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Roter.Teufel

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Cantora transexual candidata a vereadora encontrada decapitada e com pés e mãos atados no Brasil

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Santrosa saiu de casa pelas 11h da manhã de sábado e não foi mais vista, até uma denúncia anónima dar conta do corpo da artista, no final de domingo.

Uma cantora transexual que foi candidata a vereadora nas eleições municipais do passado mês de outubro e ficou como suplente foi encontrada morta em Sinop, cidade com 196 mil habitantes no interior do estado brasileiro do Mato Grosso. Gabriel Santos Rosa, de seu nome de batismo mas que usava o nome artístico de Santrosa, tinha 27 anos e era uma figura bastante conhecida na sua cidade e no estado, pois, além de cantora, era empresária, já tinha trabalhado como modelo e, em abril passado, representou Sinop no concurso de beleza Miss Mato Grosso 2024.

O corpo da artista foi encontrado numa mata na região rural de Sinop, cidade localizada a 503 km da capital regional, Cuiabá, com as mãos e os pés amarrados e sinais de ter sofrido longas torturas. A cabeça da jovem tinha sido decapitada e foi deixada ao lado do corpo, numa mórbida exibição de crueldade e brutalidade.

Santrosa tinha saído de sua casa perto das 11 horas da manhã de sábado e disse ao pai que não esperasse por ela não para o almoço, pois tinha uma série de compromissos e à noite ia apresentar-se numa casa nocturna. Ao faltar ao espectáculo para o qual tinha sido contratada, a artista preocupou familiares e amigos, que deram o alerta nas redes sociais. Uma denúncia anónima indicou, no final de domingo, o local onde o corpo tinha sido abandonado.

Além de ter um canal no Youtube onde divulgava os seus trabalhos como cantora, mesclando o pop e o funk, Santrosa era dona de uma produtora que agenciava cantoras e modelos, e de uma loja de roupas em Sinop. Ativista cultural, a jovem defendia a divulgação e a expansão da cultura nas periferias pobres de Sinop, e amigos contaram que ela usava o dinheiro que lucrava na produtora e na loja para promover apresentações artísticas gratuitas em comunidades carenciadas da região.

Até esta terça-feira, a polícia de Sinop ainda não tinha divulgado detalhes da investigação sobre o assassinato da artista, que incomodava alguns setores com a sua irreverência e pela sua situação de pessoa trans, num dos estados brasileiros mais conservadores. A forma brutal como foi assassinada afasta em princípio as hipóteses de crime passional ou de assalto, parecendo-se com uma ação do crime organizado, que costuma usar o assassínio de famosos com requintes de crueldade para dar “avisos”.

Correio da Manhã
 
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