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Chimpanzés demonstram ter sentido de justiça

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[h=1]Chimpanzés demonstram ter sentido de justiça[/h][h=2]Resultados de experiência foram publicados na «Proceedings of the National Academy of Sciences»[/h]


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Chimpanzé - 'Pan troglodytes' (© Hans Hillewaert / CC-BY-SA-3.0)

Investigadores do Yerkes National Primate Research Center, da Universidad de Emory e da Universidade da Georgia demonstraram que os chimpanzés (Pan troglodytes) possuem um sentido de justiça que normalmente só é atribuído aos humanos.
Na experiência que realizaram, os investigadores aplicaram o chamado 'jogo do ultimato' aos chimpanzés, jogo experimental de economia que tenta mostrar que os critérios da justiça prevalecem sobre os do benefício.
Os resultados, que foram publicados esta semana na «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS), revelam que a aversão humana à injustiça e a preferência por “finais justos” tem uma longa história evolutiva compartida com o ancestral comum de humanos e chimpanzés.
Segundo a autora principal, Darby Proctor, “durante anos, o jogo do ultimato foi considerado um padrão para determinar o sentido da justiça em humanos”. No jogo, é proposto um prémio a um indivíduo que só lhe será atribuído se ele o dividir com outro. O primeiro tem então de fazer uma proposta antes que ambos obtenham o prémio. Por norma, as ofertas são de 50 por cento, e a recusa em ofertas menores é grande.“Exactamente o mesmo que registamos na experiência com os chimpanzés”, diz a cientista.
Os chimpanzés comportam-se de uma forma semelhante aos humanos, repartindo os prémios equitativamente. Ainda que não possamos explicar o que motiva estes primatas a comportarem-se assim, podemos dizer que o seu comportamento é justo como é o do ser humano no mesmo contexto”, acrescenta.
Está demonstrado que a sobrevivência depende em grande medida de um certo grau de colaboração” e em espécies colaborativas é provável que ter um sentido do que é justo permita a um indivíduo seleccionar os sócios mais cooperativos – os que se comportam de forma mais justa.
Na experiência foram postos à prova seis chimpanzés adultos e 20 crianças humanas, entre os dois e os sete anos de idade, que jogaram uma versão modificada do ultimato. No jogo, um indivíduo tinha de eleger uma de duas fichas de cores diferentes que, por conta própria ou em colaboração, podiam ser trocadas por recompensas (pedaços de comida para os chimpanzés e cromos autocolantes para as crianças).
Uma ficha significava prémios equivalentes para os dois jogadores, enquanto a outra favorecia a escolha individual em detrimento do companheiro. Depois, o jogador necessitava de dar a ficha ao seu companheiro para que pudesse trocar pelo prémio, sendo que assim, ambos tinham de chegar a um acordo.
Tanto os chimpanzés como as crianças responderam como habitualmente o fazem os humanos adultos. Se a cooperação era necessária, os chimpanzés e as crianças repartiam os prémios equitativamente.
No entanto, perante um companheiro mais passivo, que não tinha oportunidade de rejeitar a oferta, tanto crianças como chimpanzés escolhiam a opção mais egoísta. Segundo os investigadores, os chimpanzés são altamente cooperativos no seu meio e provavelmente necessitam ser sensíveis à distribuição das recompensas para assim acederem aos benefícios da cooperação
 
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