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Cientistas vigiam o céu noturno para detetar sondas alienígenas

kok@s

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Se houvesse certeza de que os alienígenas não existem, que estamos sozinhos, não continuaríamos a procurar por eles, certo? Bom, não há, de facto, certeza de nada e, provavelmente, existem civilizações extraterrestres que nos procuram, como nós as procuramos... Por isso é que os cientistas monitorizam o céu noturno: para detetar sondas que não são humanas!



Ilustração da procura por alienígenas






Tal como nós enviamos sondas, os alienígenas também as podem estar a mandar


O interesse pelos objetos voadores não identificados (OVNIs) tem aumentado desde que o relatório do Pentágono de 2020 revelou o que parecem ser objetos anómalos no espaço aéreo dos EUA, designados por fenómenos aéreos não identificados (UAP).


Fazendo uma retrospetiva do que foi o ano 2023, temos, por exemplo, a convicção da NASA de que poderá haver algo, aliás, formou um painel para investigar os relatórios e nomeou um diretor para a investigação de UAP.



Um gabinete do Pentágono recentemente criado também divulgou imagens de misteriosos orbes metálicos. O que é talvez mais notável é o facto de David Grusch, um antigo oficial dos serviços secretos, ter testemunhado sob juramento perante o Congresso dos EUA e afirmado que tinha entrevistado cerca de 40 pessoas envolvidas em programas secretos que lidavam com OVNIs despenhados.


Como tal, há um interesse em procurar no céu objetos físicos alienígenas que possam um dia dizer-nos ou não se estamos sozinhos na galáxia. Contudo, referem os especialistas, na nossa galáxia, a Via Láctea, existem 40 mil milhões de planetas, potencialmente habitáveis, do tamanho da Terra.


O engenho humano permitiu-nos conceber e lançar sondas como a Voyager e a Pioneer, capazes de alcançar as estrelas mais próximas. Iniciámos esforços como o programa Breakthrough Starshot, cujo objetivo é alcançar a estrela vizinha Alpha Centauri em apenas algumas décadas, explorando métodos de propulsão inovadores.


Enviar uma sonda pode ser mais económico do que enviar comunicações por rádio ou laser se não houver necessidade de pressa.






Podem existir civilizações bem mais evoluídas do que a nossa


Se os humanos podem enviar uma sonda para outra estrela, porque é que outra civilização não pode enviar uma sonda para o nosso Sistema Solar?


Esta sonda poderia chegar à cintura principal de asteroides e espreitar a partir de um asteroide. Ou poderia dirigir-se para a Terra, entrando na nossa atmosfera. Se fosse observada, seria classificada como um "OVNI". Uma civilização capaz de produzir e enviar sondas poderia enviar milhões delas em missões de exploração pela nossa galáxia.


Alguns poderão argumentar que tais sondas só poderiam existir se aderissem às leis da física e da engenharia tal como as entendemos atualmente. No entanto, a humanidade é uma civilização relativamente jovem e o nosso conhecimento está em constante evolução.


Embora os seres humanos tenham sonhado em voar durante milénios enquanto contemplavam os céus, só há 120 anos é que os irmãos Wright realizaram o primeiro voo com motor. Foi mais ou menos há tanto tempo como Albert Einstein publicou a sua teoria da relatividade.


Será assim tão difícil imaginar que uma civilização centenas de milhares de anos mais antiga do que a nossa possa ter aprendido mais sobre as leis da física ou desenvolvido mais alguns truques de engenharia?


Se uma civilização evoluísse para uma inteligência artificial (IA), poderia sobreviver durante milhões de anos. Isto poderia significar que consideraria casualmente a viagem lenta a uma estrela vizinha como um simples passeio.


Dito isto, poucos astrónomos ficaram impressionados com os vídeos da Marinha dos EUA ou com os relatórios do governo. Precisamos de provas e dados significativamente melhores do que os que foram apresentados até agora.


Ilustração de uma civilização de alienígenas evoluída



Desvendar OVNIs


Como podemos testar se existem sondas extraterrestres perto da Terra e se estas podem estar relacionadas com o possível fenómeno dos OVNIs? Há muitas opções.


A análise de materiais de OVNIs potencialmente despenhados poderia fornecer provas irrefutáveis. Para tal, seriam necessárias técnicas de ponta para determinar se estes destroços apresentam características de fabrico exóticas ou claramente diferentes.


A obtenção de tais amostras exóticas, caso existam de facto, pode ser um desafio - há rumores de que estão nas mãos de empresas privadas. Mas a legislação recentemente proposta pode oferecer uma solução para esse problema nos Estados Unidos, obrigando a que todos os materiais artificiais de qualquer inteligência não humana sejam entregues ao governo dos EUA.


Nos projetos que lidero, estamos à procura de objetos artificiais não humanos, procurando flashes de luz curtos no céu noturno.

Disse Beatriz Villarroel, professora de Física, Universidade de Estocolmo.


Os flashes curtos ocorrem normalmente quando uma superfície plana e altamente refletora - como um espelho ou vidro - reflete a luz solar. No entanto, podem também resultar de um objeto artificial que emite a sua própria luz interna.


Estes flashes de luz curtos repetem-se por vezes e seguem uma linha reta à medida que o objeto se desloca no espaço durante a sua órbita à volta da Terra. É por esta razão que os satélites aparecem frequentemente como flashes de luz repetidos nas imagens.



Há muita coisa por explicar, agora, se são extraterrestres...

Placas fotográficas históricas tiradas antes do lançamento do Sputnik 1 em 1957 revelaram a presença de nove fontes de luz (transientes) que aparecem e desaparecem no espaço de uma hora numa pequena imagem, desafiando as explicações astronómicas. Nalguns casos, as fontes de luz transitórias estão mesmo alinhadas, tal como acontece quando pequenos flashes provêm de objetos em movimento.




O achado mais recente deste tipo mostra três estrelas brilhantes numa imagem datada de 19 de julho de 1952 (coincidentemente, a mesma altura em que ocorreram os famosos voos de OVNIs em Washington). As três estrelas nunca mais foram vistas.


A procura de sondas extraterrestres no céu noturno moderno representa um desafio sério, mas necessário. Um novo programa de investigação, conhecido como ExoProbe, procura flashes de luz curtos de potenciais objetos alienígenas com a ajuda de múltiplos telescópios.


Para verificar a autenticidade de cada flash, este deve ser observado em pelo menos dois telescópios diferentes.


Uma vez que estes telescópios estão separados por centenas de quilómetros, qualquer clarão de luz provocado por um objeto no interior do Sistema Solar permite a medição da paralaxe - a mudança aparente na posição de um objeto visto de dois pontos diferentes - e o cálculo da distância ao objeto.


O projeto ExoProbe também utiliza os seus próprios métodos para filtrar os flashes de luz provenientes dos milhões de fragmentos de detritos espaciais e dos milhares de satélites que se acumulam no céu. Ao adicionar um telescópio que capta em tempo real os espetros (a distribuição dos comprimentos de onda da luz) dos objetos num campo alargado, é possível analisar os transientes antes de desaparecerem no nada.


Finalmente, o aumento do número de telescópios potencializa a precisão na medição da paralaxe e na determinação da localização tridimensional real do objeto.


Em última análise, o objetivo é identificar qualquer potencial objeto extraterrestre e trazê-lo de volta à Terra para um estudo mais aprofundado.



nm
 
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