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China adverte diplomatas estrangeiros para "ficarem longe" dos protestos em Hong Kong

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Set 27, 2006
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O documento adianta que "atualmente, alguns grupos radicais em Hong Kong protagonizam atividades de reunião ilegais"




O Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Hong Kong endereçou uma carta a todos os consulados-gerais na Região Administrativa Especial, aconselhando os diplomatas a manterem-se afastados das manifestações pró-democracia em curso na cidade.
"A fim de garantir a segurança de todo os funcionários consulares e estrangeiros que vivem em Hong Kong, esperamos que todos os consulados-gerais em Hong Kong observem rigorosamente a Convenção de Viena sobre Relações Consulares e as leis locais relevantes e regulamentos de Hong Kong, refreiem os comportamentos dos seus funcionários e aconselhem os seus nacionais a ficarem longe dos locais de reunião do (movimento de protesto) 'Occupy Central'", lê-se na carta, publicada na íntegra pelo portal "Harbour Times".
O documento adianta que "atualmente, alguns grupos radicais em Hong Kong protagonizam atividades de reunião ilegais e 'ocupam Central'. Alguns atos de violência e infrações ocorreram como resultado. A polícia de Hong Kong está a lidar com a situação de acordo com a lei".
O chefe da representação da Comissão Europeia em Hong Kong e Macau, Vincent Piket, e o cônsul de Portugal para Macau e Hong Kong, Vítor Sereno, confirmaram hoje à agência Lusa terem recebido a carta.
O diplomata português indicou ter recebido a missiva, datada de domingo e dirigida a todas as entidades acreditadas em Hong Kong, na segunda-feira.
A Região Administrativa Especial de Hong Kong tem sido palco de protestos, contra a recusa de Pequim em admitir o sufrágio universal para a eleição do chefe do executivo local, que ganharam uma dimensão inesperada.
No domingo, a polícia antimotim recorreu a gás pimenta e gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes após o intensificar dos protestos nas ruas durante o fim de semana, altura em que o movimento 'Occupy Central' se juntou a protestos estudantis, antecipando o início da sua campanha de desobediência civil prevista para arrancar na quarta-feira, dia 01 de outubro, Dia Nacional da República Popular da China.
Os protestos são motivados pela decisão de Pequim que anunciou, em 31 de agosto, que os aspirantes ao cargo de chefe do executivo de Hong Kong vão precisar de reunir o apoio prévio de mais de metade dos membros de um comité de nomeação, controlado pelo governo central chinês, para poderem concorrer à próxima eleição e que apenas dois ou três candidatos serão selecionados.
A população de Hong Kong poderá exercer o seu direito de voto mas só depois daquilo que os democratas designam de 'triagem'.
A China tinha prometido à população de Hong Kong, cujo chefe do Governo é escolhido por um colégio eleitoral composto atualmente por cerca de 1.200 pessoas, que poderia escolher diretamente o seu líder em 2017.



jn
 
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