Rotertinho
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Brasil: Temporais nos estados de Alagoas e Pernambuco
Vítimas à mercê das epidemias
Depois de terem perdido tudo nas mortíferas inundações que atingem, há mais de uma semana, os estados brasileiros de Alagoas e Pernambuco, e que já deixaram 44 mortos, 600 desaparecidos e mais de 120 mil desalojados, milhares enfrentam agora o risco de epidemias. Só em Alagoas 834 pessoas foram contaminadas por doenças e o risco é maior para quem se aglomera nos refúgios improvisados e sem salubridade.
"Há um surto de diarreia e gripe entre as crianças", confirmou a médica Ângela Alto, que atende milhares de desalojados no que restou de uma escola em União dos Palmares, onde famílias se amontoam em pequenos espaços, crianças dividem colchões sujos de lama e onde não há água nem luz.
Em Pernambuco, a situação é semelhante. "Estamos à espera de surtos de infecções em geral", adiantou o coronel Jorge Viana Aníbal, coordenador do hospital de campanha de Barreiros, um dos quatro enviados nas últimas horas para os dois estados.
O presidente Lula da Silva, que abriu uma linha de crédito de emergência de 45 milhões de euros, vai visitar hoje as regiões afectadas.
FICOU NOVE HORAS AGARRADO A COQUEIRO
Cícero Mariano da Silva, de 45 anos, perdeu tudo o que tinha na cidade de União dos Palmares, uma das mais afectadas pela tragédia, e só não perdeu a vida porque arranjou forças para ficar agarrado, durante nove horas, a um coqueiro, com a água cobrindo-o totalmente, e vendo passar corpos e móveis arrastados pela corrente. Uma outra sobrevivente, Ana Cláudia da Silva, de 32 anos, que se encontra refugiada nas ruínas de uma loja da mesma cidade com os quatro filhos e dezenas de outras famílias, lamenta: "Perdi tudo. Só fiquei com o guarda-chuva e as roupas do corpo."
PORMENORES
AUXÍLIO
Militares vão evacuar populações inteiras de cidades onde os edifícios públicos ruíram todos, impossibilitando o atendimento aos desalojados.
ONZE MIL CASAS RUÍRAM
Numa pequena faixa de 60 quilómetros ao longo do rio Mundaú 11 mil casas ruíram totalmente.
MÁSCARAS CONTRA LIXO
Nas cidades mais afectadas pela tragédia muitos sobreviventes usam máscaras contra o cheiro do lixo misturado com carne em putrefacção.
Correio da Manha
Vítimas à mercê das epidemias
Depois de terem perdido tudo nas mortíferas inundações que atingem, há mais de uma semana, os estados brasileiros de Alagoas e Pernambuco, e que já deixaram 44 mortos, 600 desaparecidos e mais de 120 mil desalojados, milhares enfrentam agora o risco de epidemias. Só em Alagoas 834 pessoas foram contaminadas por doenças e o risco é maior para quem se aglomera nos refúgios improvisados e sem salubridade.
"Há um surto de diarreia e gripe entre as crianças", confirmou a médica Ângela Alto, que atende milhares de desalojados no que restou de uma escola em União dos Palmares, onde famílias se amontoam em pequenos espaços, crianças dividem colchões sujos de lama e onde não há água nem luz.
Em Pernambuco, a situação é semelhante. "Estamos à espera de surtos de infecções em geral", adiantou o coronel Jorge Viana Aníbal, coordenador do hospital de campanha de Barreiros, um dos quatro enviados nas últimas horas para os dois estados.
O presidente Lula da Silva, que abriu uma linha de crédito de emergência de 45 milhões de euros, vai visitar hoje as regiões afectadas.
FICOU NOVE HORAS AGARRADO A COQUEIRO
Cícero Mariano da Silva, de 45 anos, perdeu tudo o que tinha na cidade de União dos Palmares, uma das mais afectadas pela tragédia, e só não perdeu a vida porque arranjou forças para ficar agarrado, durante nove horas, a um coqueiro, com a água cobrindo-o totalmente, e vendo passar corpos e móveis arrastados pela corrente. Uma outra sobrevivente, Ana Cláudia da Silva, de 32 anos, que se encontra refugiada nas ruínas de uma loja da mesma cidade com os quatro filhos e dezenas de outras famílias, lamenta: "Perdi tudo. Só fiquei com o guarda-chuva e as roupas do corpo."
PORMENORES
AUXÍLIO
Militares vão evacuar populações inteiras de cidades onde os edifícios públicos ruíram todos, impossibilitando o atendimento aos desalojados.
ONZE MIL CASAS RUÍRAM
Numa pequena faixa de 60 quilómetros ao longo do rio Mundaú 11 mil casas ruíram totalmente.
MÁSCARAS CONTRA LIXO
Nas cidades mais afectadas pela tragédia muitos sobreviventes usam máscaras contra o cheiro do lixo misturado com carne em putrefacção.
Correio da Manha