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Cabul: atentado em feriado religioso faz 58 mortos
Um dia, dois atentados. O primeiro, mais mortífero saldou-se em 54 mortos e foi levado a cabo no exterior de um santuário xiita de Cabul, onde uma multidão de homens, mulheres e crianças comemorava o feriado que marca a morte do Imã Hussein.
O segundo aconteceu na cidade de Mazar-i-Sharif e fez quatro mortos - também eles xiitas -, quando uma bomba colocada numa bicicleta explodiu à passagem de um grande grupo que descia a rua festejando o Ashoura - aniversário da morte do neto do profeta Maomé, o Imã Hussein.
O atentado de Cabul foi obra de um bombista suicida que, estando no final de uma fila de pessoas que tentava entrar no santuário, se fez explodir junto dos portões do mesmo.
De acordo com um dos responsáveis pelos hospitais de Cabul, neste momento, há a registar 54 mortos e 160 feridos.
No entanto, há fortes probabilidades de que nas próximas horas estes números possam aumentar.
Apesar de estes atentados serem comuns no vizinho Paquistão, no Afeganistão não é usual verificarem-se atentados motivados por razões religiosas.
Até agora a responsabilidade ainda não foi reclamada e os ataques foram, inclusive, condenados pelos talibãs que, em comunicado, lamentaram profundamente a perda de vidas de afegãos inocentes.
Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, e Mohammed Bakir Shaikzada, o principal clérigo xiita de Cabul, condenaram os ataques e falaram em uníssono ao afirmarem que não há nas suas memórias recordação de um ataque desta envergadura.
Encontrando os culpados
Os xiitas representam cerca de 20% dos 30 milhões de afegãos, sendo que a maior parte deles pertencem à etnia hazara.
Ainda não é claro se estes ataques marcam uma viragem na estratégia talibã, se foram levados a cabo pela Al-Qaeda ou por outro grupo com base no Paquistão, onde os ataques de sunitas a xiitas são comuns.
Os sunitas extremistas consideram os xiitas como 'não crentes', uma vez que as suas práticas e tradições diferem muito das da maioria.
SOL
Um dia, dois atentados. O primeiro, mais mortífero saldou-se em 54 mortos e foi levado a cabo no exterior de um santuário xiita de Cabul, onde uma multidão de homens, mulheres e crianças comemorava o feriado que marca a morte do Imã Hussein.
O segundo aconteceu na cidade de Mazar-i-Sharif e fez quatro mortos - também eles xiitas -, quando uma bomba colocada numa bicicleta explodiu à passagem de um grande grupo que descia a rua festejando o Ashoura - aniversário da morte do neto do profeta Maomé, o Imã Hussein.
O atentado de Cabul foi obra de um bombista suicida que, estando no final de uma fila de pessoas que tentava entrar no santuário, se fez explodir junto dos portões do mesmo.
De acordo com um dos responsáveis pelos hospitais de Cabul, neste momento, há a registar 54 mortos e 160 feridos.
No entanto, há fortes probabilidades de que nas próximas horas estes números possam aumentar.
Apesar de estes atentados serem comuns no vizinho Paquistão, no Afeganistão não é usual verificarem-se atentados motivados por razões religiosas.
Até agora a responsabilidade ainda não foi reclamada e os ataques foram, inclusive, condenados pelos talibãs que, em comunicado, lamentaram profundamente a perda de vidas de afegãos inocentes.
Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, e Mohammed Bakir Shaikzada, o principal clérigo xiita de Cabul, condenaram os ataques e falaram em uníssono ao afirmarem que não há nas suas memórias recordação de um ataque desta envergadura.
Encontrando os culpados
Os xiitas representam cerca de 20% dos 30 milhões de afegãos, sendo que a maior parte deles pertencem à etnia hazara.
Ainda não é claro se estes ataques marcam uma viragem na estratégia talibã, se foram levados a cabo pela Al-Qaeda ou por outro grupo com base no Paquistão, onde os ataques de sunitas a xiitas são comuns.
Os sunitas extremistas consideram os xiitas como 'não crentes', uma vez que as suas práticas e tradições diferem muito das da maioria.
SOL