Portal Chamar Táxi

Cigarros eletrónicos mantêm o vício, são prejudiciais e aliciam os mais novos

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
39,084
Gostos Recebidos
481
Os cigarros electrónicos vendidos na Internet e apresentados como eficazes para deixar de fumar são prejudiciais à saúde, mantêm a dependência e funcionam como um aliciante para os mais novos começarem a fumar, alerta a confederação contra o tabagismo.
ng1378414.jpg


"Os cigarros electrónicos mantêm a dependência e começam a ser relatados efeitos negativos na saúde de quem os consome, além de que são caríssimos. São um pequeno brinquedo de luxo para países ricos e discriminatório socialmente para os países mais pobres", afirmou à Agência Lusa Luís Rebelo, presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo.

O responsável alertou ainda que o facto de muitos destes cigarros estarem disponíveis com diferentes sabores adocicados, como o chocolate, pode funcionar como um aliciante para crianças e jovens se iniciarem no tabagismo, já que "produtos aditivos com sabor e cheiro melhoram a capacidade de fumar para quem está a começar".

A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia esclarecido que não considera os cigarros electrónicos como um sistema de ajuda ao abandono do tabagismo e que os mesmos contêm aditivos químicos que podem ser tóxicos.

Questionada sobre o mesmo assunto, a autoridade nacional do medicamento respondeu que o "cigarro electrónico indicado para desabituação tabágica, e caso se enquadre na designação de medicamento, deverá ser classificado como medicamento e a sua qualidade, segurança e eficácia avaliadas pelo Infarmed", antes da sua disponibilização no mercado.

Contudo, o Infarmed adiantou que até ao momento não foi submetido qualquer pedido de autorização de introdução no mercado.

Luís Rebelo explicou o aparecimento dos cigarros eletrónicos com o crescimento das leis restritivas ao consumo de tabaco e com a evidência científica de que o fumo ambiente é muito prejudicial à saúde de terceiros.

"Por estas duas razões, as empresas que ganham fortunas com tabaco começaram a produzir produtos em que não existe visibilidade do fumo do consumo do tabaco e permitem que se continue a fumar", considerou.

O responsável adiantou ainda que "está a ser estudado e está em discussão, em fase de consulta, nos países europeus uma directiva, que irá regular várias questões relacionadas com o fabrico do tabaco" e que deverá estar concluída em 2011.

O cigarro electrónico é um produto que se vende correntemente na Internet sem quaisquer especificações relativas a doses, limites ou efeitos secundários.

JN
 
Topo