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Porta-voz do BE visita Escola Profissional de Hotelaria de Fátima, ouve preocupações dos alunos e agita bandeira que os bloquistas inscrevem no seu programa.
"Aos 16 anos as pessoas podem começar a trabalhar, podem pagar impostos, se cometerem um crime são presas e podem até ser mobilizadas para a tropa. E, portanto, quem pode ter tantas responsabilidades tem de poder escolher, tem de poder votar. E é por isso que o Bloco de Esquerda tem defendido o voto aos 16 anos." Foi desta forma que Catarina Martins revisitou esta segunda-feira uma proposta do partido que lidera para alargar a todas as pessoas com aquela idade o direito de voto.A porta-voz nacional do BE falava após uma visita à Escola Profissional de Hotelaria de Fátima, onde conheceu e ouviu as preocupações de vários estudantes - com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos. Do desempregado à emigração, das pensões aos impostos, passando ainda pelos refugiados e pelas drogas leves.Num registo informal e numa sala carregada de jornalistas, o diretor da escola, Francisco Vieira, deu um empurrão e os alunos perderam a vergonha. Um a um foram fazendo perguntas e Catarina, adaptando o discurso ao público que tinha pela frente, mostrou à-vontade.À saída, Catarina sintetizou a manhã e explicou o que a levou ali. "Nas campanhas eleitorais fala-se muito dos jovens - e nós também temos falado - mas também é bom ouvi-los. E foi isso que fizemos aqui hoje. E vemos como as questões deles são determinantes para o futuro. Seja os problemas do emprego e do salário, seja a preocupação que têm com as pensões dos seus pais e dos seus avós, seja as preocupações ambientais. Ou seja, quem tem hoje 16 anos está a pensar no futuro, precisamos de os ouvir", sentenciou.Recorde-se que o programa do BE, na página 41, propõe "o alargamento do direito de voto aos cidadãos estrangeiros vivendo há mais de três anos em Portugal e aos cidadãos a partir dos 16 anos de idade, que já têm responsabilidade laboral, penal, fiscal".
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