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Cavaco diz "ter feito o que era exigido pelo regime" para poder trabalhar

florindo

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Out 11, 2006
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Cavaco Silva recusou hoje, terça-feira, responder às críticas que Manuel Alegre tem deixado, mas lembrou a todos os adversários nas eleições presidenciais de Janeiro que "o desespero não é bom conselheiro".


"Todos os candidatos me merecem o maior respeito, não irei atacar ninguém, mas há um conselho que dou: o desespero não é bom conselheiro", afirmou Cavaco Silva, depois de ter formalizado a sua candidatura às eleições de 23 de Janeiro, quando questionado sobre as críticas e acusações que Manuel Alegre lhe tem feito.

Prometendo fazer uma "campanha muito tranquila" para esclarecer os portugueses, Cavaco Silva disse que não irá responder às acusações e críticas que o candidato apoiado pelo PS e pelo BE lhe tem deixado.

"Não, não vou responder", assegurou, lembrando, contudo, as recentes tentativas de Manuel Alegre em ligar o seu nome ao antigo regime.

"Não é a primeira vez que isso acontece. Mas, às vezes as pessoas em estado de desespero não olham a meios", notou, referindo-se às declarações de Manual Alegre, no domingo, quando o candidato disse que deu "o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento", numa alusão a um artigo publicado pela revista "Sábado".

Nesse artigo era revelado um "formulário pessoal pormenorizado" para a PIDE preenchido por Cavaco Silva durante o Estado Novo, onde se lê "integrado no actual regime político" no que respeitava à sua "posição e actividades políticas".

"Mandado para a guerra colonial" dez dias depois de casar

Recordando a sua vida antes do 25 de Abril, Cavaco Silva lembrou que foi "mandado para a guerra colonial" em Moçambique dez dias depois de casar e, quando regressou a Portugal, foi trabalhar como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian no Centro de Economia e Finanças e como assistente do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.

"Não sei o que é que o regime pensava de mim nessa altura, mas tendo-me mandado para Moçambique dez dias depois de casar, quando estava ainda em viagem de núpcias e estando eu no terceiro ano do curso, não me tendo deixar terminar o curso, eu e a minha mulher com certeza que não pensávamos bem do regime", declarou.

Cavaco Silva disse ainda não se lembrar alguma vez ter pedido autorização para consultar documentos secretos da NATO, que requeriam uma autorização do regime, mas, ressalvou que, caso o tenha feito, "foi com certeza no quadro do trabalho que estava a fazer na Fundação Calouste Gulbenkian".

"Mas eu enquanto jovem, nessa altura devo ter feito tudo aquilo que era exigido pelo regime àqueles que queriam trabalhar e eu estava a trabalhar na função pública como assistente da Universidade, pelo que precisava de elementos para os meus trabalhos de investigação que fazia no emprego que eu tinha na altura", acrescentou.

JN
 
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