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Aumento do desemprego em Portugal é 'surpreendente'
A Comissão Europeia definiu hoje como «surpreendente» o aumento do desemprego em Portugal, declarando que é necessário «compreender melhor» os dados do país, um dia depois do Eurostat avançar uma taxa de 15 por cento de desemprego.
Peter Weiss, da direcção-geral de Assuntos Económicos e Monetários da Comissão Europeia, e membro da missão para Portugal, sublinhou contudo que os valores da taxa do desemprego em Portugal - 15 por cento em Fevereiro, de acordo com o gabinete de estatísticas europeu - não colocam ainda em causa as projecções de Bruxelas para o país.
Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, no final da apresentação do relatório sobre a terceira revisão do programa de assistência financeira a Portugal, Peter Weiss declarou que o aumento recente do desemprego pode dever-se inclusive à vontade de alguns trabalhadores, que preferem sair do seu posto antes da entrada em vigor de novas reformas laborais, de modo a terem maiores benefícios.
A Comissão Europeia prevê uma descida gradual do desemprego a partir do próximo ano, mas em 2015 a taxa continuará nos 12,4 por cento, um nível muito elevado para padrões portugueses.
A Comissão apresentou hoje um relatório sobre a terceira revisão do programa de assistência financeira a Portugal, onde manifesta a sua preocupação com a deterioração «acima do esperado» do mercado de emprego.
Nas suas previsões revistas, Bruxelas espera agora que a taxa de desemprego (que atingiu 14 por cento no último trimestre de 2011) atinja 14,4 por cento em 2012 (valor médio para todo o ano).
Para 2013, a Comissão espera uma ligeira redução da taxa, para 13,9 por cento. Este ritmo deverá manter-se nos anos seguintes, chegando-se a 2015 com uma taxa de 12,4 por cento. Durante décadas, a taxa de desemprego em Portugal não chegava aos dois dígitos.
Lusa/SOL