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Casa de Ricardo Salgado foi feita numa duna protegida onde é interdito construir

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Set 27, 2006
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Câmara de Grândola diz que se trata de uma reconstrução de casas que existiam antes da proibição. Mas os edifícios são muito diferentes dos anteriores.
A casa de Ricardo Salgado na zona da Comporta foi construída de raiz numa duna, apesar das proibições de construção nessa área, conta esta segunda-feira o jornal Público. A Câmara de Grândola afirma que a construção não é ilegal por se tratar da reconstrução de duas habitações que existiam nesse lugar antes da imposição das proibições.



De acordo com o jornal Público, os edifícios agora existentes, junto à praia do Pego na freguesia do Carvalhal, tinham sido construídos em 1978 e 1982, num local onde, desde então, as construções foram interditas, para preservar as dunas que estão classificadas como Reserva Ecológica Nacional (REN).

Em maio de 2008, a empresa Herdade da Comporta, S.A., detida pela holding Rio Forte pertencente ao Grupo Espírito Santo, fez um pedido de informação ao município de Grândola para saber se seria possível reconstruir os dois edifícios. A câmara licenciou a reconstrução, apesar de as casas nunca terem pertencido à família Espírito Santo nem estarem registadas em nome da Herdade da Comporta. O terreno, no entanto, pertenceria à sociedade Santa Mónica, detida pela Herdade da Comporta, S.A.
O presidente da Câmara, citado pelo Público, explicou que as casas preexistentes não tinham as melhores condições de habitabilidade, e que o projeto previa uma reconstrução na qual não seriam afetadas novas áreas de REN. No projeto, a "reconstrução" teria uma área de 372 metros quadrados, inferior à de 400 metros quadrados das habitações anteriores.
Mas o Público mostra, baseando-se tanto em imagens do Google Earth como no registo predial da propriedade, que esta tem, na verdade, 472 metros quadrados de área, o que representa uma expansão. O jornal sublinha ainda que as novas construções são muito diferentes das moradias que se encontravam anteriormente no local, e que se tratará portanto de uma construção feita de raiz sob o pretexto de uma reconstrução.
A mansão pertence agora a Ricardo Salgado, ex-banqueiro que dirigiu o Banco Espírito Santo. O terreno foi comprado à Santa Mónica S.A. pela Sociedade de Administração de Bens Pedra da Nau S.A., administrada pela mulher e pelo filho de Ricardo Salgado, e registada na sua morada habitual em Cascais.



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