brunocardoso
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Buraco na camada do ozono protege a Antárctida do degelo
Localizado sobre o continente gelado, o buraco intensifica os ventos frios que o rodeiam, contribuindo para a manutenção das baixas temperaturas. No entanto, o buraco tem vindo a fechar-se pelo que este efeito regulador da temperatura não persistirá a longo-prazo.
O buraco na camada de ozono foi reconhecido como um problema ambiental grave há cerca de 25 anos, altura em que se tomaram medidas para evitar o seu crescimento e permitir a sua regeneração, que é o que tem vindo a ocorrer deste então.
No entanto, um estudo do Comité Científico de Investigação na Antárctida agora publicado revela que o buraco que foi durante tanto tempo um fenómeno a combater tem contribuído para amenizar os efeitos de um outro problema ambiental também de origem antropogénica – o degelo da Antárctida causado pelo Aquecimento Global.
Com efeito, a rarefacção da camada de ozono sobre a Antárctida tem, segundo os cientistas permitido a manutenção das baixas temperaturas atmosféricas na zona, apesar do aumento global da temperatura, através da intensificação dos ventos frios, nomeadamente aqueles provenientes do Pólo Sul e de poente.
Este efeito não tem, no entanto, afectado todas as regiões da Antárctida da mesma forma, com a Antárctica Ocidental e a costa mais oriental da Península Antárctica a registarem um ligeiro aumento das temperaturas, sobretudo no Verão, que tem causado localmente uma diminuição da espessura do gelo.
Por outro lado, o facto de o Oceano Antárctico estar a experimentar um aumento da temperatura superior ao dos restantes oceanos devido à acção da Corrente Circumpolar Antárctica, conjugado com o aumento dos níveis de dióxido de carbono na zona e a própria regeneração do buraco da camada de ozono fazem prever que a “congelação”do degelo não persistirá durante muito mais tempo.
Fonte Inf:Naturlink