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Camelo "Areias" celebra 25 anos com livro e blogue
O Areias, o camelo com "duas bossas e muito pêlo" imaginado por Mário Contumélias e cantado por Suzi Paula, celebra 25 anos com um espaço na Internet e um livro onde conta a sua história.
"A Verdadeira História de O Areias", obra escrita pelo Professor universitário Mário Contumélias, ilustrada por Pedro Afonso e editada pela Zéfiro, será lançada na Feira do Livro de Lisboa no domingo, Dia Mundial da Criança.
"Como estou, há alguns anos, desligado da música e mais próximo da escrita, pareceu-me interessante pôr o Areias em livro, contando as suas aventuras", afirmou Mário Contumélias à agência Lusa.
Apesar de a canção já apresentar o camelo como "muito alto e refilão", "engraçado e espertalhão", com "a mania de que é muito elegante" e de "entre todos o mais belo", o livro promete revelar ainda mais aspectos da personalidade do Areias, bem como alguns dos seus segredos.
No livro, o Areias "dá-se bem com os curiosos, aventureiros, investigadores, fazedores e ousados, e vai ao fim do mundo para ajudar alguém ou compreender alguma coisa", segundo a nota de divulgação da Zéfiro.
"Desprendido mas atencioso e interessado", ele é também "um optimista que considera o universo, o planeta, um paraíso em construção e a vida uma história com muitos sentidos e interpretações", lê-se no texto.
"A Verdadeira História de O Areias" inclui outras personagens como o jovem Ali, o mago Abdel, o músico Karim, o feiticeiro Azul Brilhante, o Guerreiro Mutante, a Sereia Encantadora ou o marinheiro Manuel Português.
Descrevendo "O Areias" como um "fenómeno sociológico", Mário Contumélias contou à Lusa que, quando canção foi lançada, "tocava em todo o lado, das escolas aos bares, e ainda hoje é gravada ciclicamente, passa na rádio, na televisão e até existe em 'karaoke'".
Uma pesquisa na Net - onde agora está também o Blogue dos Areias, em http://bloguedoareias.blogspot.com - permite ainda encontrar toques para telemóvel com a música (da autoria do belga Jean-Jacques Deboul) e até uma versão com desenhos animados no sítio YouTube (em www.youtube.com/watch?v=Q-qxlILDXsY).
"As minhas netas cantam O Areias e não é por minha causa, é porque aprendem na escola", assegurou Mário Contumélias.
"Havia até quem dissesse 'tu és um Areias' quando já não tinha mais argumentos numa discussão ou quem ainda seja alvo de brincadeiras por ter esse apelido", recordou, acrescentando que "no Jardim Zoológico, o camelo era o único animal que tinha um nome".
Apesar de o livro traçar um perfil do popular camelo e contar algumas das suas peripécias, "ainda ficou muito por dizer sobre o Areias", garante Mário Contumélias, que pondera voltar ao tema no futuro.
Por agora, reconhece ter apreciado "a reacção positiva do público mais novo, mais velho e do meio" que viu a promoção ao livro no pavilhão da Zéfiro na Feira do Livro.
Além do novo livro para crianças, o escritor lança, dentro de duas semanas, a antologia "Só as Emoções", com poemas escolhidos dos cinco livros de poesia já editados - "Sou Deste Mar" (1983), "O Ofício das Coisas" (1986), "Vida, Divisão Única" (1988), "Esquerda Baixa" (1991) e "Nem Sempre à Noite" (1997) - e 50 poemas inéditos.
"A selecção dos poemas não obedeceu a crit��rios de qualidade nem temáticos mas apenas às emoções. Escolhi aqueles poemas que, actualmente, continuam a despertar-me afectos", revelou à Lusa.
Mário Contumélias nasceu em Setúbal, apresenta-se como etno-sociólogo, especializado em Sociologia da Comunicação e lecciona no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), aguardando a defesa da tese de doutoramento no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).
Colunista do Jornal de Notícias, foi, durante quase 20 anos, jornalista profissional, exercendo em órgãos como O Século, Diário de Notícias e Correio da Manhã.
Trabalhou também na Agência Noticiosa Portuguesa - ANOP e em publicações como Musicalíssimo e Cinéfilo, foi colunista e membro do conselho editorial do jornal Record e cronista de vários programas da Rádio Comercial e da Antena 1.
Antigo Presidente do Sindicato dos Jornalistas, é membro cooperante da Sociedade Portuguesa de Autores e da Associação Portuguesa de Sociologia.
Entre 1974 e 1984 andou, nas suas próprias palavras, pelo "mundo das cantigas", sendo finalista de nove festivais RTP da canção, de um festival da OTI e vencedor de um "Festival Nova Gente da Canção", além de responsável pelos poemas de dezenas de temas.
Tem 20 livros publicados, dez para o público infanto-juvenil, cinco de poesia, um de entrevistas, uma brochura evocativa do 25 de Abril de 1974 e três romances, estando representado em várias antologias.
Numa entrevista à agência Lusa em Junho de 2005, afirmou que, durante os anos que esteve sem editar, não deixou de escrever ou, como disse, de "escrever e apagar" sempre em busca "do rigor narrativo, assente na simplicidade discursiva e literária", o que considera resultado da "'deformação' em jornalismo".
"Hei-de ser jornalista até morrer e isso nota-se no que escrevo. Tenho a intenção de estabelecer um contacto fácil com o leitor", afirmou à data, adiantando que o jornalismo o ensinou a ser "simples, concreto e conciso".
Fonte:Lusa
O Areias, o camelo com "duas bossas e muito pêlo" imaginado por Mário Contumélias e cantado por Suzi Paula, celebra 25 anos com um espaço na Internet e um livro onde conta a sua história.
"A Verdadeira História de O Areias", obra escrita pelo Professor universitário Mário Contumélias, ilustrada por Pedro Afonso e editada pela Zéfiro, será lançada na Feira do Livro de Lisboa no domingo, Dia Mundial da Criança.
"Como estou, há alguns anos, desligado da música e mais próximo da escrita, pareceu-me interessante pôr o Areias em livro, contando as suas aventuras", afirmou Mário Contumélias à agência Lusa.
Apesar de a canção já apresentar o camelo como "muito alto e refilão", "engraçado e espertalhão", com "a mania de que é muito elegante" e de "entre todos o mais belo", o livro promete revelar ainda mais aspectos da personalidade do Areias, bem como alguns dos seus segredos.
No livro, o Areias "dá-se bem com os curiosos, aventureiros, investigadores, fazedores e ousados, e vai ao fim do mundo para ajudar alguém ou compreender alguma coisa", segundo a nota de divulgação da Zéfiro.
"Desprendido mas atencioso e interessado", ele é também "um optimista que considera o universo, o planeta, um paraíso em construção e a vida uma história com muitos sentidos e interpretações", lê-se no texto.
"A Verdadeira História de O Areias" inclui outras personagens como o jovem Ali, o mago Abdel, o músico Karim, o feiticeiro Azul Brilhante, o Guerreiro Mutante, a Sereia Encantadora ou o marinheiro Manuel Português.
Descrevendo "O Areias" como um "fenómeno sociológico", Mário Contumélias contou à Lusa que, quando canção foi lançada, "tocava em todo o lado, das escolas aos bares, e ainda hoje é gravada ciclicamente, passa na rádio, na televisão e até existe em 'karaoke'".
Uma pesquisa na Net - onde agora está também o Blogue dos Areias, em http://bloguedoareias.blogspot.com - permite ainda encontrar toques para telemóvel com a música (da autoria do belga Jean-Jacques Deboul) e até uma versão com desenhos animados no sítio YouTube (em www.youtube.com/watch?v=Q-qxlILDXsY).
"As minhas netas cantam O Areias e não é por minha causa, é porque aprendem na escola", assegurou Mário Contumélias.
"Havia até quem dissesse 'tu és um Areias' quando já não tinha mais argumentos numa discussão ou quem ainda seja alvo de brincadeiras por ter esse apelido", recordou, acrescentando que "no Jardim Zoológico, o camelo era o único animal que tinha um nome".
Apesar de o livro traçar um perfil do popular camelo e contar algumas das suas peripécias, "ainda ficou muito por dizer sobre o Areias", garante Mário Contumélias, que pondera voltar ao tema no futuro.
Por agora, reconhece ter apreciado "a reacção positiva do público mais novo, mais velho e do meio" que viu a promoção ao livro no pavilhão da Zéfiro na Feira do Livro.
Além do novo livro para crianças, o escritor lança, dentro de duas semanas, a antologia "Só as Emoções", com poemas escolhidos dos cinco livros de poesia já editados - "Sou Deste Mar" (1983), "O Ofício das Coisas" (1986), "Vida, Divisão Única" (1988), "Esquerda Baixa" (1991) e "Nem Sempre à Noite" (1997) - e 50 poemas inéditos.
"A selecção dos poemas não obedeceu a crit��rios de qualidade nem temáticos mas apenas às emoções. Escolhi aqueles poemas que, actualmente, continuam a despertar-me afectos", revelou à Lusa.
Mário Contumélias nasceu em Setúbal, apresenta-se como etno-sociólogo, especializado em Sociologia da Comunicação e lecciona no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), aguardando a defesa da tese de doutoramento no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).
Colunista do Jornal de Notícias, foi, durante quase 20 anos, jornalista profissional, exercendo em órgãos como O Século, Diário de Notícias e Correio da Manhã.
Trabalhou também na Agência Noticiosa Portuguesa - ANOP e em publicações como Musicalíssimo e Cinéfilo, foi colunista e membro do conselho editorial do jornal Record e cronista de vários programas da Rádio Comercial e da Antena 1.
Antigo Presidente do Sindicato dos Jornalistas, é membro cooperante da Sociedade Portuguesa de Autores e da Associação Portuguesa de Sociologia.
Entre 1974 e 1984 andou, nas suas próprias palavras, pelo "mundo das cantigas", sendo finalista de nove festivais RTP da canção, de um festival da OTI e vencedor de um "Festival Nova Gente da Canção", além de responsável pelos poemas de dezenas de temas.
Tem 20 livros publicados, dez para o público infanto-juvenil, cinco de poesia, um de entrevistas, uma brochura evocativa do 25 de Abril de 1974 e três romances, estando representado em várias antologias.
Numa entrevista à agência Lusa em Junho de 2005, afirmou que, durante os anos que esteve sem editar, não deixou de escrever ou, como disse, de "escrever e apagar" sempre em busca "do rigor narrativo, assente na simplicidade discursiva e literária", o que considera resultado da "'deformação' em jornalismo".
"Hei-de ser jornalista até morrer e isso nota-se no que escrevo. Tenho a intenção de estabelecer um contacto fácil com o leitor", afirmou à data, adiantando que o jornalismo o ensinou a ser "simples, concreto e conciso".
Fonte:Lusa