braga.

No século XX, dá-se a revolução dos transportes e das infra-estruturas básicas, reformula-se a Avenida da Liberdade, de onde se destaca o Theatro Circo e os edifícios do lado nascente. Em 28 de Maio de 1926, o general Gomes da Costa inicia nesta cidade a Revolução de 28 de Maio de 1926. Por fim, no final deste século, Braga sofre um grande desenvolvimento e converte-se na terceira cidade do País, estatuto que mantém nos nosso dias.
 

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Geografia

Situada no coração do Minho, Braga encontra-se numa região de transições de Este para Oeste, entre serras, florestas e leiras aos grandes vales, planícies e campos verdejantes. Terras construídas pela natureza e moldadas pelo Homem.

Físicamente situa-se a 41° 32' N 08° 25' O[3], no Noroeste da Península Ibérica, precisamente entre o Rio Douro e o Rio Minho. Ocupando 183,51 km², e variando entre 20 a 572 metros de altitude, o concelho é bastante diversificado. O terreno a Norte situado na margem esquerda do Rio Cávado, é semi-plano, graças ao grande vale do Rio Cávado. A parte Este caracteriza-se por montanhas, tais como a Serra do Carvalho (479m), Serra dos Picos (566m), Monte do Sameiro (572m) e o Monte Sta Marta (562m). Entre a Serra do Carvalho e a Serra dos Picos nasce o Rio Este, formando o vale d'Este, já a Sul da Serra dos Picos desenvolve-se o planalto de Sobreposta-Pedralva. A Sul, como a Oeste o terreno é um misto de montanhas, colinas e médios vales. O centro da cidade situa-se no alto da colina de Cividade (215m), desenvolvendo-se para o vale do Rio Cávado a Norte e Oeste, e para o vale do Rio Este a Este e Sul.

O território bracarense pertence a duas bacias hidrográficas, a bacia hidrográfica do rio Cávado a Norte e a bacia hidrográfica do rio Ave a Sul. O rio Cávado, de caudal médio, é o elemento hidrográfico predominante a Norte, existindo também diversas ribeiras que desaguam neste. O território a Sul é marcado pelo rio Este e seus diversos afluentes, como o rio Veiga, todos de pequeno caudal. O solo, dado pertencer ao sistema montanhoso do Gerês e a sua proximidade ao Oceano Atlântico, é bastante rico em água.

O concelho é predominantemente urbano[4], principalmente em torno da cidade. As áreas rurais que outrora predominavam, hoje, confinam-se aos limites do concelho. É ainda de salientar que as colinas de maior cota e as montanhas encontram-se cobertas por manchas florestais, apesar da pressão urbana e dos fogos florestais que sucederam nos últimos anos.
 

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Clima

O clima de Braga, pelo facto de se situar entre serras e o Oceano Atlântico, é tipicamente Atlântico temperado, ou seja, com quatro estações bem definidas. Nos últimos 30 anos a média da temperatura mínima foi de 10ºC e a temperatura máxima de 19ºC, o que indica uma variação média de 9ºC. No entanto, os extremos registados, desde o ano 2000, vão muito mais além desses valores, a menor temperatura registada foi de -4º em Janeiro de 2006, já a máxima foi de 43ºC em Agosto de 2003. A precipitação anual ronda os 1659 mm, com maior intensidade no Outono e Inverno.

Os Invernos são bastante pluviosos e frios, e geralmente com ventos moderados de Sudoeste. O vento pode também soprar do Norte, normalmente forte, o que geralmente provoca uma descida da temperatura, estes ventos são designados como Nortadas. Em anos muito frios pode ocorrer a queda de neve, no entanto devido ao aquecimento global a queda de neve é um acontecimento muito raro. O último nevão na cidade foi em Fevereiro de 1994. As Primaveras são tipicamente frescas, com grandes aberturas e ventos suaves. As brisas matinais ocorrem com maior frequência, principalmente nas maiores altitudes. No vale do Cávado, a baixa altitude, é normal existirem os nevoeiros matinais. De salientar o mês de Maio que é bastante propício às trovoadas, devido ao aquecimento do ar húmido com a chegada do Verão. Os verões são quentes e solarengos com ventos suaves d'Este. Nos dias mais frescos, podem ocorrer espontaneamente chuvas de curta duração, estas chuvas são bastante importantes para a vegetação da região, pois reabastece os lençóis de água o que torna a região rica em vegetação durante o ano inteiro, pela qual é conhecida por Verde Minho. Os Outonos são amenos e pluviosos, geralmente com ventos moderados. Enquanto a temperatura desce, aumenta a pluviosidade até atingir os valores mais altos do ano. Existe uma maior frequência de nevoeiros, principalmente no vale do Cávado onde ocorrem os nevoeiros matinais mais densos.
 

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Demografia

O concelho é densamente povoado, com 931,1 hab/km² e 170 858 habitantes (2004), é um dos mais populosos de Portugal e é um dos mais jovens da Europa. Nos Censos de 2001, em Braga existiam 164 192 indivíduos, 51 173 Famílias Clássicas e 70 268 Alojamentos. A maioria da população concentra-se na área urbana, onde a densidade atinge cerca de 10 000 hab/km².


A população bracarense é constituída por 78 954 indivíduos do sexo masculino e 85 238 indivíduos do sexo feminino. O grupo etário dos 0 aos 25 anos representava 35% da população total, enquanto 54% da população tinha entre 26 a 64 anos, o grupo etário dos idosos representava 11%. A população é maioritariamente Portuguesa, mas existem também comunidades imigrantes, nomeadamente Brasileiros, Africanos principalmente oriundos das antigas colónias portuguesas, Chineses e Europeus de Leste.

No que diz respeito a habitação, em Braga há 70 268 alojamentos (Censos de 2001), valor excedentário se tivermos em consideração o conceito clássico de família (51 173 agregados).

No entanto, estas 19 095 habitações sobrantes não estão todas em excesso na realidade, muitas delas destinam-se a residência temporária, normalmente associadas a estudantes, a trabalhadores temporários e a estrangeiros que exercem a sua actividade profissional na cidade. Existe também um grande número de habitações que pertencem a cidadãos residentes no estrangeiro que as utilizam quando regressam periodicamente a Portugal. O constante crescimento populacional e o aumento da habitação individual associado à não constituição de uma família clássica são também realidades que justificam este facto na sociedade bracarense.

As 19 095 habitações atrás referidas, representam em média uma capacidade para 60 000 indivíduos, o que faz com que a população real de Braga esteja próxima de um valor intermédio situado entre os 171 000 indivíduos e os 230 000 indivíduos.

O concelho cresceu 16,2% entre 1991 a 2001, o maior crescimento registou-se nas antigas freguesias suburbanas (hoje urbanas), por exemplo: Nogueira 124,6%, Frossos 68,4%, Real 59,8%, Lamaçães 50,9%. As previsões apontam para que Braga seja um dos concelhos com maior crescimento nos próximos anos.
 

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Municipio e Organização Administrativa

Administrativamente o concelho de Braga, de código administrativo 03 03, fica no distrito de Braga de código administrativo 03, e é capital do mesmo. É também capital da grande área metropolitana do Minho, a terceira maior do país (cerca 800 000 hab.). É limitado a norte pelo município de Amares, a leste pela Póvoa de Lanhoso, a sueste por Guimarães, a sul por Vila Nova de Famalicão, a oeste por Barcelos e a noroeste por Vila Verde.

Possui uma Câmara Municipal, presidida por Mesquita Machado desde 1976. A Câmara Municipal é composta, para além do presidente, por nove vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por um presidente e dois secretários, sessenta e três deputados e os sessenta e dois Presidentes de Junta de Freguesia.
 

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Artesanato

O artesanato bracarense é um dos artesanatos portugueses mais conhecidos internacionalmente, os cavaquinhos, violas, guitarras (nomeadamente a Viola Braguesa) e a Arte Sacra são os ex-libris. Embora estes três sejam famosos, o artesanato Bracarense é mais diversificado, os artigos de linho (panos, colchas, cortinados...), os bordados, a cestaria, miniaturas em madeira, farricocos, bijuteria, ferro forjado (sinos, miniaturas, material para agricultura...), as louças típicas de Braga coloridas e de forma atractiva, entre outros, são artigos tradicionais que facilmente se encontram nas ruas, ruelas ou nas zonas rurais nas imediações.

Gastronomia

Braga, como o resto do Minho tem uma gastronomia riquíssima. O bacalhau assume-se como o prato de peixe favorito, a cidade é famosa pelas suas inúmeras receitas de bacalhau (bacalhau à Narcisa, bacalhau à Minhota (Braga), bacalhau à moda de Braga...). O arroz de Pato, as papas de sarrabulho com rojões, a tripa enfarinhada, os farinhotes, os enchidos de sangue, o cabrito à moda de Braga, as frigideiras do Cantinho ou as da Sé, os rojões à moda do Minho, o Frango "pica no chão", o vinho verde, o Pudim Abade de Priscos, o toucinho do céu, o bolo rei escangalhado, fidalguinhos, pederneiras, suplícios, paciências, entre muitos outros, fazem de Braga uma cidade de sabores.
 

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Tradições e Festividades


Festas de S. João — Os primeiros registos do S. João de Braga datam de 1515, data que pela primeira vez a Câmara Municipal assume a sua realização, mas que agregam muitos elementos comprovadamente mais antigos, como por exemplo a Procissão dos Santos do Mês de Junho, onde tradicionalmente aparece o carro com a Dança do Rei David, que apesar do nome, é de inspiração moçárabe. Estas festas repetem-se anualmente no dia 24 de Junho.

Semana Santa — Páscoa — Durante toda essa semana os altares das Igrejas, cada um invocando uma cena da Paixão de Cristo, encontram-se decorados com flores e velas. Esta semana atrai muitos turistas à cidade. Os visitantes procuram essencialmente as grandes procissões nocturnas que se caracterizam pelas centenas de figurantes. Na quarta-feira realiza-se a tradicional procissão de Nossa Senhora da burrinha, na quinta-feira a procissão de Ecce Homo e, na Sexta-feira Santa, a solene Procissão Teofórica do Enterro do Senhor. Em todas elas se recriam quadros da história religiosa. Após a Vigília Pascal da madrugada de Domingo de Páscoa, conjuntos de pessoas saem de todas as igrejas da cidade para anunciarem a todas as casas a Ressurreição de Jesus, dando uma Cruz especialmente decorada a beijar aos residentes. Ao fim do dia, é habitual mais uma sessão de fogo-de-artifício, desta feita fogo "preso" onde rebenta uma figura de homem, simbolizando o suicida Judas, que traíra Jesus.


Braga Romana — Reviver o Passado em Bracara Augusta. Braga regressa há 2000 anos, época em que integrava o Império Romano, evocando o seu quotidiano como cidade-capital da província da Gallaecia. Nestas festividades, que decorrem anualmente no início do mês de Junho, é recriado um mercado romano que é palco de artes circenses, representações dramáticas, simulações bélicas, personificações mitológicas, malabarismos, interpretações musicais e bailados da época de Bracara Augusta. Esta viagem no tempo inclui ainda a organização de uma escola romana, uma área de animação infantil e a tradicional recepção ao imperador Augusto, em que se procede à leitura do édito fundador e à nomeação do administrador da cidade. No dia da abertura dá-se o grandioso Cortejo Romano pelas ruas do centro histórico da cidade.


Festas Académicas do Enterro da Gata — A primeira referência na imprensa relativamente ao "Enterro da Gata" reenvia-nos ao distante ano de 1889 e vem publicada no jornal "Aurora do Minho" com o título pomposo de "Enterro Xistoso". Lá se conta como um grupo de estudantes "para festejar o fim do ano e enterrar a gata" fizeram um "enterro xistoso e novo na espécie". A academia bracarense era então representada pelos estudantes do Liceu Nacional (hoje Escola Secundária Sá de Miranda), que estava sedeado no Convento dos Congregados. O primeiro interregno nas festividades aconteceu entre 1934/35 e 1959. Salazar usaria a mordaça para calar a irreverência aos minhotos. O luto decretado por Coimbra após as manifestações de 1969 levaria a segunda interrupção entre 1970 e 1989. No estudo solicitado em 1989 pela Associação Académica da Universidade do Minho ao director da Biblioteca Pública de Braga, Dr. Henrique Barreto Nunes, concluiu-se que o 1º Enterro da Gata se havia realizado em Maio de 1889. Assim, e passados exactamente 100 anos sobre o seu nascimento, era retomada a tradição, agora nas mãos dos estudantes da jovem Universidade do Minho. A "gata" representa o indesejado insucesso escolar. É feito um velório em que a "Gata" é transportada pelas artérias da cidade seguida por um séquito que não pára de chorar a "finada". As festas têm a duração de uma semana e realizam-se todos os anos no início do mês de Maio.


Festas Académicas do 1.º de Dezembro — Reza a História que os Estudantes da Cidade de Braga no ano de 1640, com o intuito de comemorar a restauração da independência, saíram à rua. No meio da folia, estes jovens assaltaram galinheiros e celebraram o acontecimento bebendo e comendo um prato típico chamado "Frango Pica No Chão". A tradição do jantar do 1.º de Dezembro é ainda seguida pelos estudantes da cidade.


Procissão dos Passos — realiza-se em: Real (terceiro Domingo antes da Páscoa), Celeirós (segundo Domingo antes da Páscoa), Cabreiros (terceiro Domingo de Quaresma) e Braga (Domingo de Ramos).


Peregrinações ao Sameiro — Realiza-se no primeiro Domingo de Junho, último Domingo de Agosto e oito de Dezembro.


Procissão do Corpo de Deus — A primeira "manifestação" pública, foi proposta aos Católicos como uma forma de afirmarem publicamente a sua crença no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, isto é, que o pão e vinho se transubstanciavam efectivamente no Corpo e Sangue de Cristo. É, por isso, uma procissão diferente das restantes: aqui não há quadros explicativos da história religiosa, apenas a expressão do culto ao Santíssimo Sacramento, tansportado pelo Arcebispo. Foi nesta procissão em Braga que, em 1923, pela primeira vez se mostraram ao público os Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas, pelo que é tradicional que nesta procissão apenas os Escuteiros constituam corpo participativo, ao invés de apenas contribuírem para a sua organização como na Semana Santa.


Peregrinação à Sra. da Cabeça — Mire de Tibães (segundo Domingo de Julho)


Romaria de Santa Marta — Realiza-se nos Montes da Falperra e Santa Marta, dia vinte e nove de Julho.

Festas dos Patronos — Por toda a cidade, cada paróquia celebra a festa do seu patrono. São particularmente conhecidas as de São Vicente e da 'Cónega' (nome dado à zona ao fundo do Campo da Vinha e Rua da Boavista)

Dia da Cidade — Celebra-se no dia de São Geraldo, padroeiro da cidade de Braga, a 5 de Dezembro. É uma celebração de cariz oficial, com sessão solene e entrega de medalhas da cidade, não havendo festa popular. De salientar ainda a especial decoração da Capela de São Geraldo na Sé Catedral, que neste dia é enfeitada com fruta.
 

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Música

Ao longo dos séculos a música em Braga foi profundamente marcada pela música popular, folclore e música religiosa ou Sacra. Em 1961, a instalação do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian abre os horizontes musicais da cidade. Nas décadas seguintes assiste-se a uma expansão musical, que continua a crescer nos nossos dias com a Universidade do Minho. Na cidade existem ainda várias instituições de referência nomeadamente a Orquestra Câmara do Minho, Orquestra Câmara de Braga, o Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, o Conservatório de Música de Braga, o Orfeão de Braga, o Coro da Sé de Braga, o Coro Gregoriano de Braga, a Banda de Musical de S. Miguel de Cabreiros, o Coro Académico da Universidade do Minho, 23 ranchos folclóricos, entre outros.

Braga, tem-se também afirmado no panorama da música moderna portuguesa com o surgimento desde os anos 80 de várias bandas de referência. Destas bandas, a que mais se tem destacado tem sido o grupo "Mão Morta". Como incentivo a este tipo de música, a Câmara Municipal de Braga criou no estádio 1.º de Maio várias salas de ensaio. Simultâneamente existem também inúmeros concursos musicais dos quais se destaca por exemplo o "Concurso de Bandas Amadoras" do Braga Parque.
 

ssyssy

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Salas de Espectáculos

O Theatro Circo, inaugurado em 1911, é a mais prestigiada sala de espectáculos bracarense. A sala principal do Theatro Circo, de estilo italiano, possui mil lugares e um dos melhores sistemas de som da Europa [14]. O Espaço Alternativo, teatro da Portugal Telecom, e o Teatro de bolso do TUM (Teatro da Universidade do Minho) são também salas de espectáculos ligadas ao teatro.

Ao longo das últimas décadas, face ao crescimento de cidade, foram construídos vários auditórios. Estes teatros multiusos modernos têm um grande impacto na sociedade bracarense, não só como espaços culturais, mas também como espaços aptos para a realização de conferencias, congressos, palestras e apresentações. Dos grandes auditórios bracarenses, destaca-se o Grande Auditório do PEB (Parque de Exposições de Braga) com 1200 lugares, o Auditório de Estádio Municipal de Braga e o Auditório A1 da Universidade do Minho. Existem também outros auditórios na cidade, que embora de menor dimensão têm grande actividade ao nível cultural, destes destaca-se o auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, o Auditório Municipal Galécia, o Auditório Instituto Português da Juventude, o Auditório Adelina Caravana do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, e os vários auditórios da Universidade do Minho e da Universidade Católica.

O cinema São Geraldo, a segunda sala a exibir filmes em Portugal, foi ao longo de décadas a sala de cinema dos bracarenses, actualmente esta mítica sala está fechada e sem possibilidade de uma provável reabertura. Hoje em dia os espaços a funcionar na cidade são os cinemas Cinemax e Lusomundo com sete de salas projecção cada. Existe também o cinema GoldCenter, mas possui apenas uma sala. A Câmara Municipal de Braga tem também uma rede de videotecas onde os cidadãos podem ver filmes gratuitamente.
 

ssyssy

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Economia

Braga é uma cidade extremamente dinâmica, com uma intensa actividade económica nas áreas do comércio e serviços, ensino e investigação, construção civil, informática e novas tecnologias, turismo e vários ramos da indústria e do artesanato.

A população economicamente activa em 2001 foi 51,9%, ou seja, 85 194 indivíduos. Distribuído nos seguintes sectores: 893 indivíduos no sector primário, 31 374 sector secundário, 47 031 sector terciário dos quais 24655 indivíduos estavam ligadas a actividades económicas.

O sector primário, tem vindo a diminuir gradualmente devido à expansão urbana. Hoje subsistem as viniculturas, floricultura, empresas ligadas à floresta e extracção de pedra, a agricultura tradicional é algo em vias de extinção, uma vez que se limita a ser uma actividade caseira e é mantida essencialmente por pessoas de idade avançada.

O sector secundário é bastante diversificado, mas é marcado por empresas ligadas à tecnologia, à indústria metalúrgica, à construção civil e à transformação de madeira. A indústria do software é a nova força industrial Bracarense, considerada por muitos a "Silicon Valley" Portuguesa. Este sucesso deve-se especialmente à Universidade do Minho, que desde 1976 forma profissionais nesta área. Também são importantes as indústrias ligadas à religião, Braga é um importante centro produtor de imagens de santos, paramentaria e sinos. Os sinos de Braga estão espalhados um pouco por todo o mundo, de todos esses locais destaca-se, por exemplo, a Catedral de Notre-Dame de Paris.

Existem vários parques industriais e centros empresariais na periferia da cidade, tais como Complexo Grundig/Blaupunkt, centro empresarial de Ferreiros, centro empresarial e parque industrial de Frossos, centro empresarial e parque industrial de Celeirós e parque industrial de Adaúfe. Com a implantação em Braga do Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia (ver Investigação & Tecnologia), está também prevista a construção de um Parque de Excelência, designado por TechValley — Parque Tecnológico de Braga, onde ficarão instaladas empresas de base tecnológica.
O sector Terciário é o sector económico mais forte, razão pela qual Braga é designada como a capital do comércio em Portugal. Do seu Centro Histórico foi retirado o trânsito e pode desfrutar-se da maior área pedonal do país, onde convivem lado a lado as esplanadas, os serviços, o comércio local e as lojas das grandes cadeias internacionais, formando todo este conjunto um "Shopping Center" gigante ao ar livre. Na periferia da cidade existe uma enorme variedade de superfícies comerciais, que vão desde os comuns hipermercados e "shoppings", às mega-lojas de música e filmes, electrodomésticos, bricolage e construção, entre outros. Está também implantado em Celeirós o Mercado Abastecedor da Região do Noroeste (ECAN/MARN).
 

jorge s

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Tenho muito orgulho em ser Bracarense....
 

xaxa

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É também conhecida pelo "penico do Céu" mas mesmo assim sinto também orgulho de ser Bracarense ( arredores) :6_15_221: :36_2_51:
 

luis_martins1

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È BOM VIVER EM BRAGA ;)

porreiro é qd s vai de ferias e s começa a ter saudades das nossa "terrinha" :)

pelo menos cmg funciona assim :msnm_com_br007-03:
 

sagal

GF Ouro
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ssyssy permite-me que te bata palmas pelo trabalho aqui deixado.

É claro que como (minhoto do Minho (Braga), gosto muito desta cidade, mas......com a descrição deixada da nossa cidade, qualquer alfacinha gostava de ser de Braga.
Bom trabalho Parabens.
 

lopes12345

GF Ouro
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amigos conheco bem BRAGA e digo que e uma grande cidade:msnm_com_br007-03: :msnm_com_br007-03: ssyssy bem dito:Espi13: :Espi13: :msnm_com_br006-16:
 

Xcosta

GF Prata
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Boas Ssyssy! grande trabalho sobre a nossa terra.Só achei curioso referiste-te á peregrinação á Sra.da cabeça em que eu já participei em algumas e não te referires ás grandiosas festas da Sra.da Graça ou ao S.Roque por exemplo.
cumps.
 

Ma2rCi3o

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Tudo dito.... Palavras para que,qdo ver apenas basta....


Vila de Prado bem perto....
 

ssyssy

GF Ouro
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Boas Ssyssy! grande trabalho sobre a nossa terra.Só achei curioso referiste-te á peregrinação á Sra.da cabeça em que eu já participei em algumas e não te referires ás grandiosas festas da Sra.da Graça ou ao S.Roque por exemplo.
cumps.

Amigo tens razão... mas se fosse a falar mesmo em tudo... não saíamos daqui tão cedo.

:Espi06:
Obrigada
 
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