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Caos continua em São Paulo após três dias de tempestade que matou sete pessoas
Esta segunda-feira ainda havia 537 mil casas sem luz, incluindo residências, comércios, escolas, hospitais e empresas, afetando ao todo mais de dois milhões de cidadãos.
Três dias após a violenta tempestade que ocorreu esta sexta-feira em São Paulo, a maior cidade brasileira ainda vive esta segunda em clima de caos, com falta de energia e de água, escolas e comércios fechados, hospitais a funcionarem parcialmente e muitas vias interditadas por quedas de árvores. Na sexta, quando todo o estado de São Paulo foi fustigado por chuva torrencial e ventos que atingiram 108 km por hora, sete pessoas morreram, quatro na capital e três em Bauru.
Na tarde desta segunda-feira, a polémica concessionária de energia de São Paulo, a empresa italiana ENEL, reconheceu que ainda havia 537 mil casas sem luz, incluindo residências, comércios, escolas, hospitais e empresas, afetando ao todo mais de dois milhões de cidadãos. A empresa, pressionada pelos governos municipal, estadual e federal, avançou que estava com todo o seu efetivo nas ruas da capital Paulista para resolver a situação o mais rapidamente possível, mas o helicóptero da TV Globo sobrevoou as garagens da concessionária e 'captou' centenas de camiões de serviço estacionados, desmentindo a informação.
Pelo menos 136 escolas municipais e estaduais não puderam abrir esta segunda-feira, muitas outras funcionaram só parcialmente em meio período e não foi divulgado quantas particulares conseguiram abrir. Por toda a cidade, grandes e pequenos comércios amargavam esta segunda-feira mais um dia de prejuízos, sem poderem atender os seus clientes, e bares e restaurantes tentavam contabilizar as perdas em alimentos e outros produtos que estragaram ao longo do fim de semana por falta de energia ou por o local ter sido atingido por uma árvore, ou um poste durante o vendaval.
Bairros inteiros, principalmente na populosa zona sul da capital Paulista, estavam sem fornecimento de água, porque a falta de energia impedia que as bombas elevatórias, que são elétricas, injetassem água nos canos que percorrem a cidade até às torneiras de cada consumidor. Várias pessoas ainda estavam impossibilitadas esta segunda-feira de entrar ou sair das suas casas, atingidas e bloqueadas por grandes árvores que o vento ciclónico arrancou como se fossem de papel, ou por postes e fios de alta tensão ainda energizados.
Um dos dramas mais pungentes nestes três dias foi o dos chamados "clientes vitais", pessoas com doenças muito graves ligadas a aparelhos que precisam de energia elétrica para continuarem vivas. A ENEL, não obstante essas pessoas terem direito a atendimento preferencial, ou não as atendeu, ou sugeriu aos familiares que as levassem para hospitais, pois não sabia quando tudo seria resolvido.
O trânsito, que na gigantesca cidade já é caótico mesmo sem qualquer problema inesperado, ficou ainda pior, com muitas vias bloqueadas e outras com semáforos desligados. Além de críticas pesadas à ENEL, os paulistanos evidenciaram aos jornalistas que os entrevistaram o seu grande descontentamento com os serviços camarários, acusados de omissão e de lentidão na remoção de árvores e postes caídos, na limpeza das vias e na distribuição de geradores em escolas e hospitais, o que pode afetar a tentativa de reeleição do atual autarca da capital Paulista, Ricardo Nunes, que venceu a primeira volta das eleições municipais no passado dia 6, mas sem conseguir a maioria e surgia em vantagem para a segunda volta, dia 27.
Correio da Manhã

Esta segunda-feira ainda havia 537 mil casas sem luz, incluindo residências, comércios, escolas, hospitais e empresas, afetando ao todo mais de dois milhões de cidadãos.
Três dias após a violenta tempestade que ocorreu esta sexta-feira em São Paulo, a maior cidade brasileira ainda vive esta segunda em clima de caos, com falta de energia e de água, escolas e comércios fechados, hospitais a funcionarem parcialmente e muitas vias interditadas por quedas de árvores. Na sexta, quando todo o estado de São Paulo foi fustigado por chuva torrencial e ventos que atingiram 108 km por hora, sete pessoas morreram, quatro na capital e três em Bauru.
Na tarde desta segunda-feira, a polémica concessionária de energia de São Paulo, a empresa italiana ENEL, reconheceu que ainda havia 537 mil casas sem luz, incluindo residências, comércios, escolas, hospitais e empresas, afetando ao todo mais de dois milhões de cidadãos. A empresa, pressionada pelos governos municipal, estadual e federal, avançou que estava com todo o seu efetivo nas ruas da capital Paulista para resolver a situação o mais rapidamente possível, mas o helicóptero da TV Globo sobrevoou as garagens da concessionária e 'captou' centenas de camiões de serviço estacionados, desmentindo a informação.
Pelo menos 136 escolas municipais e estaduais não puderam abrir esta segunda-feira, muitas outras funcionaram só parcialmente em meio período e não foi divulgado quantas particulares conseguiram abrir. Por toda a cidade, grandes e pequenos comércios amargavam esta segunda-feira mais um dia de prejuízos, sem poderem atender os seus clientes, e bares e restaurantes tentavam contabilizar as perdas em alimentos e outros produtos que estragaram ao longo do fim de semana por falta de energia ou por o local ter sido atingido por uma árvore, ou um poste durante o vendaval.
Bairros inteiros, principalmente na populosa zona sul da capital Paulista, estavam sem fornecimento de água, porque a falta de energia impedia que as bombas elevatórias, que são elétricas, injetassem água nos canos que percorrem a cidade até às torneiras de cada consumidor. Várias pessoas ainda estavam impossibilitadas esta segunda-feira de entrar ou sair das suas casas, atingidas e bloqueadas por grandes árvores que o vento ciclónico arrancou como se fossem de papel, ou por postes e fios de alta tensão ainda energizados.
Um dos dramas mais pungentes nestes três dias foi o dos chamados "clientes vitais", pessoas com doenças muito graves ligadas a aparelhos que precisam de energia elétrica para continuarem vivas. A ENEL, não obstante essas pessoas terem direito a atendimento preferencial, ou não as atendeu, ou sugeriu aos familiares que as levassem para hospitais, pois não sabia quando tudo seria resolvido.
O trânsito, que na gigantesca cidade já é caótico mesmo sem qualquer problema inesperado, ficou ainda pior, com muitas vias bloqueadas e outras com semáforos desligados. Além de críticas pesadas à ENEL, os paulistanos evidenciaram aos jornalistas que os entrevistaram o seu grande descontentamento com os serviços camarários, acusados de omissão e de lentidão na remoção de árvores e postes caídos, na limpeza das vias e na distribuição de geradores em escolas e hospitais, o que pode afetar a tentativa de reeleição do atual autarca da capital Paulista, Ricardo Nunes, que venceu a primeira volta das eleições municipais no passado dia 6, mas sem conseguir a maioria e surgia em vantagem para a segunda volta, dia 27.
Correio da Manhã