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David Cameron, primeiro-ministro britânico, no Parlamento britânicoFotografia © REUTERS/Alastair Grant/Pool
Organismo autónomo ordenou aumento salarial de eleitos britânicos. Atuais e ex-governantes e membros do Labour vão doar valor.
Contra a opinião pública, a vontade do primeiro-ministro e das mais destacadas figuras da oposição, os deputados britânicos receberam ontem um aumento de 10%, o equivalente a 74 mil libras por ano (cerca de 105 mil euros).
A medida foi decidida pela Autoridade Independente sobre Práticas Parlamentares britânica (IPSA) e tem efeitos retroativos a 8 de maio, o dia a seguir às eleições legislativas ganhas pelo Partido Conservador de David Cameron.
Este organismo é autónomo e apesar da chuva de críticas o seu presidente defendeu a decisão.
"Na última legislatura, o aumento salarial dos deputados foi de 2%, quando no setor público foi de 5% e na economia em geral de 10%.
Está certo fazer este aumento de uma só vez e depois indexar os aumentos salariais dos deputados aos valores pagos na função pública", declarou Sir Ian Kennedy, ontem citado pelo site do jornal Guardian.
A decisão da IPSA choca de frente com as políticas de austeridade defendidas pelo governo, que planeia cortes na despesa na ordem dos 12 mil milhões de libras (17 mil milhões de euros).
Na semana passada o ministro das Finanças britânico, George Osborne, anunciou que os aumentos salariais da função pública ficariam limitados a 1%.
No mesmo dia em que o organismo confirmou o aumento de 10%, o Ministério da Justiça britânico anunciou o encerramento de 91 tribunais e o do Interior confirmou que os polícias de Inglaterra e País de Gales apenas verão os seus vencimentos subir 1%.
Face ao aumento forçado, vários deputados já anunciaram a intenção de doar o valor a organizações de caridade.
Foi o caso da ministra da Educação, Nicky Morgan, do ex-ministro do Poder Local Eric Pickles e de três dos candidatos à liderança trabalhista, Andy Burnham, Liz Kendall e Yvette Cooper.
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