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Campos do Alentejo abrem-se a quem quiser contar aves que passam cá o Inverno

ecks1978

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Todos os Invernos, cerca de seis mil grous partem do Leste europeu para os campos do Alentejo. Equipas de peritos mobilizam-se para fazer contagens destas aves, reunidas em bandos que podem ir dos 200 aos mil animais, e convidam quem estiver interessado a juntar-se. O censo começa este sábado e estende-se até Março.

A contagem de grous (Grus grus) na época de invernada 2009/2010 será feita em oito pontos de observação espalhados por Campo Maior, Évora, Moura/Mourão/Barrancos e Castro Verde, disse ao PÚBLICO Rogério Cangarato, do Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI).

Num fim-de-semana por mês, sairão para o campo equipas de ornitólogos e de voluntários. Para ser mais fácil, “a contagem será feita em voo”, quando as aves vão das zonas de alimentação para as zonas de dormida, explicou Tiago Ferro, também do CEAI. O que acontece, normalmente, entre as 17h00 até que o Sol se põe.

“Não é preciso ter muita experiência para fazer a contagem dos grous. É algo relativamente simples de fazer. Quem estiver interessado, pode-se inscrever nos grupos de observação. Em cada um estará, pelo menos, um membro do CEAI para orientar os trabalhos”, acrescentou Rogério Cangarato, que participa no censo já há dez anos.

Ainda não existem dados tratados mas, segundo a percepção deste ambientalista, “há um ligeiro aumento no número de animais”. Além disso, os locais escolhidos por eles “mantêm-se os mesmos. Os grous são muito fiéis aos seus dormitórios, de ano para ano. O que acontece é que podem mudar de local por causa de factores pontuais”, salienta. “Por exemplo, há grous que dormem no leito do rio Ardila [um afluente do rio Guadiana] na zona de cascalho, com água corrente baixa. Quando chove e as águas do rio sobem, estas aves voam para as charcas e albufeiras em redor”.

Quando chega o Inverno, os grous “procuram as planícies de campos abertos, onde se alimentam de pequenos invertebrados, sementes e raízes. Mais tarde, em pleno Inverno, procuram os montados de azinho dispersos, alimentando-se principalmente de bolota”, explica o CEAI em comunicado.

Esta é uma espécie com estatuto de Vulnerável no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, publicado em 2005. A principal razão é a sua distribuição muito localizada no Alentejo interior.

Nesta época de invernada, as contagens serão realizadas a 14 e 15 de Novembro, 19 e 20 de Dezembro, 16 e 17 de Janeiro, 12 e 13 de Fevereiro e 6 e 7 de Março. O censo conta com a parceria da Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e do Instituto para a Conservação da Natureza (ICNB).
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